Wednesday, September 26, 2018

Tiago Cabaço .com Premium Tinto 2017

Uma família de vinhos, sedutores e sérios, modernos no estilo e na forma mas profundamente alentejanos no carácter, os nossos vinhos dividem-se entre os “.com” de perfil enérgico e jovial, os monovarietais sérios e poderosos, os “Vinhas Velhas” que conjugam a excelência do terroir e as vinhas com mais de 30 anos, o espumante, para momentos especiais, e os “blog” simultaneamente vigorosos, subtis e frescos que se reclamam como os topos de gama Tiago Cabaço. Nascido e criado em Estremoz, no coração do Alentejo vinhateiro, Tiago Cabaço habituou-se desde muito cedo a partilhar o campo e a trabalhar nas vinhas e na adega com os pais. Foi através deste percurso que, de criança, aprendeu segredos da vinha, do solo, das castas e de todo o universo a ele associado, que ainda hoje aplica no seu dia-a-dia. Em 2004 criou a marca Tiago Cabaço Winery, o projeto em nome próprio. Desde então tem colocado no mercado vinhos da sua autoria, através dos quais passou a afirmar a sua personalidade e visão relativa aos vinhos e ao Alentejo.


Falando agora sobre o Tiago Cabaço .com Premium Tinto 2017, podemos afirmar que o vinho é feito a partir das castas Touriga Nacional, Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet com fermentação e estágio posterior em tanques de aço inox (sem passagem por madeira). Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi violácea de média para grande intensidade com bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, especiarias (pimenta em maior presença) e toques florais.

Na boca o vinho apresentou corpo médio com boa estrutura, acidez na medida e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração. 

Mais um bom vinho português provado por aqui, com bom custo benefício e que tende a agradar a todos os paladares por seu estilo mais jovem e frutado sem se tornar enjoativo ou pesado. Eu recomendo a prova. 

Até o próximo!

Monday, September 24, 2018

Belnero Toscana IGT 2013

O Castello Banfi é uma das vinícolas mais famosas da região da Toscana, na Itália, mais precisamente na região de Montalcino. Foi fundada em 1978 graças à vontade dos irmãos ítalo-americanos John e Harry Mariani. Esta vinícola é conhecida mundialmente pela busca incessante pela qualidade de seus vinhos, pelos grandes Brunellos e atualmente pela busca em diminuir a influência extra-natureza em seus vinhos e a utilização de técnicas de cultivo e produção orgânicas. Reconhecida também pelas pesquisas clonais da uva Sangiovese, a vinícola busca os melhores clones para manter a consistência de sua produção. Além da produção de vinhos, a vinícola também conta com serviços de visitação e hospedagem em suas dependências.


Falando sobre o Belnero Toscana IGT 2013, podemos afirmar que o vinho é feito quase que exclusivamente de uvas Sangiovese e pequenas quantidades de Cabernet Sauvignon e Merlot, oriundas das colinas do sul de Montalcino a uma altitude de 170 a 230 metros acima do nível do mar. Após a fermentação alcoólica, o vinho segue para barricas de carvalho onde passará pela fermentação malolática e grande período de amadurecimento. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi violácea de média intensidade, brilhante e muito límpido. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas muito complexos como frutos vermelhos, café, tabaco, baunilha e especiarias doces.

Na boca o vinho se mostrou encorpado, carnudo, com boa acidez e taninos bem marcantes. O retrogosto confirma o olfato e o final era longo de delicioso.

Um baita vinho italiano, fruto de uma recente viagem internacional de minha esposa e que agradou a todos além de acompanhar a refeição divinamente. Eu recomendo.

Até o próximo!

Tuesday, September 18, 2018

Convento da Vila Tinto 2016

Fundada em 1955, a Adega de Borba foi a primeira de uma série de Adegas constituídas no Alentejo, com o incentivo da então Junta Nacional do Vinho, numa altura em que o setor não tinha o protagonismo que hoje tem na economia regional. De fato, não fosse esse empurrão decisivo dado pelo referido organismo estatal, que assim permitiu uma organização comercial e de transformação para os vinhos do Alentejo, a cultura da vinha teria desaparecido completamente da região, pois todos os incentivos da época estavam virados para a cultura dos cereais, e fazer do Alentejo o celeiro do País era uma política mais que consolidada para a época. Após 3 décadas de resistência, em que só o grande valor das castas regionais e a excelência das condições naturais permitiram que a produção de vinho no Alentejo se mantivesse, chegou-se finalmente aos anos oitenta, em que todo o potencial da região para a produção de vinho pode ser avaliado e confirmado pelo consumidor. Beneficiou a região do fato da produção estar associada a Adegas de grande dimensão, e desta forma mais rapidamente se apetrechou em termos tecnológicos que outras regiões do País, dando o salto para os vinhos engarrafados de qualidade, numa altura em que o consumidor passou a ser mais exigente e a privilegiar mais a qualidade que a quantidade. É verdade que a constituição da região demarcada do Alentejo e a constituição de estruturas técnicas associativas que rapidamente divulgaram novas tecnologias junto do viticultor foram essenciais em todo o processo. Hoje a Adega de Borba reúne 300 viticultores associados que cultivam cerca de 2.000 hectares de vinha, distribuindo por 70% castas tintas e 30% de castas brancas.


Sobre o Convento da Vila Tinto 2016, podemos ainda acrescentar que é um vinho feito a partir de um blend das castas Trincadeira, Aragonez, Castelão e Touriga Franca, típicas da região, sem passagem por madeira. Ambas a fermentação alcoólica e malolática ocorrem em tanques de inox. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração violácea de grande intensidade com bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho mostrou aromas de frutos vermelhos, flores e leve toque herbáceo.

Na boca o vinho apresentou corpo médio, boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média duração.

Mais um bom vinho português acessível que provamos por aqui. É dos vinhos de entrada mas que não fazem feio. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Monday, September 17, 2018

Milénico Tempranillo 2012

A Bodegas Y Viñedos Milénico nasce nas margens do Douro, no município de San Martín de Rubiales, entre Roa e Peñafiel, no coração da Ribera del Duero, uma região com mais de mil anos ininterruptos de tradição e cultura vinícola. O clima é rigoroso, com flutuações diárias marcantes que forçam ciclos diários de atividade na planta, o que confere ao vinho um caráter inconfundível e distintivo. Milénico é o resultado da nossa dedicação e entusiasmo pela criação de vinhos excepcionais. Nosso relacionamento constante com a terra, com a vinha, com o vinho e nosso desejo de alcançar o melhor é a energia que inspira nosso dia a dia. O Milénico é possível graças à sua localização privilegiada, à origem de uma fruta extraordinária e à nossa busca pela perfeição, que se traduz em um cuidado e atenção contínuos e extremos aos detalhes ao longo da vida do Milénico.


Falando agora sobre o Milénico Tempranillo 2012, podemos ainda acrescentar que é um vinho cujas uvas vem de um seleção de uvas de 6 parcelas próprias e uma de terceiros. Esta á uma combinação de vinhas com mais de 50 anos junto a outras plantadas nos anos 90. Passa ainda por envelhecimento e amadurecimento de 12 meses em barricas de carvalho francês (85%) e americano (15%) de 225 e 500 litros além de 12 meses na garrafa. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração violácea de média para grande intensidade, bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e coloridas também se faziam notar. 

No nariz o vinho apresentou aromas de bala toffee, frutos vermelhos, notas balsâmicas e toques de tostado. 

Na boca o vinho mostrou corpo médio, boa acidez e taninos de muita qualidade. O retrogosto confirma o olfato e incluí um toque mineral ao vinho. O final era de longa duração.

Um belo vinho espanhol que provamos por aqui que me faz cada vez mais tentar conhecer e descobrir novos vinhos vindos de lá. Eu recomendo e muito a prova. Este é mais um vinho do clube de vinhos da Winelands, o clube que eu assino e recomendo.

Até o próximo!

Wednesday, September 12, 2018

Quinta dos Murças inaugura seu primeiro Programa de Vindimas

Essa vai para quem está com viagem marcada para Portugal para os próximos dias e assim como eu, é um enófilo de carteirinha. Pela primeira vez a portuguesa Quinta dos Murças (vinícola do Grupo Esporão, localizada no Douro) abre o seu programa de vindimas para o público. Durante um dia inteiro, o visitante poderá participar da colheita, da pisa a pé, visitar as adegas e degustar os vinhos de Murças.


O fim do verão e o início do outono é sinônimo de colheitas em Portugal, a época das vindimas: as uvas estão prontas para serem colhidas das videiras, num trabalho realizado em ambiente de festa e convívio, para depois produzir o vinho do ano. Uma tradição portuguesa que, apesar de modernizada em alguns aspectos, ainda é muito celebrada. Pela primeira vez, a vindima na Quinta dos Murças é aberta ao público, a partir do dia 15 de setembro.


Durante um dia inteiro, os visitantes poderão visitar as caves e a adega e, participar da típica lagarada duriense (entrada nos lagares tradicionais e fazer a pisa a pé). O programa conta também com uma degustação dos vinhos da vinícola.

Para José Luis Moreira, enólogo responsável de Murças: “Começamos a vindima depois de um inverno frio e seco e, uma primavera mais fria que o habitual e muito chuvosa. As uvas estão quase maduras e prontas para a colheita. É a nossa décima vindima no Douro, estamos confiantes na qualidade dos vinhos que iremos produzir e continuamos à procura da expressão mais fiel de nossos diferentes terroirs na produção dos melhores vinhos que a natureza nos proporciona”.

Programa de Vindimas na Quinta dos Murças (a partir de 15 de setembro)

16h00 – Chegada e visita guiada às caves e adega
17h00 – Lagarada (entrada no lagar e pisa a pé)
18h – Degustação dos vinhos Assobio

Máximo: 7 pessoas
Preço: 35€ por pessoa
Reserva necessária
Reservas: +351 932706787 / reservas.murcas@esporao.com

Quinta dos Murças
Covelinhas 5050-011 Peso da Régua
Coordenadas GPS: Latitude 41.153314; Longitude: -7.688143
*disponível mediante trabalhos a decorrer na adega

Tuesday, September 11, 2018

Quinta da Alorna Tinto 2015

A Quinta da Alorna nasceu em 1723, mais tarde D. Pedro de Almeida, o I Marquês de Alorna, após ter liderado a conquista da praça-forte de Alorna na Índia, conferiu à propriedade o nome que hoje tem. Na margem do Rio Tejo e com a entrada marcada por uma árvore magnífica e rara no mundo, conhecida por bela sombra, a Quinta da Alorna destaca-se não só pela qualidade dos vinhos que produz como também pelos seus espaços naturais. Com uma área total de 2.800 hectares, localizada no centro de Portugal, próxima de Santarém, a Quinta tem vindo a diversificar as suas áreas de negócio tendo como princípios a sustentabilidade, responsabilidade social e conservação da natureza.


Falando um pouco sobre o Quinta da Alorna Tinto 2015, podemos acrescentar que o vinho é produzido a partir do blend das castas Tinta Roriz, Castelão, Syrah e Alicante Bouschet passando por fermentação (alcoólica e malolática) em tanques de aço inoxidavel, onde também passa por um estágio para amadurecimento e estabilização. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi violácea de grande intensidade com bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, especiarias, chocolate e café.

Na boca o vinho apresentou corpo médio +, boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Mais um bom vinho português que provamos por aqui, este vindo de uma promoção do Pão de Açúcar e que valeu o quanto foi pago. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Monday, September 3, 2018

Edoardo Miroglio Cabernet Franc 2011

Em 2002, Edoardo Miroglio (produtor do vinho de hoje), um conhecido italiano produtor têxtil e de vinho , descobriu na região da Trácia, na Bulgária, o solo perfeito e ótimas condições climáticas para a produção de vinhos de qualidade na aldeia de Elenovo, 22 km a sudeste de Nova Zagora. Cercada por 220 hectares de vinhas, a Vinícola Edoardo Miroglio é uma impressionante combinação de arquitetura inspirada na antiguidade com as tecnologias modernas para a produção de vinho, combinadas naturalmente com o meio ambiente. As principais marcas produzidas pela vinícola são: Elenovo(reservas), Edoardo Miroglio(marca premium), Sant'Ilia, Soli e Sant'Ilia Estate (marcas comerciais). Acima da vinícola, existe o hotel boutique Soli Invicto (O sol invicto, do italiano), que dispõe de 10 quartos mobilados de forma única, salão de degustação de vinhos, restaurante requintado, lobby bar e piscina exterior.


Falando agora do Edoardo Miroglio Cabernet Franc 2011, podemos afirmar que o vinho é feito com uvas 100% Cabernet Franc com passagem de 10 meses em barricas de carvalho francês de 225 litros. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma coloração rubi violácea de grande intensidade, bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e sem cor também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros, especiarias, tostado e algo de baunilha.

Na boca o vinho mostrou corpo médio para encorpado, boa acidez e taninos redondos. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Mais um bom vinho búlgaro que provamos por aqui. Foi o fiel escudeiro, com honras, de um belo corte de carne (chorizo e ancho) sendo uma boa alternativa aos vinhos que costumamos provar com este acompanhamento. Tem um bom custo benefício. Este é mais um vinho do clube de vinhos Winelands, o clube que eu assino e recomendo. 

Até o próximo!