Tuesday, May 8, 2018

Alto de La Ballena Tannat Merlot Cabernet Franc 2012

Em 1998, o casal Paula Pivel e Alvaro Lorenzo decidiram estabelecer uma pequena vinícola no departamento de Maldonado, na região sudeste do Uruguai. Paula e o marido conheceram-se quando cursavam MBA e se casaram pouco depois. Sem mais experiência do que sendo consumidores de bons vinhos, partiram para encontrar um lugar que combinasse aptidão vitícola, belas paisagens e uma boa localização. A seleção do terroir, considerando topografia, solo e clima, foi decisiva para alcançar uma excelente qualidade das uvas, essencial na produção de vinhos de alta qualidade. Adquiriram então quase vinte hectares na Sierra de la Ballena, a poucos quilômetros do mar e de Punta del Este, o principal balneário da América do Sul, fundando então a vinícola Alto de La Ballena. O primeiro plantio de videiras foi feito na primavera de 2001, continuando nos anos seguintes até atingir 8 hectares. As vinhas são compostas pelas variedades Merlot, Tannat, Cabernet Franc, Syrah e Viognier. O que mais impressiona na propriedade é o solo em que as vinhas se encontram, muito pedregosos com presença de granitos, quartzos, nos mais variados tamanhos, tendo que ser abertos/preparados por ação mecanizada mas que por outro lado geram uma boa drenagem, essencial para o amadurecimento e qualidade das uvas. Complementam ainda o terroir a proximidade do oceano, de um grande lago, boa exposição solar, amplitudes térmicas generosas e brisas noturnas frias. Atualmente, os vinhos Alto de La Ballena são vendidos em lojas especializadas, espaços gourmet e nos melhores restaurantes do Uruguai, principalmente em Montevidéu e Punta del Este. Eles também estão presentes no México e no Brasil, e logo nos Estados Unidos, Suécia, Bélgica, Holanda, Suíça e Argentina.


Falando um pouco sobre o Alto de La Ballena Tannat Merlot Cabernet Franc 2012, podemos ainda afirmar que é um corte composto da seguinte maneira: 50% de uvas Tannat, 35% de uvas Merlot e 15% de uvas Cabernet Franc. Apenas a uva Tannat passa por 9 meses em barricas de carvalho de 2o e 3o usos pós fermentação. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi violácea de média para grande intensidade com algum brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros, especiarias , tabaco e algo herbáceo.

Na boca o vinho apresentou corpo médio, boa acidez e daninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média para longa duração.

Um belo vinho uruguaio que, apesar de conter em seu corte a emblemática Tannat, também mostrao potencial de outras castas na região. Eu recomendo a prova e, caso você tenha a oportunidade, a visita a vinícola quando estiver passeando pelo país vizinho: é um dos pôr do sol mais lindos que já vi na vida. É trazido ao Brasil pela Winebrands!

Até o próximo!

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