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Wednesday, August 24, 2011

Mondovino

Eu sei que vocês devem estar pensando que eu estou um pouco atrasado, pois o filme já é um pouco antigo e eu ainda não havia visto. Na verdade o documentário foi produzido e lançado em 2004, portanto praticamente 7 anos me separam dele. Mas tem um desconto, a gente sempre acha um, pois na época eu ainda não tinha o interesse por vinhos que tenho hoje, somente bebia sem maiores aspirações. Mas, deixando de lado o sentimentalismo e a pieguice, vamos ao que interessa que é falar um pouco sobre o documentário em si, que é o que eu pretendo fazer nas linhas seguintes.

Em linhas gerais o documentário trata da dualidade largamente discutida no mundo vitivinícola, que é a relação das tradições culturais com as inovações tecnológicas, a busca pela particularidade de cada vinho contra a padronização mundial dos paladares, as pequenas propriedades vinícolas versus os grandes conglomerados mundiais de produção vinícola, e assim por diante, se utilizando de personalidades (conhecidas ou não) do mundo vinícola que expõe suas opiniões sobre o assunto. Quase como uma investigação, o diretor Jonathan Nossiter percorre o mundo em países como França, Itália, Argentina e Estados Unidos colhendo entrevistas com pequenos e grandes produtores, consultores de negócios do vinho, mostrando as realidades de cada um e os bastidores de uma indústria que move milhões de dinheiros ao redor do mundo.



A grande discussão do filme se baseia na forte influência americana no mundo vinícola, principalmente através da família Mondavi, do uso indiscriminado das barricas de carvalho e a padronização do gosto de baunilha nos vinhos modernos, o emprego cada vez maior das tecnologias em contraponto a manipulação do homem e claro a acenssão dos críticos, principalmente Robert Parker e suas notas que vem a tempos comandando a onda de preços no mundo vinícola, especialmente em Bordeaux. 

Outro exemplo dos tempos modernos e da globalização vinícola é a presença de Michel Rolland, famoso consultor vinícola (mais conhecido como flying winemaker, já discutido aqui) que é um exemplo crasso destes tempos de mudança da indústria vinícola, pois o mesmo não possui vinculo com qualquer vinícola mas presta consultoria em diversos lugares ao redor do mundo, criando o mesmo tipo característico de vinho seja na Argentina, seja na França em Bordeaux ou Languedoc.

O contraponto é mostrado no entanto quando pequenos produtores do Languedoc em conjunto com o prefeito local vetam a entrada de Robert Mondavi no mercado local, com medo da destruição da paisagem local, da concorrência do mercado local, da padronização dos vinhos e do abandono ao desenvolvimento dos terroirs e pequenas extensões de vinhedo que produzem vinhos tão particulares. 

É claro que todas estas histórias se contrapõe e formam um grande comédia humana, com toques de humor e aspereza, mas mostrando o quão complexas estas relações podem se tornar. Outro aspecto que gera certa apreensão é a política e a guerra entre a diversidade e a padronização da produção. Nesta batalha entre os pequenos produtores versus grandes industriais, apontar heróis e vilões é uma tarefa mais difícil do que podemos imaginar. Mas vale a pena colocar no dvd e tomar uma taça de um bom bordeaux para acompanhar.

Até o próximo!

Sunday, May 15, 2011

Red Aposentados e Perigosos

Pense numa trama que envolve a CIA, FBI, ações de guerra norte americanas na Guatemala , soldados e diplomatas russos e por fim o atual vice presidente dos EUA. Sim, este é mais um filme sobre contra espionagem, traição e caçadas. Mas nem por isso podemos tirar os méritos do filme. Com um elenco selecionado a dedo, com grandes atuações e uma carga intensa de humor, o filme é diversão mais do que garantida e te prende em frente a ele do começo ao fim e você se pega torcendo para que o final seja feliz, muito embora você já tenha todo o desenho do filme em sua cabeça por diversas ocasiões. Vale lembrar que o filme é uma adaptação de uma história em quadrinhos escrita e desenhada por Warren Ellis e Cully Hammer respectivamente, tendo sido publicada pela editora Wildstorm/DC Comics e que se só teve três números.

Bruce Willis é Frank Moses, oficial aposentado da CIA que tenta viver uma pacata vida como pensionista. Acontece que em seus contatos telefônicos com o “INSS” americano, conhece uma moça chamada Sarah (Mary-Louise Parker) e acaba por criar um relacionamento virtual com a mesma. Sua vida toma então uma verdadeira guinada quando ele marca um encontro com a moça em sua cidade natal ao mesmo tempo que começa a ser caçado por agentes imbuidos da missão aparentemente de queima de arquivo. E é ai que toda a trama começa.


Começa então um verdadeiro contra atque, um acerto de contas onde Moses se arma da maneira que pode e busca antigos aliados para tirar a limpo a história com a CIA enquanto tenta salvar a sua pele e a de seu atual “rolo” para que possam enfim viver um romance na vida real, criando ainda um contra ponto cômico, no caso Sarah, para toda a seriedades de Moses ao longo da trama. E é nesse contexto que podemos ver ainda um impagável Marvin Boggs (John Malkovich) como um paranóico veterano que aparentemente fora submetido a algum tratamento com drogas por um período extendido tornando-o um pouco louco; a  assassina de aluguel e aficcionada por armas Victoria (Hellen Mirren) emprestando seu charme feminino a trama além é claro de Joe (Morgan Freeman) como outro ex agente aposentado hoje vivendo em um asilo com câncer terminal mas que ainda tem toda agilidade e é mestre em disfarces. Existem ainda diversos bons atores e atuações que ajudam a empolgar a trama.

A história é clichê? Sim. A adaptação dos quadrinhos é fiel? Não, como quase sempre. A diversão é garantida? Sim! Então, assista despretenciosamente e terá bons momentos de risada e diversão sozinho ou acompanhado. Não irão se arrepender!

Até a próxima!

Monday, April 11, 2011

Bottle Shock

Continuando com meus estudos relacionados ao mundo do vinho era de se esperar que eu procurasse alguns filmes que se tornaram “must see” para os aficcionados pela bebida. Depois de  ter visto Sideways e Blood into Wine (ambos comentados anteriormente por aqui) era a vez de Bottle Shock. E foi o que eu fiz. Agora, compartilho com vocês minhas opiniões.

O filme em linhas gerais mostra a história, baseada em fatos reais, do evento chamado “Julgamento de Paris”, ocorrido na metade da década de 70 quando o especialista britânico Steven Purier, dono de loja e escola de vinhos em Paris, resolve voltar os olhos do mundo vitivinícola para o chamado novo mundo, mais especificamente para a produção norte americana de vinhos, e resolve criar um desafio ás cegas entre vinhos cabernet sauvignon e chardonnay franceses e americanos. Como resultado os vinhos americanos acabam vencendo a competição e uma grande revolução no mundo vitivinícola acontece. Finalmente o mito do solo sagrado francês havia sido derrubado.

Mas é claro que todo o filme fica permeado também por cenas mostrando como ainda era insípida e recente a produção de vinhos de qualidade nos EUA, mais precisamente em Sonoma e no Napa Valley.  Cientes de suas limitações, muitos produtores americanos na época até ficaram de certa forma até resignados e incomodados quando o britânico aparece em suas propriedades com o intuito de provar seus vinhos e fazer a seleção dos que irão integrar a competição.

Além disso, a história de Bo e Jim Barret é destrinchada, mostrando além da dedicação de Jim por seus vinhedos e produção de vinhos de altíssima qualidade dentro do Chateau Montelena, onde seu perfeccionismo quase os leva a falência até sua difícil relação com o filho Bo. Seu empreendimento vinícola é sua paixão e vida atualmente porém seu lado humano é muitas vezes marginalizado, fazendo com que quaisquer relações humanas que ele tente não saiam do papel.  Mas tanta dedicação acaba por ser recompensada com a vitória no julgamento.

Finalmente mas não menos importante, o filme é muito bem feito, conta com atuações consistentes e é claro, cria algumas hitórias paralelas a fim de entreter aqueles que não estam intimamente ligados ao mundo do vinho. E como funciona como conjunto! Acaba por nos entregar um drama convincente sobre superação, dedicação e a eterna busca pela perfeição.

Recomendo!

Thursday, April 7, 2011

Salt

Estava procurando um bom filme de ação, para diversão mesmo sabe? E acho que encontrei. Final de semana passado tive a oportunidade de assistir a Salt, filme com mote de espionagem encabeçado pela bela Angelina Jolie e a boca mais conhecida no mundo do cinema atual.

Em linhas gerais o filme mostra um momento na vida de Salt, agente da CIA altamente respeitada na corporação e por seus superiores sendo resgatada da Coréia do Norte. Trabalhando normalmente depois de um tempo, uma revelação bombástica pode mudar para sempre sua vida e relação com todos que a cercam.  Um agente secreto russo se entrega para a corporação americana e comunica que um atentado ao presidente russo, em visita aos EUA, seria realizada por um agente secreto infiltrado e seu nome era Evelyn Salt. Preocupada com seu marido, Salt começa então uma fuga desesperada atrás de provar que é inocente. Ai cabe ao público assistir e juntar as peças pra dizer se ela é ou não inocente.

O filme é cercado de clichês do gênero, como por exemplo os russos como os bad boys pós guerra fria, a Coréia do Norte como nova ameaça ao mundo, traições e agentes secretos infiltrados, fantasmas da Guerra Fria, EUA como salvadores do mundo e por ai vai. Mas nem por isso deixa de ser interessante. A ação é recheada de tomadas rápidas, movimentos bruscos e cenas dignas de Missão Impossível. Mas é justamente isso que procuramos num filme pra nos divertirmos. E a dúvida com relação a inocencia ou não de Salt te prende ao filme.

Vale alugar e ter pouco mais de uma hora e meia de diversão.

Wednesday, April 6, 2011

A Rede Social: O filme

Só agora tive oportunidade de ver o filme que mostra em parte a história por trás do que houve quando da fundação do fenômeno das redes sociais na internet, o Facebook. E só tenho uma coisa a dizer, o filme é muito bom, aliando a complexidade do personagem de Zuckerberg com as histórias que permeiam as suas relações humanas. O filme em linhas gerais mostra como surgiu a idéia da montagem da rede social Facebook, quem foram as pessoas envolvidas, os problemas que surgiram desta formação e os como os relacionamentos podem ser alterados com a percepção do que é bom e o que é ruim em determinados momentos de nossas vidas.

Na nossa adolescência é comum querermos ser aceitos nos grupos que se formam, seja na escola, na rua, no prédio e assim por diante. Nasce então uma necessidade de mostrarmos algo que muitas vezes não o somos. E é assim que surge a imagem de Zuckerberg, na primeira cena do filme, verborragicamente citando pessoas famosas que se fizeram notar dentre os muitos universitários frequentadores da Universidade de Harvard e de suas fraternidades para sua namorada até então. É claro que ele não é nem um pouco sutil e quer se fazer notar por seu QI muito acima do normal, o que acaba por irritar sua parceira. Depois de tomar um fora da mesma, existe uma cadeia de fatos que levam Zuckerberg a imaginar a tal rede social. Mas é claro que nada é tão simples quanto parece.

As fraternidades são muito comuns nas universidades americanas e dentro delas, cada grupo tem afinidades em comum. Existe aquelas que reunem grupos de poder aquisitivo semelhante, as dos atletas, dos nerds, etc. Independentemente do tipo, o aluno deve sempre passar por provações para que seja aceito e a rivalidade entre elas faz com que a palavra bulying, tão atual, venha a minha mente. Além disso, cada fraternidade quer sempre provar que seus membros são melhores que os das outras, sejam se aproximando de garotas, vencendo competições, etc. E é também neste cenário em que Zuckerberg se encontra.

Ainda na adolescência e começo da vida universitária passamos por muitas transições físicas e psicológicas que podem afetar para sempre a formação de nosso carácter. Então é comum que os frequentadores destas fraternidades estejam sempre em busca de sexo fácil e de mostrar suas conquistas para os colegas. Neste cenário uma grande aliada é a internet, onde a disseminação de informação, seja ela boa ou  ruim, acontece de forma muito rápida. É por exemplo o que acontece quando Zuckerberg sai do bar em que se encontrava com a agora ex-namorada e vem para seu dormitório bloggar e dividir suas “experiências” com os colegas, criando inclusive uma rede para que as garotas da universidade fossem comparadas e recebessem notas.

Por último porém não menos importante, o fator “grana” entra na jogada. E todos sabemos que muito dinheiro está envolvido em empreendimentos como este e que, por este motivo muitas mudanças podem ocorrer em antigas amizades, sociedades, ou mesmo na cabeça dos mais fracos e gananciosos. E isto também se mostra presente quando o empreendimento Facebook começa a crescer e investidores começam a se mostrar interessados em aportar grandes quantias de dinheiro em troca de ações e valorização de suas marcas.

E é neste mix de emoções, narrativas, reflexões e muita, mas muita informação rápida e dispersa (assim como na internet) que o filme se desenvolve e paralelamente a tudo isso, vemos também a disputa judicial por trás dos direitos para os co-fundadores do Facebook. A trama é muito bem amarrada por David Fincher e os personagens e atores ajudam a tornar a atmosfera muito intrigante, fazendo com que fiquemos ligados até o último minuto, tentando então descobrir qual será  o próximo passo.

Eu recomendo!

Friday, April 1, 2011

Blood into Wine

Descobri este documentário recentemente e embuido de muita curiosidade consegui assisti-lo ontem. Posso dizer que o filme é muito bom e além do que instiga muito a quem é apaixonado por vinhos e por música, a sempre querer mais. Além disso, rolou uma “química” comigo e com o filme pois desde que comecei a me interessar por vinhos, estudar e me aprofundar no assunto, vez em sempre bate uma vontade louca de trabalhar com isto. E este documentário fala sobre isso também. Vamos as impressões.

Em linhas gerais o documentário mostra as mudanças paulatinas na vida de Maynard James Keenan, músico vocalista de bandas de rock que começa a dividir seu tempo entre gravações, turnês e concertos e a fabricação de vinhos no estado do Arizona, nos EUA. Além disso o filme retrata todas as dificuldades que o mesmo enfrenta quando toma esta decisão e a curva de aprendizado de Maynard ao longo dos anos até a primeira produção comercial de seus vinhos.

Mas o documentário esconde outras camadas: o preconceito da população em geral com o consumo de vinhos (visto através do programa televisivo em que Maynard é entrevitado durante o documentário), a maneira como críticos e enófilos tratam a bebida, todo o ritual envolto no consumo de vinhos, falta de incentivo para o cultivo e produção da bebida em determinados locais, as pontuações e as alterações no valor agregado ao vinho que estes “números” trazem, etc.

Primeiramente Maynard busca terras no deserto do Arizona para cultivar suas uvas viníferas, o que por si só já soaria como loucura. Depois, sem qualquer conhecimento de viticultura, busca se associar a um cara, a quem ele chamar de mentor, que com seu conhecimento e experiência prévia com cultivo de frutas e viticultura, dá suporte a empreitada de Maynard. Some a isso a mudança de rockstar para viticultor na vida de Maynard, que faz com que ele sofra preconceitos com relação a isso. Por fim, a falta de incentivos do governo local até que o empreendimento progrida são mostrados ao longo do documentário.

Mas muito além de tudo descrito acima, o documentário quer é mostrar a paixão de uma pessoa pelo vinho, suas nuance e processos, toda a cultura e conhecimento envolvido no processo produtivo e a crença de que a uva é um fruto diferenciado e que depois da fermentação, sua complexidade não pode ser facilmente explicada. E quais são as dificuldades e consequências de levar para a frente este sonho. Vale a pena ver.

Saturday, March 12, 2011

Runaways - Garotas do Rock

Que a adolescencia é uma época de rebeldia todos já estamos cansados de escutar. Mas o que dizer então de um período (década de 70) onde ouvir rock n’roll, usar roupas de couro e coisas do gênero era considerado um ato de extrema rebeldia e pior, dado o machismo preponderante da época, considerado coisa de homem, macho, aquele que coça a genitália e faz careta, toma porres de cerveja e por ai vai?

Tome como cenário de fundo este desenhado por mim ai em cima e some-se a isso uma garota que tenta se reinventar e invadir este mundo machista montando uma banda somente com garotas? Pois esta é Joan Larkin, que depois se auto intitula Joan Jett (nome mais artístico, mais pujante). Sem medo de buscar seus objetivos Joan frequenta boates e inferninhos regados a muito rock em busca de sua sorte grande. E é em uma dessas “baladas” que conhece o produtor musical Kim Fowley e tentar convence-lo de que sua idéia é boa. Fowley, fisgado pela novidade, apresenta Joan para Sandy, futura baterista do Runaways, e a partir dai a tragetória da primeira banda feminina de sucesso é contata.

Paralelamente ao desenvolvimento da carreira das meninas, o desabrochar da sexualidade (tenha em em mente que as meninas são ainda muito novinhas, nos seus 15 – 16 anos) na adolescencia, os primeiros contatos com álcool e drogas, paixões, vida familiar conturbada sem falta de exemplos sólidos (pai alcóolatra, mãe fujindo com namorado pra Indonésia, etc.) entre outros fatores somam-se nesta aventura musical para compor um enredo muito interessante.

Uma excelente trama, bem amarrada e com personagens fortes amparados por uma boa história. Uma cinebiografia da primeira banda feminina a fazer sucesso. Boas atuações de Dakota Fanning e Kristen Stewart (sim as menininhas cresceram e colocam uma forte dose de emoção em suas personagens) e personagens secundários que conseguem criar histórias paralelas para ambientar o filme. Enfim, uma boa aposta para quem gosta de cinema de qualidade e musica, principalmente.

Está dada a dica! Bom filme a todos!

Thursday, February 24, 2011

Shrek para Sempre

 A derradeira aventura do ogro Shrek. Esta é a principal premissa do filme cujo título está descrito acima. Esta quarta aventura do verdão mais querido do mundo dos desenhos animados trás de volta todos os personagens que consagraram a série ao longo de seus capítulos no cinema, e isto inclue o Gato de Botas, Burro, Fiona, Dragão, etc. E é claro que apresenta mais uma vez bom divertimento e uma história pra lá de instigante e que me fez pensar, ao contrário do que temos como idéia pré concebida de que desenhos animados são somente alguns minutos de diversão pra mulecada.

Shrek se vê as voltas com sua família e levando uma vida rotineira no pântano com todos deveres e obrigações inerentes a um chefe de família, tendo virado inclusive atração turística da região, afinal sua história é bem conhecida por todos do reino. Acontece que na véspera e durante o aniversário de seus filhos, o ogrão começa a questionar se a vida não era melhor e muito mais simples quando era apenas um ogro temido por todos e tinha todo o sossego do pântano a sua disposição. Será que toda mudança desde o salvamente do Fiona da torre valeu a pena? E é ai que aparece Rumpelstiltskin, um cara que ganha a vida enganando as pessoas com acordos mágicos que sempre tiram vantagem de quem os assinam. Quando a vida de Shrek cruza o caminho de Rumpelstiltskin é que tudo vai por água abaixo. Shrek acaba por assinar o acordo mágico achando que ganharia apenas um dia como os de antigamente. Mas nada é o que realmente parece e Shrek se vê as voltas com um mundo em que é como se ele nuca tivesse nascido . E este é o ponto de partida do nosso herói, em busca de desfazer a burrada que acabara de cometer.

Mas para mim o grande assunto do filme/desenho é a discussão de que até que ponto estamos satisfeitos com nossas vidas, nossas realizações a ponto de buscarmos novos ares, novos desafios? Até que ponto a pressão até mesmo da sociedade nos obriga a buscarmos sempre mais e mais e satisfazermos uma vida que nem sempre é aquela com que sonhamos? Desde a infância somos condicionados que sucesso profissional,pessoal é atrelado a formação/educação superior, aprendizado de linguas, escolha da carreira ainda na adolescência e por ai vai. Mas e se a satisfação pessoal estiver ligada a outras coisas, na simplicidade da vida?

Muitas vezes também a sociedade é preconceituosa a ponto de achar que você aos 30 anos, morando com seus pais e solteiro é quase que um sinônimo de fracasso pessoal e profissional, afinal de contas como ainda não possui sua própria casa, como ainda não se casou ou na maioria das vezes onde estão seus filhos? Tá certo que isso vem mudando um pouco com o tempo mas o Brasil como um país que vem envelhecendo esta é ainda uma característica que tende a perdurar por um tempo ainda em nossas raízes culturais.

Na verdade a minha opnião é um meio termo onde, a linha que divide fracasso e sucesso é muito tenue, e que cada sucesso/fracasso depende basicamente das metas que cada um põe pra si e isto não tem relação direta com idade e posses materiais. Particularmente eu sou mais ambicioso e busco sempre bem estar e satisfação pessoal. Mas pode ser que em determinadas situações o simples seja a maneira mais simples de se atingir isto.

Desculpem se mudei totalmente o foco do post mas, entendo que os assuntos se entrelaçaram de maneira quase instantânea. Qual a opnião de você, caro leitor?

Quanto ao  filme, ele é muito bacana e entrega muita aventura satisfazendo os fãs do ogrinho. Muita aventura até que finalmente o gran finale se levante na tela. Como fã da série e do personagem, sinto que ficarei órfão de uma boa franquia dos cinemas, mas levarei comigo as aventuras e caretas inerentes do verdão. A boa notícia é que ao que parece nascerá uma aventura solo derivada da série com o personagem Gato de Botas.

E que venha tal aventura solo!