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Tuesday, June 17, 2014

Como ou quando se iniciou o uso do termo "Novo Mundo" para vinhos?

O termo "Novo Mundo" (ou "Mundus Novus", em latim) foi usado pela primeira vez pelo explorador italiano Amerigo Vespucci (Américo Vespúcio) e seus contemporâneos no final dos anos 1400 e início de 1500. Desde então, os termos "Velho Mundo" e "Novo Mundo" têm sido usados ​​como uma maneira de dar contexto a diferenças encontradas entre o Velho Mundo (Europa basicamente) e em toda a parte, especialmente quando se trata de plantações e animais. As lentilhas são uma cultura do Velho Mundo; lhamas são um animal do Novo Mundo, por exemplo.

É verdade que tem se produzido vinho nas Américas do Norte e do Sul, Austrália e Nova Zelândia por centenas de anos, mas não foi até a industrialização da produção de vinho e sua subseqüente exportação que o uso dos termos "vinhos do Novo Mundo" e "vinhos do Velho Mundo" realmente começou a decolar.

Estes termos começaram a ser usados como uma maneira de, não só descrever a origem de um vinho, mas também para definir um estilo baseado em expectativas climáticas, ou seja, que os vinhos do Novo Mundo eram cultivados/produzidos em climas tipicamente mais quentes, com aromas e sabores mais maduros. Mas nos dias de hoje, os termos estão mais tortuosos do que nunca, com um conjunto mais diversificado de regiões, enólogos, métodos e mudanças climáticas, estas definições se fazem cada vez mais confusas. Uma definição interessante que li recentemente é que as regiões de vinho do Velho Mundo tem plantado principalmente uvas autóctone enquanto as regiões do Novo Mundo dependem principalmente de uvas importadas. Isso coloca a Grécia, por exemplo, no Velho Mundo, mas Israel no Novo Mundo, mesmo que isso possa parecer contra-intuitivo.

O que é importante ressaltar é que o mundo do vinho tem se tornado cada vez mais diversificado. Eu entendo como é tentador rotular vinhos em diferentes categorias para tentar dar sentido a todas as nossas escolhas. Mas com novos enólogos, novos métodos, as regiões emergentes e mudanças climáticas, eu percebo que cada vez mais o mundo do vinho se tornou complexo e cheio de nuances para o dividirmos em apenas duas grandes regiões. E para você leitor, qual sua opinião sobre o assunto?

Até o próximo!

Saturday, June 25, 2011

Conselhos para iniciantes no mundo do vinho

Vi este texto escrito por Matt Kramer para o site da revista americana Wine Spectator e achei muito interessante pois dá duas dicas bem legais para nós, que estamos começando no mundo do vinho, relacionadas com pontuações e a diferenciação entre degustar um vinho e simplesmente bebe-lo. Se tiverem curiosidade, acessem o site da revista e leiam a reportagem orginal. Espero que gostem!

"É um mantra do jornalismo que você sempre tenta enfatizar o positivo. E eu me incluo nisso também. Mas, ocasionalmente, chega o momento, no interesse dos seus leitores, você tem que abordar o que só pode ser chamado de o lado sombrio de seu assunto.

Por exemplo, quando nós escribas oferecemos conselhos aos novatos vinho, geralmente é toda a doçura: tente isso, faça investigar isso. Isso faz sentido. Afinal de contas, enfatizar o que poderia ser chamado de "buracos na estrada" seria pouco animador, não é?

No entanto, há momentos em que os novatos devem ser informados, ouso dizê-lo?-Algumas verdades. Claro, não há tal coisa como uma "verdade", mas acredito que algumas afirmações merecem uma análise.

Então, se você é um novato vinho, permita a alguém com um pouco de milhagem, para oferecer algumas observações sobre "direção
defensiva no vinho". Eu gostaria de pensar que o sua vida no vinho, e sua carteira, merecem o melhor. Você me diz.

Não olhe para a pontuação, olhe para o degustador

Dentre as muitas seduções da pontuação, uma das mais vazias é a impressão de ventríloquo de que uma pontuação de alguma forma existe independentemente de o degustador que a atribui. Grande erro. A pontuação é o degustador.

Tudo isso é para dizer que se você usar pontuação na decisão de compra de seus vinhos, e eu acho que você deveria, então é melhor prestar atenção às particularidades do paladar que promulgou essa pontuação. É por isso que Wine Spectator sempre especifica o degustador. (E é por isso que você deve evitar "painéis de degustação", como a praga que eles são.) Notas não surgem do nada. Elas vêm de alguém.

Em qualquer campo onde há um elevado grau de subjetivismo estético, seja arte, música ou vinho, você sempre será bem aconselhado a considerar quem está fazendo a avaliação.

Normalmente, as pessoas perguntam: "Será que ele ou ela é qualificada?" Eles querem uma garantia de que não serão obrigados a pensar, para que eles se apoiem em credenciais como Master of Wine ou outro qualquer "prova" de tal forma que alguém sabe sobre o assunto que está sendo discutido.


Lamento informá-lo que se você investir sua confiança em tais credenciais, não importa qual, então você será enganado. Muitas vezes as pessoas que adquirem tais credenciais são modelo de teste-compradores. Eles são muito bons, realmente excepcionais, a dominar apenas o tipo de trivia que estes testes os especializam. As reivindicações de auto-engrandecimento dos órgãos de credenciamento, não obstante, eles não são indicadores de julgamento.

O julgamento é a palavra chave aqui. Uma degustação muito boa não é sobre a capacidade de identificar um vinho as cegas (no entanto este
truque de magia pode ser impressionante), mas sim, como o degustador é perspicaz. Seu trabalho é tentar ter uma noção não de acuidade do degustador, mas de suas prioridades estéticas. Será que elas correspondam às suas próprias? São consistentemente aplicadas? Você pode triangular a partir destas sensibilidades e valores para o seus próprios? As pontuações por si só não te dizem nada disso.

Conclusão: Preste menos a atenção para a pontuação e mais para o degustador.

Nunca confunda
degustação com beber

Em seu livro Os Problemas da Filosofia Bertrand Russell fez a famosa distinção entre o que ele chamou de "conhecimento por descrição"(lendo notas de degustação) e "conhecimento direto"(o que nós garimpamos em uma degustação). De nossa própria maneira, nós os amantes do vinho lidamos com o desafio o qual os filósofos chamam de epistemologia - a natureza do conhecimento.

Estive recentemente em uma degustação de vinhos onde estavam disponíveis 150 ou  mais vinhos, muitos deles de produtores notáveis. Isso me fez pensar sobre as distinções de Russell sobre conhecimento.

Com vinho, na verdade existem três categorias: "conhecimento por descrição" (ler notas de prova), "conhecimento direto" (o que nós amostramos em uma degustação), e o que poderia ser chamado "conhecimento pela exposição" (o que podemos aprender de verdade  bebendo um vinho, de preferência com comida e com outros amantes do vinho).

Hoje, estas distinções estão turvadas. "Degustação Virtual" tem enganado alguns amantes do vinho fazendo-os pensar que eles "sabem" de um vinho por causa de notas de
degustação de outros, disponíveis em chats, blogs, revistas e boletins informativos.

É fácil ver como esse tipo de conhecimento artificial não faz sentido. O que é muito mais difícil de reconhecer é que mesmo quando você realmente provou um vinho, seu conhecimento pode ser do tipo mais superficial. Sim, você pode fazer um julgamento sobre um vinho em grandes degustações. Todos nós fazemos isso.

Mas aqui está o obstáculo: seu conhecimento de um vinho é mínima em degustações desse tipo. A maioria das pessoas olha para o número de vinhos provados e conclui que a quantidade é o problema. Pode ser, com certeza. Mas o problema real vem do que poderia ser chamado de "distorção do contexto."

Eu ensinei um monte de
classes de degustação de vinhos  e estou aqui para testemunhar que eu (e qualquer outro professor) pode manipular uma série de vinhos que irá convencê-lo, sem um pingo de dúvida, que um vinho é melhor do que o outro.

Mesmo os grandes vinhos podem ser feitos parecer menores com base no contexto de outros vinhos da degustação. Grandes vinhos são geralmente criaturas de
considerável sutileza. Eles podem parecer, digamos, finos ou insignificantes, quando comparados a outros vinhos mais potentes, menos sutis.

Aqui está o ponto:. Nunca confiar plenamente no"conhecimento direto", isto é, o que você separar a partir de uma amostra em uma degustação. É algo que vale a pena, com certeza Mas na maioria, das vezes é apenas um guia para o que você deve investigar mais e melhor para alcançar o "conhecimento pela exposição."

Degustar inúmeros vinhos pode ser, na verdade normalmente o é, decepcionante. Você acha que  adquiriu profundidade somente por causa da quantidade. Mas muitas vezes, o resultado é uma distorção. Mesmo os melhores degustadores profissionais, pessoas que estão acostumadas a degustar vinhos em quantidade substancial e tem prática em compensar tal distorção, devem lutar conscientemente contra esse efeito.

Conclusão: Não há nenhum substituto para o conhecimento profundo e verdadeiro adquiridos através de exposição prolongada. Um monge artista marcial no livro
encantador de Mateus  Polly, American Shaolin, aponta de forma melhor: "Eu não temo os 10.000 chutes que você praticou uma  única vez; temo o chute que você tem praticado 10.000 vezes."

Monday, June 13, 2011

Definições: Battonage e Sur lies


Conforme eu havia prometido no post anterior, resolvi criar este novo artigo com a intenção de clarificar duas expressões que eu usei para descrever processos pelos quais o vinho anterior passa durante seu processo de produção.  Vale lembrar que normalmente estes dois processos ocorrem em conjunto, porém cada qual tem seu significado individual. Vamos a eles.

Sur lies é uma expressão francesa que ao pé da letra significa “sobre as lías” ou seja, sobre as leveduras mortas do vinho, comumente chamadas de borra também. Mas como isso funciona? Após a fermentação alcoólica dos vinhos, as leveduras mortas formam uma camada sólida que tende a se depositar no fundo do tanque e/ou barrica onde o vinho se encontra. Neste processo portanto, a intenção é deixar com que o vinho tenha mais tempo de contato com esta camada sólida de leveduras mortas com a intenção de agregar ao vinho aromas mais complexos. Pode acontecer ainda o rompimento das membranas destas leveduras por autólise, ou seja, um rompimento expontâneo da membrana celular das leveduras por ação enzimática em seu interior, o que também pode agregar mais aromas mais complexos. Evidentemente que este contato de forma prolongada e em uma única porção do tanque e/ou barrica pode gerar também aromas desagradáveis de putrefação, que não são bem vindos no vinho.

E é ai que entra o processo chamado battonage, que é a a mistura desta camada sólida de leveduras mortas com o restante do vinho presente no tanque pela ação mecânica de um bastão que a agita e faz com que ela circule por todo o líquido. Daí vem o nome battonage, pois batton também em francês significa bastão, que é comumente usado para tal agitação. A circulação da camada de leveduras faz com que todo o líquido tenha este contato e receba parte da complexidade exigida pelo processo. É necessário muito cuidado e critério neste processo para evitarmos as camadas mais inferiores das leveduras, que já estão em estágio avançado de decomposição. Além dos aromas, o vinho ganha em corpo também.

Espero que tenha elucidado um pouco os termos utilizados no post anterior e que tenha ajudado você leitor a entender um pouco melhor o mundo do vinho.

Até o próximo.

Thursday, June 2, 2011

O que são os flying winemakers?

Provavelmente você que já tem alguma intimidade com o mundo vitivinícola e seus termos já deve ter ouvido estas palavras. De um modo simplório poderíamos dizer que estes “flying winemakers” seriam enólogos consultores que apenas supervisionariam algumas etapas do processo de vinificação em mais de uma vinícola em diferentes partes do planeta, sem criar qualquer vínculo emocional ou profissional com as mesmas. Mas aonde tal termo surgiu? Como funciona isto exatamente? Assim como vocês eu também não tinha (ou não tenho) muito conhecimento a respeito e como esta pequena discussão se iniciou ontem em minha aula do curso de sommellerie, resolvi compartilhar com meus leitores as informação que eu pude levantar.

O termo “flying winemakers” teria surgido com o advento da enologia moderna na Austrália, quando alguns de seus enólogos formados no país diante das mais modernas técnicas de cultivo e vinificação se aproveitavam do fato de que seu outono ser quase seis meses a frente do mesmo período no hemisfério sul e iam para os países do velho mundo principalmente com o intuito de aplicarem suas técnicas até então inovadoras como consultores, tendo algum sucesso melhorando a qualidade e produtividade de alguns vinhos, como no sul da França, por exemplo.

Evidentemente um dos fatores preponderantes para o sucesso desta empreitada se baseia no fato do nível de desenvolvimento da aviação comercial moderna também, que possibilita que uma pessoa cruze do Japão ao Brasil, por exemplo, em 24 horas. A idéia então era de que mais do que trocar experiências e idéias por emails, telefone, fax ou qualquer outro meio de comunicação, o enólogo possa estar presente em determinados pontos críticos do processo de vinificação, mais do que isso, o enólogo pode sentir na pele as dificuldades enfrentadas em determinada safra.

Como uma consequência deste tipo de relação, jovens enólogos (principalmente) constroem um portfólio de experiências, conhecimentos e networking antes de se estabelecer e trabalhar por sua própria conta em algo que seja realmente seu. Além disso faz todo sentido economicamente falando que toda esta experiência de alto nível seja aplicada em diversas partes do mundo, como consequência óbvia de um mundo de investimentos mais globalizado.

Uma das críticas no entanto a esta relação dos “flying winemakers” com as vinícolas em diversas partes do planeta é que se cria um movimento de padronização de estilos nos vinhos produzidos, em contrapartida a todo um conceito de valorização do terroir, das uvas, da influência ou não do enólogo e assim por diante que fora criado principalmente no Velho Mundo, conceito este que tende a ser retomado com a plantação de uvas autóctones de cada região, menor e melhor utilização de carvalho e por ai a fora.

E para você leitor, afinal o que é um flying winemaker? Qual sua importância na vinicultura atual? Deixem seus comentários e opiniões, elas são muito importantes pra mim!

Até o próximo!

Monday, May 30, 2011

O que é uma vinícola boutique?

Estava eu na última aula do curso de sommellerie, curiosamente tratando de américa do sul, quando surgiu o assunto “vinícola boutique”. Nem me lembro ao certo o por que deste assunto ter vindo a tona mas ele me fez pensar: o que realmente é uma vinícola boutique? Evidentemente o tamanho da produção desta vinícola geralmente é um dos fatores principais neste conceito, mas se compararmos então as vinícolas boutique do novo mundo, notadamente Argentina e Chile por exemplo, com as do velho mundo, Borgonha por exemplo, veremos uma enorme diferença no tamanho das propriedades e da produção anual destas vinícolas dentro de um mesmo conceito. Então fui atrás de algumas outras características que possam ajudar a definir este conceito.

Normalmente um item levado em conta para a formação do conceito de vinícola boutique diz respeito ao charme que ela possui em ser gerenciada normalmente por uma família, mesmo que através de gerações, ou seja, normalmente não existem muitos empregados que não os membros da família do(a) dono(a) da vinícola. E por família muitas vezes entenda o pé da letra mesmo, ou seja, parentes diretos como pais e filhos, que executam todas as tarefas da vinícola.

Outra característica para esta definição é que normalmente estas vinícolas focam sua produção em vinhos mais complexos, deixando de lado os vinhos considerados mais fáceis de beber. Evidentemente este foco está no cliente que já tem algum conhecimento de vinhos e procura sempre exandir seus paladares além de buscarem vinhos mais complexos e que desafiem seu paladar. Além disso, seus vinhos normalmente expressam uma paixão do produtor por seus vinhos.

Interessante também é a história de que muitas vinícolas boutique do velho mundo não possuem negociadores/importadores/distribuidores e normalmente só vendem seus vinhos na própria propriedade ou através do boca a boca na região em que se encontram. Ou seja, você só ira provar seus vinhos se estiver passando pela região ou agendar uma visita na propriedade.

Uma outra curiosidade que eu consegui identificar nestas vinícolas boutique é que normalmente estas vinícolas trabalham com uma ou outra casta que não é muito comum na região e/ou país. Um exemplo seria a Lidia Carraro,  que tem seu varietal Teroldego e a Dom Cândido com seu varietal Marselan, no Brasil.

Evidentemente devem existir outras características que construam a definição de vinícola boutique porém estas foram as que eu consegui elencar. Que tal se vocês leitores me ajudassem e elencassem nos comentários outras características de uma vinícola boutique? Conto com sua ajuda!!

Friday, May 20, 2011

Aromas de petróleo da Riesling seriam defeitos?

Semana passada estávamos estudando Alemanha e Áustria na aula de sommellerie e nos deparamos com os famosos vinhos brancos alemães elaborados a partir da casta Riesling, quando chegamos na discussão dos aromas normalmente encontrados em vinhos desta uva, aromas estes provenientes em sua maioria da própria uva.  Especialmente em sua maturidade, vinhos desta casta tem grande potencial de expressar o solo em que são plantadas e comumente mostram também aromas químicos de derivados de petróleo (querosene, por exemplo).

Acontece que pouco depois desta aula, me deparei com um artigo escrito por Adam Lechmere para o site Decanter.com (um dos mais conceituados em se tratando de vinhos no mundo) onde ele dizia que segundo Michel Chapoutier, famoso produtor do Vale do Rhone (França), tais aromas de petróleo e derivados nos vinhos produzidos com uvas Riesling seria um grave erro de viticultura/enologia na elaboração dos mesmos. Segundo Chapoutier defeitos históricos do vinho estão se tornando características intrisecas dos vinhos, sem o devido cuidado na vinificação dos mesmo.

O principal problema, ainda segundo Chapoutier, é que estes aromas de petróleo e derivados vem da decomposição de veios internos da pele da uva (“casca”) , proavelmente por prenssagem em demasia dos bagos nas vinícolas em geral. O detalhe principal na vinificação da uva Riesling, continua o artigo (e Chapoutier é claro) é a prensa de modo o mais gentil possível , sem a dilaceração das película (“casca”) externa, nem das sementes/cabinhos para a produção destes vinhos.

Apesar disso, existem correntes que defendem ainda que estes aromas devem estar presentes principalmente em vinhos considerados mais maduros, até pelo potencial de envelhecimento que a uva tem apresentado. Além disso, a qualidade está também relacionado aos baixos rendimentos aplicados por produtores de maior qualidade. Além disso, devemos prestar atenção também ao local de origem do vinho, uma vez que a maturidade das uvas tem muito a ver com o clima, exposição ao sol, calor, etc. Enfim, diversos aspectos tem que ser considerados nesta discussão.

Evidentemente não possuo conhecimento suficiente para me colocar de um lado ou de outro mas a questão é que muitos vinhos desta uva, principalmente no velho mundo e de aclamados produtores apresentam estes aromas, e por mais que se fale em massificação da produção, alguns deles possuem muita qualidade. A questão está aberta e gostaria de contar com a discussão de todos neste aspecto. Qual é a sua opinião?