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Tuesday, September 27, 2016

Erath 2014 Oregon Pinot Noir

Os vinhos da Erath Winery são uma expressão da terra que a vinícola tem cultivado há mais de 40 anos, mais tempo do que qualquer outra vinícola localizada em Dundee Hills, no Oregon (Estados Unidos). Os solos vermelhos, ricos em ferro, combinados com uma brisa suave e o aquecimento do sol em um clima marinho, tem concedido a Dundee um terroir notável. Como um dos pioneiros do vinho do Oregon, Dick Erath sempre teve uma abordagem tenaz com a uva Pinot Noir, uma vez que esta é tida como uma casta "teimosa" e de difícil trato. Depois de completar os cursos da Universidade da Califórnia-Davis em 1968, Erath se mudou com sua família da Califórnia para as colinas vermelhas selvagens de Dundee, onde uma cabana sem aquecimento numa área de 49 acres serviria como casa, e como vinícola e adega, durante vários anos. Na primavera seguinte, ele plantou primeiras uvas viníferas de Dundee Hill - 23 variedades. A Pinot Noir floresceu. Em 1972, Erath havia produzido seu primeiro vinho a ser comercializados num total de 216 caixas - a primeira produção oficial de vinho em Dundee Hills. Desde os sucessos iniciais, incluindo a safra 1982 de Pinot Noir, até os dias atuais, a Erath tem inspirado enólogos e se mudarem para a região.


Já sobre o Erath 2014 Oregon Pinot Noir, podemos afirmar que é um vinho feito com 100% de uvas Pinot Noir oriundas do Oregon e embora o vinho passe por madeira (20% nova), não consegui identificar o período que isso ocorre. De qualquer maneira, vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma coloração rubi violácea de média intensidade com bom brilho e excelente limpidez. Lágrimas finas, rápidas e sem cor também se faziam presentes.

No nariz o vinho trouxe aromas de frutos vermelhos frescos, flores e toques de caramelo. 

Na boca o vinho se mostrou de corpo médio com taninos sedosos e uma gostosa acidez. O retrogosto confirma o olfato e o final era longo e delicado.

Um belíssimo vinho de uva Pinot Noir oriundo dos EUA, mais precisamente do Oregon, uma região que tem se tornado cult quando falamos destes vinhos. No Brasil a oferta ainda é restrita e quando disponível, ainda é cara. Este eu trouxe na mala, mas se vocês tiverem acesso, eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Monday, May 25, 2015

King Estate: Ainda falando sobre o Oregon e o seus vinhos incríveis

Há alguns dias atrás, comentei sobre um Pinot Noir que havia provado de uma região que até então eu não conhecia, o Oregon, nos Estados Unidos (relembrem aqui). Coincidentemente na semana passada, tive a oportunidade de participar de um almoço com o pessoal da vinícola King Estate e conhecer um pouco mais sobre seus vinhos, sua filosofia e mais sobre a região em que se encontram. O almoço degustação foi promovido pela Cantu Importadora, que agora trás os vinhos para o Brasil, na pessoa do seu sommelier consultor Manuel Luz e contou ainda com a presença do VP de de vendas da vinícola, Rick Durette, no gostoso restaurante Baby Beef Rubayat, na região dos Jardins em São Paulo. Vamos ver o que mais eu pude descobrir?

Relembrando um pouco sobre a King Estate: "Embora tendo sua terra sido descoberta em meados de 1990 por Ed King, a Vinícola King Estate foi fundada em 1991 pela família King e continua a ser uma propriedade familiar, administrada e operada pela mesma desde então. Em 1994, mais de 100 hectares foram plantados para se criar o mais diverso vinhedo em relação ao solo e climas disponíveis na região. Mais do que uma adega, a King Estate é tratada como um eco-sistema orgânico. Dispõe de pomares, jardins com vegetais e frutas exuberantes, um restaurante gourmet e a vinícola propriamente dita que é considerada o estado da arte no aspecto tecnológico e de concepção do processo de vinificação."


Somam-se às informações acima o fato de que a propriedade e a maioria de seus vinhedos próprios se encontram na mesma latitude que os vinhedos e vinícolas da região da Borgonha, na França, que é conhecida por sua produção de Pinot Noir e Chardonnay. Estão também na região mais fria e mais ao norte do EUA com relação a produção de vinhos, o que também cria uma atmosfera favorável ao cultivo de Pinot Noir e outras uvas mais sensíveis e de difícil trato. A curiosidade fica por conta de que, embora reconhecidamente produza bons Pinot Noir, são especializados em outra uva, também delicada só que branca: a Pinot Grigio. A intenção aqui é possuir o vinhedo com o maior diversidade de clones possível disponível nos EUA, todos de maneira orgânica. E a curiosidade é que, diferentemente de outros produtores, aqui os Pinot Grigio tem algum contato com madeira para afinamento, ganho de complexidade e longevidade. Diante de tudo isso, só nos resta falar um pouco sobre os vinhos degustados durante o almoço, não é mesmo?


Acrobat Pinot Gris 2013: Da linha de entrada da vinícola, este Pinot Grigio passa por 3 meses em barricas e é fresco, cítrico, leve e macio. Me parece excelente companhia para comida. Testei com frutos do mar e foi bem demais;

King Estate Signature Pinot Grigio 2013: Este Pinot Grigio já é da linha mais intermediária da vinícola e passa 5 meses em barricas de madeira. Um pouco mais gordo que o anterior, já denota aromas de evolução como mel e flores brancas também. Entretanto continua fresco e muito gastronômico;


King Estate Signature Pinot Grigio 2007: Embora seja o mesmo vinho (técnicamente falando) do que o anterior é de uma safra bem mais antiga, mostrando o potencial que a vinícola tem desenvolvido com esta casta lá pelos lados do Oregon. Apresentou uma bonita cor dourada, aromas de mel e flores em contraponto com fruta cítrica bem madura. Untuoso e saboroso, o vinho ainda mantém uma acidez viva e bastante gulosa não demonstrando a idade;


NxNW Red Blend 2012: Começamos os tintos com este blend de diversas uvas tintas ( Merlot, Syrah, Cabernet Sauvignon, e Cabernet Franc) da região de Washington, nos EUA. Também um vinho de entrada, trás aromas de frutas vermelhas e escuras, toques de especiarias e baunilha. Corpo médio, boa acidez e um bom companheiro para carnes em geral. 


NxNW Cabernet Sauvignon 2012: Apesar de ser rotulado como varietal (de acordo com regulamentação local), o vinho conta com a adição de 10% Merlot, 4% Malbec e 1% Petit Verdot no blend para ganho em complexidade, aromas juntamente com envelhecimento de 12 meses em barricas. Um vinho elegante, com aromas de frutos escuros, especiarias, mentolado e chocolate. Médio corpo e taninos macios. Foi um ótimo escudeiro dos cortes de carne que o Baby Beef Rubayat tem a oferecer.


Acrobat Pinot Noir 2012: Pinot Noir de entrada vinícola, assim como o seu irmão Pinot Grigio. Também passa por 6 meses em barricas. É um vinho fresco com frutas vermelhas em evidencia aliadas a toques terrosos e animais. Não é leve mas também não é pesado, assim como muitos Pinots do novo mundo. Boa opção para se conhecer a uva.


King Estate Signature Pinot Noir 2012: Já provado e comentado no post anterior sobre a vinícola, portanto não irei comentar.


Domaine King Estate Pinot Noir 2007: Para fechar, um vinho que, embora não seja trazido para o Brasil, foi a estrela do evento. Somente uvas em perfeito estado de maturidade e sanidade entram neste vinho. Passa por 15 meses de envelhecimento em barricas de carvalho. Um vinho mais corpulento e com taninos mais marcados e presentes. Acidez extremamente viva. Aromas de frutos vermelhos, animais, especiarias, enfim, muita complexidade e elegância. Final longo e saboroso. Um vinho incrível.


Belos vinhos, ótimas companhias e claro, agradabilíssimo local e serviços. A Cantu Importadora acerta em cheio ao trazer tais vinhos para o nosso mercado. Uma boa opção para se conhecer novos lugares produtores. Vai dar o que falar.

Até o próximo!

Monday, May 18, 2015

King Estate Pinot Noir Signature Collection 2012: O Oregon em forma!

Falando um pouco mais sobre o Cantu Day que aconteceu no último dia 12 de maio, no galpão da própria importadora Cantu na zona oeste de São Paulo, hoje é dia de vinho tinto, para acompanhar este tempo friozinho que tem feito pela cidade. E este um baita vinho de uma região que eu ainda não havia provado nada, que é a região do Oregon, nos Estados Unidos. O vinho: King Estate Pinot Noir Signature Collection 2012. Vamos ver o que podemos falar dele?


Embora tendo sua terra sido descoberta em meados de 1990 por Ed King, a King Estate foi fundada em 1991 pela família King e continua a ser uma propriedade familiar, administrada e operada pela mesma desde então. Em 1994, mais de 100 hectares foram plantados para se criar o mais diverso vinhedo em relação ao solo e climas disponíveis na região. Mais do que uma adega, a King Estate é tratada como um eco-sistema orgânico. Dispõe de pomares, jardins com vegetais e frutas exuberantes, um restaurante gourmet e a vinícola propriamente dita que é considerada state-of-the-art no aspecto tecnológico e de concepção do processo de vinificação.

Falando agora do King Estate Pinot Noir Signature Collection 2012, podemos dizer que é um vinho 100% Pinot Noir com uvas cultivadas organicamente provenientes de vinhedos cultivados de forma sustentável em todo Oregon sendo envelhecido 8 meses em carvalho francês (25% Novo, 25% um ano, 25% dois anos, 25% neutro). Vamos finalmente as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma cor rubi violácea de média intensidade, bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, espassadas e incolores também se faziam notar.

No nariz o vinho mostrou um mix de frutos escuros e vermelhos, notas terrosas, chocolate e algo que lembrou tabaco. Com algum tempo, especiarias doces também apareceram na taça. Muita complexidade e constante mudança nos aromas na taça. 

Na boca o vinho se mostrou de médio corpo, boa acidez e taninos macios e aveludados. Retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração. E que final!

Um baita vinho, sem dúvida nenhuma um dos melhores Pinot Noir que já provei até então. Tem corpo, é opulento sem se tornar alcoólico e cansativo. Tem fruta, mas tem complexidade também. enfim, eu recomendo.

Até o próximo!