Wednesday, July 13, 2011

Vinhos naturais: realidade ou charlatanismo?


Todo o movimento em volta da sustentabilidade chegou com muita força ao mundo do vinho e existem, como em tudo, os dois lados de uma mesma moeda: os que defendem as teorias e os que abominam. Mas felizmente sempre podemos chegar a um meio termo e entender quais são as causas e os efeitos que isto pode causar no mundo dos vinhos. Recentemente, Andrew Jefford expos um pouco de sua opinião sobre os vinhos naturais e eu venho aqui no blog compartilhar com vocês um pouco de sua opnião, convidando também os leitores a deixarem as suas após a leitura.

O movimento de vinho natural está a beira do charlatanismo, Andrew Jefford calcula, na última edição da revista Decanter.

Em sua coluna na edição de agosto da revista Decanter, Jefford sugere que há um fio preocupante de dogmatismo - e 'charlatanismo' - para os entusiastas do vinho natural.

Jefford usa duas analogias para colocar seu ponto de vista: os músicos usando instrumentos de época para tocar grandes obras clássicas, e a imagem de um mundo sem sabão ou desodorantes.


Por um lado, um retorno na produção de vinho a um "passado pré-desenvolvimento" pode "revelar uma paisagem de aromas e sabores que poucos de nós até hoje já tivemos a oportunidade de apreciar anteriormente ".


Mas por outro lado, alguns vinhos naturais são “cidras homogêneas e grosseiras ", além de malcheirosas.

O problema, diz Jefford, é a recusa dogmática para adicionar dióxido de enxofre para estabilizar os vinhos: a utilização do produto químico deve ser minimizada, mas não rejeitada na busca de um ideal inatingível de pureza.


Nenhum enólogo, Jefford diz, "deve cruzar os braços ... e olhar com retidão para o teto, enquanto seus vinhos se tornam réus culpados por pura negligência."


O vinho dito natural "tem o vento da moda por trás dele no momento "e até mesmo o clarividente pode ser cegado pela moda, mas no final apenas o melhor vinho natural vai durar, diz o crítico.


2 comments:

  1. Ótimo tema e muito controverso
    particularmente continuo tomar os vinhos que me dão prazer, podendo ser novo mundo, velho mundo, tradicionalista, modernista, orgânico ou biodinâmico
    Enoabraços
    http://wtommasi.blogspot.com/

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  2. Eu particularmente sigo o mesmo rumo, tomo o que me dá prazer e gosto de divulgar, não me importando origem, se é ou não biodinâmico, natural, etc.

    Obrigado pela visita e pelo comentário.

    Abraços,

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