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Wednesday, September 26, 2018

Tiago Cabaço .com Premium Tinto 2017

Uma família de vinhos, sedutores e sérios, modernos no estilo e na forma mas profundamente alentejanos no carácter, os nossos vinhos dividem-se entre os “.com” de perfil enérgico e jovial, os monovarietais sérios e poderosos, os “Vinhas Velhas” que conjugam a excelência do terroir e as vinhas com mais de 30 anos, o espumante, para momentos especiais, e os “blog” simultaneamente vigorosos, subtis e frescos que se reclamam como os topos de gama Tiago Cabaço. Nascido e criado em Estremoz, no coração do Alentejo vinhateiro, Tiago Cabaço habituou-se desde muito cedo a partilhar o campo e a trabalhar nas vinhas e na adega com os pais. Foi através deste percurso que, de criança, aprendeu segredos da vinha, do solo, das castas e de todo o universo a ele associado, que ainda hoje aplica no seu dia-a-dia. Em 2004 criou a marca Tiago Cabaço Winery, o projeto em nome próprio. Desde então tem colocado no mercado vinhos da sua autoria, através dos quais passou a afirmar a sua personalidade e visão relativa aos vinhos e ao Alentejo.


Falando agora sobre o Tiago Cabaço .com Premium Tinto 2017, podemos afirmar que o vinho é feito a partir das castas Touriga Nacional, Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet com fermentação e estágio posterior em tanques de aço inox (sem passagem por madeira). Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi violácea de média para grande intensidade com bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, especiarias (pimenta em maior presença) e toques florais.

Na boca o vinho apresentou corpo médio com boa estrutura, acidez na medida e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração. 

Mais um bom vinho português provado por aqui, com bom custo benefício e que tende a agradar a todos os paladares por seu estilo mais jovem e frutado sem se tornar enjoativo ou pesado. Eu recomendo a prova. 

Até o próximo!

Tuesday, September 11, 2018

Quinta da Alorna Tinto 2015

A Quinta da Alorna nasceu em 1723, mais tarde D. Pedro de Almeida, o I Marquês de Alorna, após ter liderado a conquista da praça-forte de Alorna na Índia, conferiu à propriedade o nome que hoje tem. Na margem do Rio Tejo e com a entrada marcada por uma árvore magnífica e rara no mundo, conhecida por bela sombra, a Quinta da Alorna destaca-se não só pela qualidade dos vinhos que produz como também pelos seus espaços naturais. Com uma área total de 2.800 hectares, localizada no centro de Portugal, próxima de Santarém, a Quinta tem vindo a diversificar as suas áreas de negócio tendo como princípios a sustentabilidade, responsabilidade social e conservação da natureza.


Falando um pouco sobre o Quinta da Alorna Tinto 2015, podemos acrescentar que o vinho é produzido a partir do blend das castas Tinta Roriz, Castelão, Syrah e Alicante Bouschet passando por fermentação (alcoólica e malolática) em tanques de aço inoxidavel, onde também passa por um estágio para amadurecimento e estabilização. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi violácea de grande intensidade com bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, especiarias, chocolate e café.

Na boca o vinho apresentou corpo médio +, boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Mais um bom vinho português que provamos por aqui, este vindo de uma promoção do Pão de Açúcar e que valeu o quanto foi pago. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Thursday, June 14, 2018

Alabastro Reserva 2014

A Bacalhôa Vinho de Portugal, produtora do vinho de hoje, dispensa muitas apresentações. É uma das gigantes do mundo do vinho, conhecida e presente no mundo todo com belos caldos, desde os mais simples até seus vinhos premium. De qualquer maneira, é sempre bom darmos uma injeção de ânimo na nossa memória e trazer um pouco da história de sucesso desta empresa aqui para os leitores do blog. A Bacalhôa Vinhos de Portugal existe desde 1922, inicialmente sob a designação de João Pires & Filhos, tendo se desenvolvido ao longo dos anos com uma vasta gama de vinhos que lhe granjeou uma sólida reputação e a preferência de consumidores nacionais e internacionais. Ganhou um grande impulso com a parceria com o Grupo Francês Lafitte Rothschild e a aquisição de propriedades como a Quinta do Carmo, por exemplo. Está presente em 7 regiões vitícolas portuguesas (Alentejo, Península de Setúbal (Azeitão), Lisboa, Bairrada, Dão e Douro), com um total de 1200ha de vinhas, 40 quintas, 40 castas diferentes e 4 centros vínicos (adegas), a empresa distingue-se no mercado pela sua dimensão e pela autonomia em 70% na produção própria. Com uma capacidade total de 20 milhões de litros e 15.000 barricas de carvalho, a Bacalhôa Vinhos de Portugal prossegue a sua aposta na inovação no setor, tendo em vista a criação de vinhos que proporcionem experiências únicas e surpreendentes, com uma elevada qualidade e consistência.


Falando agora um pouco do Alabastro Reserva 2014, podemos ainda afirmar que é um blend das uvas Alicante Bouschet, Aragonez e Trincadeira com passagem de 6 a 9 meses em barrica de carvalho francês. A curiosidade aqui é que Alabastro, nome do vinho, é o nome de um tipo de pedra mármore típica da região. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração violácea de média para grande intensidade com bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e sem cor também se faziam presentes.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, baunilha, tostado e toques de especiarias.

Na boca o vinho mostrou corpo médio, boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média duração.

É como eu sempre digo, os portugueses vivem me surpreendendo positivamente. Este sem dúvida é um belo vinho, de entrada de gama eu diria, e que deve agradar o paladar do brasileiro. Normalmente encontro promoções deste vinho no Pão de Açúcar e vale o quanto custa. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Tuesday, December 5, 2017

Monte das Promessas Tinto 2014

A Casa Santos Lima, produtora do vinho de hoje, é uma empresa familiar que se dedica à produção, engarrafamento e comercialização de vinhos portugueses. Trabalha diretamente ou indiretamente nas regiões de Lisboa, Algarve, Alentejo, Douro e Vinhos Verdes. Desta forma e a partir de cerca de 400 hectares de vinha, a empresa produz vinhos conhecidos pela sua excelente relação qualidade/preço e exporta cerca de 90% da sua produção total para perto de 50 países nos 5 continentes. Atualmente as principais instalações da empresa (escritórios, loja e as adegas de maiores dimensões) estão situadas na Quinta da Boavista em Alenquer, apenas a 45 km a Norte da cidade de Lisboa. Esta Quinta pertence à família Santos Lima há mais de 4 gerações e oferece condições ideais para a produção de vinho de qualidade.


Falando um pouco sobre o Monte das Promessas Tinto 2014, podemos acrescentar que este vinho é um regional alentejano feito a partir das castas Syrah, Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Petit Verdot com estágio de quatro meses em barricas de carvalho francês e americano. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi violácea de média para grande intensidade, bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, de média velocidade e com alguma cor também se faziam presentes.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutas escuras bem maduras, flores, especiarias e algo mineral.

Na boca o vinho apresentou corpo médio, boa acidez e taninos extremamente macios e sedosos. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média para longa duração.

Mais uma boa opção de vinho português que encontramos por aqui em nosso mercado e que tem um bom custo benefício. Ah, eu amo esses patrícios.

Até o próximo!

Thursday, November 23, 2017

Quinta do Carmo Tinto 2014

Eu tenho a certeza de que todos nós, vez ou outra, passamos por dias mais pesados onde diversas áreas da vida parece que vão entrar em parafuso. No final, conseguimos lidar com tudo mas o que sobre é aquele cansaço mental e físico que sempre pedem um afago na alma. E foi assim que acabei abrindo o vinho Quinta do Carmo Tinto 2014, vinho este feito por uma das mais conceituadas vinícolas de Portugal, a Bacalhôa Vinhos de Portugal.


A vinícola existe desde 1922 mas ganhou um grande impulso com a parceria com o Grupo Francês Lafitte Rothschild e a aquisição de propriedades como a Quinta do Carmo, por exemplo. O Grupo Bacalhôa possui adegas nas regiões mais importantes de Portugal: Alentejo, Península de Setúbal (Azeitão), Lisboa, Bairrada, Dão e Douro, produzindo uma grande variedade de vinhos, dos mais simples aos topo de gama. A Quinta do Carmo está localizada na região do Alentejo, a poucos quilômetros da cidade de Estremoz. É uma propriedade tipicamente alentejana, com uma área total de 1.000ha, onde estão incluídos 100ha de oliveiras, cereais, plantações de sobreiros e florestas. 

O vinho Quinta do Carmo Tinto 2014 é um blend das castas Aragonez (40%), Alicante Bouschet (30%), Trincadeira (20%) e Cabernet Sauvignon (10%). As vinhas que dão origem ao vinho estão instaladas num vale junto ao sopé da Serra D’Ossa em terrenos argilo-xistosos. Cada casta é vinificada separadamente e é utilizada uma vinificação tradicional com fermentações em tanques de aço inox e em lagares com temperatura controlada. No final da fermentação segue-se uma maceração prolongada (7 a 15 dias). Os vinhos estagiam em barricas de carvalho francês durante 12 meses. No final do estágio é feito o lote final do vinho. Vamos ver como foram as impressões sobre ele?

Na taça o vinho apresentou coloração violácea de grande intensidade com bom brilho e limpidez. Lágrimas mais lentas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos maduros bem maduros, baunilha, especiarias e algo de mentolado.

Na boca o vinho se mostrou encorpado com boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era longo e saboroso.

É como eu sempre digo, os portugueses vivem me surpreendendo positivamente. Este sem dúvida é um vinhaço!! Está entre os melhores que já provei. Não é barato, principalmente aqui no Brasil (este foi comprado na própria vinícola, após visita e degustação) mas vale cada centavo!!

Até o próximo!

Monday, October 30, 2017

Lenda de Dona Maria Tinto 2014

A febre portuguesa se abateu sobre este blog vejam só vocês. Foi só fazer minha viagem dos sonhos para a "terrinha" que aflorou de vez toda minha paixão pelos vinhos vindos de lá. Ainda mais agora que sou oficialmente cidadão português. Mas isto é estória para uma próxima oportunidade. Hoje focaremos no vinho Lenda de Dona Maria Tinto 2014 e todas as surpresas que este nos trouxe. 


Há aproximadamente 150 anos que se produz vinho na Quinta de Dona Maria, mas somente a partir de 1988 é que o seu atual proprietário, Júlio Bastos, começa a comercialização a nível nacional e internacional dos vinhos então produzidos por lá. Em 1992, Júlio Bastos, pretendendo assegurar o seu crescimento e, ao mesmo tempo, o escoamento da produção, vende 50% da Sociedade Agrícola Quinta do Carmo aos Domaines Barons de Rothschild (Lafite). É nessa altura que a antiga adega é transferida da Quinta de Dona Maria ou Quinta do Carmo para a Herdade das Carvalhas, propriedade essa que, a partir dessa data passou a pertencer à Sociedade. Nunca tendo deixado de pensar em voltar a fazer o seu próprio vinho, foi na entrada do novo milênio que surgiu essa oportunidade. Júlio Bastos decide então vender a sua participação na Sociedade Agrícola Quinta do Carmo, e recomeça este novo projeto, os vinhos Dona Maria. Em 2003 faz-se a primeira vindima de uma nova etapa na longa vida desta Quinta, cujo conceito, é a produção de vinhos de qualidade aliado a um projeto familiar, que sempre distinguiu esta propriedade ao longo dos tempos.

O Lenda de Dona Maria Tinto 2014 pode ser considerado como vinho de entrada de gama desta quinta, mas vou te dizer, se a entrada é assim nem imagino como devem ser os outros vinhos. É um vinho feito a partir das castas tradicionais do Alentejo, a saber: Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet com um pequeno estágio de 3 meses em barricas de carvalho francês e americano para amadurecimento. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração violácea de grande intensidade com bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e coloridas também se faziam presentes.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros, flores e toques de chocolate.

Na boca o vinho era de médio corpo, boa acidez e taninos redondos. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Mais um bom vinho português provado por aqui, custou cerca de 50 reais no Pão de Açúcar e valeu o quanto custa, pra fugir dos manjados chilenos e argentinos que inundam nosso mercado. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Wednesday, October 25, 2017

Alves Vieira Tinto 2015

Hoje vou falar sobre o vinho que abriu oficialmente a temporada de férias aqui do Balaio (que infelizmente já acabou). Este vinho é produzido pela família Alves Vieira, nome de uma família unida pelos sonhos de criar bons vinhos em Vidigueira, no Alentejo. Vinhos feitos com dedicação, cuidado e atenção ao detalhe. Alves Vieira é o símbolo, faz parte da família.


O Alves Vieira Tinto 2015 é produzido a partir das castas Trincadeira, Touriga Nacional e Alicante Bouschet, sem passagem por madeira. O rótulo é bonito e bem trabalhado, chamando atenção antes mesmo de provar o vinho. Vamos saber as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração violácea de grande intensidade com algum brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, flores e leve toque de cacau.

Na boca o vinho mostrou corpo médio, boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média para longa duração.

Um bom vinho português que surpreende pela leveza e delicadeza em contra partida ao que é esperado de vinhos do Alentejo, o que o torna fácil de beber e companheiro ideal de uma refeição sem grandes propósitos. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Wednesday, September 27, 2017

Enobrasil 2017: O vinho nacional que surpreende

Como eu já disse a alguns posts atrás, o mercado de vinhos nacionais tem evoluído com uma velocidade muito interessante, transformando regiões até então impensáveis em produtores de vinho. Reforçando o que eu disse por lá, deixemos de lado ainda o termo terroir, empregado a locais "seculares" e que possuem toda uma cultura ancestral quando falamos de cultivo de uvas e produção de vinhos, coisa que o Brasil ainda não tem a curto e médio prazo. E não existe uma maneira melhor de ter contato com este "novo" mercado nacional de vinhos do que um evento como o Enobrasil 2017 que ocorreu no último mês de agosto e que tive a oportunidade de visitar.

A sommelière Mikaela Paim que dentre outras atividades, é sommelière desde 2007, Presidente da Confraria Vinhos do Brasil, colaboradora da Osteria Generale há 15 anos e ainda trabalha com consultorias e Eventos Enogastronômicos além de guiar grupos de viagens enoturísticas com a Agência Stell Tour Turismo, acerta novamente em trazer a um mesmo espaço produtores nacionais de vinhos, queijos, azeites e outros alimentos/bebidas que vem surgindo por todos os cantos do nosso país. Para se ter como base, tivemos vinhos que vinham do Sul (Rio Grande do Sul e Santa Catarina), Nordeste (Pernambuco), Sudeste (São Paulo e Minas Gerais) e por ai vai. E esse foi o mote do evento: a diversidade de produtos e regiões que o país produz e que ainda não temos acesso.


Mantendo o padrão que tenho aplicado por aqui, pretendo apontar vinhos e vinícolas que mais me surpreenderam durante o evento (afinal, somos um blog de vinhos). O maior exemplo que tive neste evento foi uma pequena vinícola do interior de São Paulo (mais especificamente de Amparo), a Vinícola Terrassos. O surgimento deste empreendimento em solos paulistas se deu em 2003 com o início da plantação das vinhas (cerca de 20 variedades viníferas foram testadas) e as primeiras garrafas começaram a sair em 2010. Existe ainda o curioso uso da casta Máximo, desenvolvida em solos paulistas pelo cruzamento de uvas Seibel 11342 e Syrah. O vinho apresentado, um blend de Syrah e Máximo, se mostrou rústico e instigante, com aromas de frutos vermelhos e especiarias, além de um certo toque terroso. Em boca corpo médio e taninos marcados. Pareceu bem gastronômico. 


Outro destaque positivo vem do nordeste com a Vinícola Rio Sol e o seu Rio Sal Gran Reserva Alicante Bouschet (não poderia ser diferente, afinal a empresa pertence a Global Wines, com sede na região do Dão, em Portugal, e usar uma casta portuguesa faz sentido aqui, dadas as devidas ponderações). O vinho resultante é de médio corpo, boa acidez e taninos macios. Aromas de frutos vermelhos, especiarias, flores, chocolate e algo de tabaco. Tende a agradar paladares diversos.


Por fim, do Rio Grande do Sul (Campanha Gaúcha) vem o Cordilheira de Sant'Ana Tannat 2005. A vinícola homônima (Cordilheira de Sant'Ana) está localizada numa mesma latitude de grande áreas vinícolas de nossos hermanos mais reconhecidos mundialmente, o que já dá uma dica de que coisas boas podem vir daqui. Foi fundada em 1999 e os proprietários são o casal de enólogos Rosana Wagner e Gladistão Omizzolo. O vinho é muito escuro e denso, mesmo com tanto tempo em garrafa. Trouxe aromas de frutos escuros em compota, especiarias, flores, cacau e toques de minerais e animais. Em boca é encorpado com taninos domados e acidez na medida. Evoluído e elegante, um vinho que empolga.

E como era de se esperar, o Enobrasil 2017 cumpriu seu papel de forma magistral, apresentando o consumidor brasileiro aos produtos disponíveis em seu próprio país e que devem ser consumidos por aqui. Incrível é quebrar paradigmas e verificar que o Brasil pode sim fazer bons vinhos, em diversas regiões do país, e que pode sim competir com alguns de nossos vizinhos. O evento tende a crescer de tamanho e "conteúdo" já para o próximo ano, segundo a Mikaela. É o que nós esperamos. Vale a pena esperar até lá.

Até o próximo!

Tuesday, September 19, 2017

Comenda Grande Tinto 2014

A exploração agrícola da Comenda Grande, produtora do vinho de hoje, foi iniciada por Maria José de Almeida Margiochi, neta de José Maria Eugênio de Almeida (hoje Fundação Eugênio de Almeida). Herdada pela senhora D. Maria Madalena de Noronha e seu marido D. João de Noronha, esta exploração agrícola de referência da casa Margiochi é hoje continuada por sua filha Maria de Lourdes S.A. de Noronha Lopes, pelo seu marido Eng. António Lopes e pelos filhos, compreendendo uma área de 750 hectares. Na vinha instalada, em que cerca de 36 hectares são castas tintas e 7 hectares castas brancas, privilegiaram-se as castas mais marcantes do Alentejo – Trincadeira e Aragonez nas tintas e Arinto e Antão Vaz nos brancos mas existem outras tais como Alfrocheiro, Tinta Caiada, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional, Syrah e Baga nas tintas, bem como Verdelho, Sauvignon Blanc e Roupeiro nas brancas. A Comenda Grande está sediada em Arraiolos, Alentejo, Portugal.


Falando sobre o Comenda Grande Tinto 2014 especificamente, podemos acrescentar que é um vinho feito a partir de um corte das uvas Aragonez, Alicante Bouschet e Trincadeira complementadas por Syrah, Tinta Caiada, Alfrocheiro e Cabernet Sauvignon. Após a fermentação o vinho passa por amadurecimento de 12 meses em barricas de carvalho francês e envelhecimento em garrafa de 6 meses. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi violácea de grande intensidade com ligeiro halo granada, bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também faziam parte do conjunto visual.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, especiarias doces, baunilha e flores.

Na boca o vinho apresentou corpo médio, acidez na medida e taninos macios e redondos. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Mais um bom vinho português degustado e aprovado por aqui que vale a prova, eu recomendo.

Até o próximo!

Wednesday, January 4, 2017

Vinha do Monte Tinto 2013

A grandeza do Alentejo inspirou esta determinada aposta da Sogrape na Herdade do Peso, produtora do vinho de hoje, no conselho da Vidigueira, numa zona exclusiva onde os diversos microclimas e relevos atípicos criam uma rica e impressionante variedade de terroirs. A essência deste Alentejo mais profundo é revelada nos vinhos, extraída com paixão por quem trabalha cada palmo desta terra. A Sogrape Vinhos é uma gigante do mundo do vinho Português, que nasceu da vontade e ousadia de um grupo de amigos que, no difícil ambiente econômico e político de 1942, decidiram apostar forte no talento de um homem visionário para criar e desenvolver uma empresa de vinhos diferente, inovadora, capaz de divulgar e impor os vinhos portugueses nos mercados internacionais. A verdadeira dimensão da Sogrape dos nossos dias exprime-se na amplitude e no peso do seu portfólio.


Falando agora do Vinha do Monte Tinto 2013, o vinho é um típico blend de uvas portuguesas, a saber: Aragonez, Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Syrah e Trincadeira. Tudo bem que vocês irão dizer que a Syrah não é uma casta portuguesa e sim, vocês estão corretos, mas como a grande maioria é, juntei todas em uma mesma frase e espero que vocês não se importem. O vinho estagiou em cubas de aço inox durante cerca de 6 meses e depois foi liberado ao mercado. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração violácea de média para grande intensidade com bom brilho e limpidez. Lágrimas ligeiramente coloridas e finas, também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros e vermelhos, flores e leve toque de especiarias.

Na boca o vinho apresentou corpo médio, boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média duração.

Um bom vinho português, fácil de beber e que olha, cabe no bolso. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Friday, November 11, 2016

Magneto Vinho Alentejano Tinto 2015

Situada em Orada, concelho de Borba, a Herdade Penedo Gordo (produtora do vinho de hoje) está geograficamente localizada num microclima sublime para a produção dos vinhos Alentejanos. O clima seco, as amplitudes térmicas acentuadas e a complexidade dos vários tipos de solo, conferem à vinha uma capacidade única de produzir uvas com uma qualidade excepcional. A vinha é composta por 90ha das castas tintas Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Aragonês, Trincadeira e Syrah e castas brancas Roupeiro e Antão Vaz. A vinificação é feita na adega localizada bem no centro da vinha, garantindo frescura e qualidade. Além da vinha a Herdade Penendo Gordo conta também com uma grande área de olival com as variedades Cobrançosa e Galega. A equipe de técnicos da Herdade Penedo Gordo acompanha atentamente a vinha para garantir uma vindima com uvas na maturação correta para produção de melhores vinhos.


Já sobre o Magneto Vinho Alentejano Tinto 2015, podemos ainda acrescentar que é um vinho feito a partir de um blend das seguintes castas: Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet e Touriga Nacional, aparentemente sem qualquer passagem por madeira. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração violácea de grande intensidade com algum brilho e boa limpidez. Lágrimas finas, rápidas e com alguma cor também se faziam presentes.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros, flores e algo de especiarias. 

Na boca o vinho tinha corpo médio, boa acidez e taninos finos. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média duração.

Mais um ótimo vinho português para o dia a dia, por cerca de 40 dinheiros na rede Pão de Açúcar. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Thursday, November 3, 2016

Terra Chã Tinto 2014: Bom custo benefício para a #CBE

Depois de um mês tumultuado e sem conseguir postar para a #CBE - Confraria Brasileira de Enoblogs, eis que o Balaio do Victor volta com tudo com o vinho do mês. E o tema proposto desta vez foi feito pela Fabiana Gonçalves, do blog Escrivinhos, que não titubeou: "Sei que como apreciadores de vinhos, nós adoramos quando encontramos um rótulo de boa relação entre preço e qualidade. Tanto é que até no supermercado a gente tenta “garimpar” alguma coisa legal, com um precinho camarada. Então, que tal procurar nas prateleiras das lojas ou mercados uma boa oferta? O ideal é que seja até R$ 40. Vamos à caçada"! E como por aqui missão dada é missão cumprida, chegamos com o Terra Chã Tinto 2014.


O Terra Chã Tinto 2014 é produzido pela Sociedade Agrícola Casal do Conde, que tem a sua origem no início do séc. XX em Vila Chã de Ourique na Região do Ribatejo (Portugal). Com uma raiz familiar, esta Sociedade fundada pelo vinicultor Manuel Henriques, foi sempre caracterizada por um crescimento dinâmico que lhe permitiu chegar ao início do século XXI como uma das maiores produtoras vinícolas do Ribatejo. A sua estratégia de aquisição de algumas das melhores quintas e vinhas da região como a Quinta d’ Arrancosa e as vinhas da Correchana, foram acrescentando capacidade produtiva, e permitiram seguir uma filosofia de produção de vinhos de qualidade. Em 2009, a Sociedade Agrícola Casal do Conde foi adquirida por um grupo de investidores de capitais luso-angolanos que veio a modernizar os seus processos de gestão, a sua estratégia de marketing e o seu posicionamento comercial, dotando-a de uma forte capacidade de investimento. Atualmente, a Sociedade Agrícola Casal do Conde dispõem de 137,5 ha das melhores terras do Vale do Tejo, das quais 75 ha estão cobertos por vinhas. A sua adega localizada junto à povoação de Porto de Muge, tem acompanhado a evolução tecnológica do setor, apostando nos mais avançados processos de vinificação e engarrafamento, espelhando a tradição vinícola da empresa, num contexto de modernidade e confiança no futuro da região vinícola do Tejo como uma referência na produção de vinhos de qualidade em Portugal.

Já sobre o Terra Chã Tinto 2014, podemos ainda acrescentar que o vinho é um blend típico de uvas autóctones portuguesas e internacionais, a saber: Alicante Bouschet, Aragonês, Castelão, Merlot, Syrah e Touriga Nacional. Aparentemente não tem passagem por madeira. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração violácea de grande intensidade, bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também se fizeram presentes.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos e escuros, flores e leve toque especiado.

Na boca o vinho tinha corpo médio, boa acidez e taninos finos. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média duração.

Um bom vinho para o dia a dia, um bom custo benefício e que pode ser encontrado na rede Pão de Açúcar por menos de R$ 40,00 e que a meu ver, vale o investimento. Mais um vinho degustado para #CBE - Confraria Brasileira de Enoblogs. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Monday, June 27, 2016

Tapada do Fidalgo Reserva Tinto 2013

O Alentejo é a mais extensa das regiões vinícolas portuguesas. É uma terra de planícies douradas beijadas pelo sol, polvilhadas por olivais, sobreiros de cortiça, e claro, as vinhas e adegas que fazem desta uma das mais apreciadas regiões DOC da Europa aqui no mercado brasileiro. Próximo a Reguengos de Monsaraz, nasceu a Adega do Monte dos Perdigões (produtor do vinho de hoje), casa de Damião de Góis, humanista Luso do Séc. XVI e grande amigo de Erasmo de Roterdã, e mais tarde do ilustre maestro e compositor Luís de Freitas Branco, o Monte dos Perdigões é um lugar marcado pelo pensamento livre e pela obra feita. É lá que num terroir único e numa adega de exceção, nascem todos os vinhos Monte dos Perdigões. Escolhidas a dedo, as uvas fermentam em balseiros de carvalho francês e em lagares de mármore Alentejano, famosos pela sua elevada inércia térmica. Com a sua geometria larga e baixa, tendo a ajuda da pisa mecânica, favorecem a extração dos taninos e uma expressão aromática notável. A maturação dos tintos dá-se sur lies em tonéis de carvalho francês Allier, de tosta média e grão fino. Após o tempo de estágio adequado em meias barricas, são engarrafados, sempre com rolha de cortiça nacional, à espera de serem abertos e apreciados pelos mais exigentes entusiastas de vinho.


Falando agora especificamente do vinho em questão, o Tapada do Fidalgo Reserva Tinto 2013, podemos acrescentar que é um vinho feito a partir de um corte de uvas tradicionais e autóctones da região, a saber: Aragonez, Touriga Nacional e Alicante Bouschet. A fermentação acontece em lagares de mármore e o posterior afinamento e envelhecimento do vinho ocorre por 12 meses em carvalho francês. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração violácea de média para grande intensidade, algum brilho e boa limpidez. 

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros bem maduros, especiarias, flores e leve toque mentolado ao fim. Fundo de taça com lembrança tostada.

Na boca o vinho apresentou corpo médio, acidez na medida e taninos redondos. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Mais uma boa opção de vinho português disponível por aqui, com certeza uma opção segura e elegante para se ter em sua taça. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Tuesday, May 10, 2016

Quinta de Chocapalha Tinto 2010

A Quinta de Chocapalha fica junto à Aldeia Galega, estendendo-se pelas colinas soalheiras do Alto Conselho de Alenquer, Região Demarcada a noroeste de Lisboa. As sua vinhas com longa historia, encontram-se referenciadas desde o século XVI pela sua excelência e pertenciam a Diogo Duff, escocês destinto com insignia "Torre e Espada"pelo Rei D. João VI. Alice e Paulo Tavares da Silva adquiriram-na na década de 80, tendo operado significativos investimentos nos 45 ha de vinhas. A introdução de novos métodos de cultivo, permitiu à família consolidar a qualidade e a reputação dos seus vinhos. A responsabilidade enológica está a cargo da filha do casal, a reputada Sandra Tavares da Silva. Só na vindima de 2000, momento em que as vinhas atingiram a sua maturidade e qualidade pretendida, decidiu-se proceder ao engarrafamento dos melhores vinhos aí produzidos. A charmosa casa sede desta quinta foi construída em 1780. A adega atual ficou pequena e tem 2 lagares com pisa a pé. Uma adega nova bem equipada, muito bonita e encravada no meio das vinhas, foi inaugurada nas vindimas de 2012. As tradições desta quinta foram preservadas. O número de lagares com pisa a pé foi aumentado para 4.


Já sobre o Quinta de Chocapalha Tinto 2010, podemos ainda acrescentar que é um corte das uvas Tinta Roriz, Touriga Nacional, Castelão, Alicante Bouschet e Syrah, sendo que a fermentação foi feita em lagares, durante 12 dias, e com utilização de robô para pisa. O vinho estagiou durante 18 meses em barricas de carvalho francês de segundo e terceiro usos. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi com reflexos granada, algum brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e em pouca quantidade também faziam parte do conjunto visual.

No nariz o vinho mostrou aromas de frutos escuros em compota, flores e algo que me fez pensar em mineral, embora não conseguisse identificar ao certo o que era.

Na boca o vinho tinha corpo médio, boa acidez e taninos redondos. O retrogosto confirma o olfato e o final era longo e delicioso.

Mais um ótimo vinho português que conhecemos por aqui, degustado no nosso restaurante português mais querido, o Ora Pois na Serra da Cantareira. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Tuesday, February 16, 2016

Speciale Merlot 2012: Mais do vinho tinto brasileiro!

O vinho é produzido pela LPG Wines, que fruto do amor pelo vinho, foi fundada por três amigos, um renomado enólogo português e dois brasileiros, outro Enólogo e um Engenheiro Agrônomo. O trabalho iniciou em 2008, com a implantação do projeto de Agricultura de Precisão e Segmentação de Colheita com alguns produtores parceiros na região de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. O projeto de produção utiliza o mesmo sistema adotado em mais de 15 países do velho mundo, tendo como foco a melhoria da qualidade da uva para a produção de um bom vinho. São produções únicas e exclusivas com a baixa tiragem por hectare.


O Speciale Merlot 2012, apesar de ser rotulado como varietal, tem uma pequena porcentagem de Alicante Bouschet em sua composição. Curioso ver esta uva de ascendência portuguesa aparecendo por aqui. Além disso, passa por 24 meses em barricas de carvalho americano para amadurecimento. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi violácea de grande intensidade, pouco brilho e alguma limpidez. Ligeiro halo granada indica alguma evolução. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros, capuccino, tabaco e toques animais. Ao fundo de taça algo de tostado também se fazia notar.

Na boca o vinho se mostrou de corpo médio, boa acidez e taninos redondos e macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média para longa duração.

Mais um bom exemplar de vinho tinto nacional, o que reforça a tese que estamos no caminho certo, apesar dos pesares. Eu recomendo a prova. Mais um vinho do clube de vinhos da Winelands, o clube que eu assino e recomendo.

Até o próximo!

Thursday, February 11, 2016

Anas Tinto 2014: Mais uma preciosidade vinda do Alentejo

A Herdade do Sobroso, produtora do vinho em questão, nos seus 160 hectares de terras, concilia a produção de vinho com a fruição do espaço e da natureza, utilizando-os enquanto centro de lazer. Situada no região do Alentejo, mais especificamente na Vidigueira, a Herdade do Sobroso está delimitada pela Serra do Mendro ao norte, pelo Guadiana a leste e a sul pela enorme planície que se estende até perder de vista. A Herdade do Sobroso caracteriza-se por apresentar solos franco-argilosos e arenosos apostando na implantação de vinhas de acordo com critérios que visam a produção de uvas com elevada qualidade. No que diz respeito ao clima esta região é conhecida pelos seus Invernos frios, seguidos por Verões longos e quentes. As castas tintas dominantes são Aragonez, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Syrah, Alfrocheiro e Trincadeira, enquanto os vinhos brancos provêm essencialmente das castas Antão Vaz, Arinto e Perrum.


Sobre o Anas Tinto 2014, podemos ainda acrescentar que é um vinho feito a partir das castas alicante Bouschet, Syrah e Aragonez estagiando por cerca de 3 meses em barricas de carvalho americano (uma parcela do vinho somente). Como curiosidade, o vinho tem suas uvas plantadas junto ao Rio Guadiana, onde Anas foi o nome com que batizaram este rio, que significa "dos patos". Daí o nome e a ilustração no rótulo do vinho. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma bonita coloração violácea de média para grande intensidade, bom brilho e boa limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente colorida faziam parte do quadro visual também.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutas vermelhas frescas, flores e ervas.

Na boca o vinho apresentou corpo médio, boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média duração.

Um bom vinho português para o dia a dia, para se beber despretensiosamente e sem pensar muito a respeito. Sempre chama o próximo gole. Vale a prova.

Em casa harmonizamos o vinho com escondidinho de carne seca com mandioca e olha, vou te dizer que ficou bom pacas.

Até o próximo!

Wednesday, January 20, 2016

Herdade do Sobroso Tinto 2013

A Herdade do Sobroso, produtora do vinho em questão, nos seus 160 hectares de terras, concilia a produção de vinho com a fruição do espaço e da natureza, utilizando-os enquanto centro de lazer. Situada no região do Alentejo, mais especificamente na Vidigueira, a Herdade do Sobroso está delimitada pela Serra do Mendro ao norte, pelo Guadiana a leste e a sul pela enorme planície que se estende até perder de vista. A Herdade do Sobroso caracteriza-se por apresentar solos franco-argilosos e arenosos apostando na implantação de vinhas de acordo com critérios que visam a produção de uvas com elevada qualidade. No que diz respeito ao clima esta região é conhecida pelos seus Invernos frios, seguidos por Verões longos e quentes. As castas tintas dominantes são Aragonez, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Syrah, Alfrocheiro e Trincadeira, enquanto os vinhos brancos provêm essencialmente das castas Antão Vaz, Arinto e Perrum.


Falando um pouco do Herdade do Sobroso Tinto 2013, posso ainda acrescentar que é um vinho feito a partir das castas Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet e Alfrocheiro Preto (uvas autóctones e muito comuns na região) estagiando por 14 meses em pipas de 500 litros de carvalho francês antes de ser liberado ao mercado. Tem 14% de álcool. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma coloração violácea de média para grande intensidade, bom brilho e limpidez. Lágrimas mais gordinhas, levemente coloridas e mais lentas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos e escuros, chocolate e toques florais.

Na boca o vinho apresentou corpo médio para encorpado, taninos macios e ótima acidez. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Mais um belo portuga degustado por aqui, encontrado facilmente na rede Pão de Açúcar. Não é um vinho considerado barato, mas entrega a qualidade esperada. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Wednesday, January 13, 2016

Van Zellers 2014: Mais uma boa expressão do Alentejo disponível !

Nem vou mais ficar fazendo ode e apologias aos meus queridos vinhos portugas, afinal quem me segue ou lê alguma coisa do que eu escrevo por aqui já percebeu isso de tempos. Então, hoje trago mais uma boa opção de vinho português por aqui, direto do Alentejo, o Van Zellers Tinto Regional Alentejano 2014.


O vinho é produzido pela Van Zellers & Co, que foi originalmente estabelecida em 1780 como uma empresa exportadora de Vinho de Porto pela primeira geração dos Van Zellers portugueses. Uma das maiores companhias dessa época, viria a ser vendida a outra casa em meados do século XIX. A família Van Zeller readquiriu-a, por incorporação na Quinta do Noval em meados de 1930 - a Quinta do Noval era então propriedade de Luís de Vasconcellos Porto, cuja filha e herdeira, Rita de Vasconcellos Porto, casara recentemente com Cristiano Van Zeller, descendente direto em linha primogênita do fundador. Em 1993 a Van Zellers & Co. foi vendida pela família junto com a Quinta do Noval, entrando num período de dormência, durante o qual não teve nem atividade comercial. Em 2006, Cristiano Van Zeller readquiriu finalmente a companhia e as suas marcas. Nesse mesmo ano iniciou a produção de vinhos Douro DOC sob as marcas "VZ" e "Van Zellers" e em 2009 relançou os vinhos do Porto Van Zellers, abrindo assim um novo capítulo da história desta companhia já bicentenária. Atualmente a vinícola conta também com incursões em outras regiões de Portugal, tais como o Alentejo já citado aqui, além de experiências internacionais,

Sobre o Van Zellers Tinto Regional Alentejano 2014 podemos acrescentar que é um corte das seguintes uvas: Trincadeira, Syrah, Alicante Bouschet e Touriga Nacional. Além disso, passa por envelhecimento em barricas de carvalho Francês de 2º, 3º e 4º usos durante 17 meses. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma bonita e brilhante coloração violácea de média para grande intensidade com boa limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também compunham o conjunto visual.

No nariz o vinho mostrou aromas de frutos vermelhos e escuros muito maduros, especiarias doces e florais.

Na boca o vinho se mostrou de médio corpo com excelente acidez e taninos sedosos. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média para longa duração.

Mais um belo portuga degustado por aqui, sempre agradável. Eu beberia este vinho por si só, sem acompanhamentos. Mas acho que pratos a base de carnes mais suaves e não muito temperadas, massas mais simples e claro, uma boa pizza, seriam boas companhias. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Friday, January 8, 2016

Cortes de Cima Chaminé Tinto 2013: Mais um belo vinho português

O período de festividades de natal e ano novo foi regado a muito vinho em minha casa, graças a deus, e por isso vou tentar resgatar um pouco do que rolou por lá durante este período pois por nossas taças passaram bons vinho que valem ser lembrados. E pra começar com chave de ouro vamos falar de um vinho de minhas regiões vitivinícolas preferidas, o Alentejo, falaremos então do Cortes de Cima Chaminé Tinto 2013.


Como já revelado acima, o vinho é produzido pela Cortes de Cima, uma vinícola familiar que se encontra na região do Alentejo, em Portugal. Sua história porém começou ainda em meados de 1888, quando Francisco Correia Sarmento saiu de Portugal e rumou para a Califórnia onde se estabeleceu, casou e algumas gerações mais tarde nascia Carrie, uma de suas herdeiras até então. Ela fez então o caminho contrário de seu antepassado e em se casando, rumou de volta a Europa e foi levada à Vidigueira, 100 km para o interior da costa do litoral alentejano. Quanto se instalaram na Cortes de Cima, em 1988, a propriedade era considerada, pelos padrões alentejanos, de “tamanho médio”, com os seus 375 hectares de oliveiras e a tradicional terra seca arável. Mas foi só em 1991 que plantaram suas primeiras vinhas, rompendo com o tradicional com relação ao manejo das videiras e com o plantio de castas que de certa maneira, eram proibidas pela DOC vigente na região. Em 1996 lançaram seu primeiro vinho que naufragou em um mar de críticas negativas e desdenhosas pela imprensa nacional. Entretanto o sucesso fora de Portugal fora absoluto e, em 1998, seu ícone "Incógnito" rompeu as últimas das barreiras e do preconceito com as uvas internacionais. Atualmente as vinhos se estendem por 120 hectares, e produzem as castas Aragonez, Syrah, Touriga Nacional, Trincadeira, Petit Verdot, Antão Vaz e Verdelho.

Sobre o Cortes de Cima Chaminé Tinto 2013 podemos dizer que é um vinho típico alentejano, fruto do corte das castas tradicionais portuguesas com um toque internacional, a saber: 40% Aragonez, 25% Syrah, 20% Touriga Nacional, 10% Alicante Bouschet e 5% Trincadeira. Não passa por envelhecimento em madeira. Fica como curiosidade o nome Chaminé, que tem origem numa das parcelas da vinha – ‘Chaminé de Gião’, onde eram originalmente produzidas as uvas usadas neste vinho Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou um coloração violácea de grande intensidade, bom brilho e boa limpidez. Lágrimas finas, rápidas, abundantes e levemente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros, flores, especiarias e chocolate.

Na boca o vinho se mostrou de médio corpo, ótima e agradável acidez assim como taninos suaves. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média para longa duração.

Mais uma ótima opção de vinho português disponível no mercado brasileiro, esse um pouco acima do que costumo dizer de bom custo benefício mas que ainda constitui uma opção que deve ser provada tendo em vista sua qualidade. Eu recomendo.

Até o próximo!!

Friday, September 18, 2015

Rapariga da Quinta 2012 e Bacalhau: que combinação deliciosa!

Eu sou suspeito quando falo de vinhos portugueses e mesmo da culinária de lá, por que eu sou um grande fã. E tem aquele restaurante português pertinho de casa que sempre parece me chamar, mesmo que inconscientemente, para mais uma boa refeição por lá. Esse restaurante é o Ora Pois, que eu já comentei algumas vezes por aqui (relembrem aqui principalmente) e foi onde eu provei o vinho do post de hoje. Vamos a ele?


Luís Duarte, produtor do Rapariga da Quinta, é um dos enólogos mais renomado de Portugal. Em 1997 foi destacado com o título de Enólogo do Ano pela Revista de Vinhos, uma das publicações especializadas mais prestigiadas de Portugal. Em 2007 repetiu a façanha, conquistando novamente este título. Em 2010, foi nomeado para a categoria “Best Winemaker in the World” do Wine Awards 2010, um concurso realizado pela revista alemã Der Feinschmecker e ficou entre os seis finalistas. Em seus quase 25 anos de carreira, sempre no Alentejo, Luis Duarte vem assinando muitos dos vinhos alentejanos que mais prazer proporcionam e maior sucesso tem alcançado. E recentemente tem nos presenteado com vinhos de seu projeto pessoal, elaborados com suas vinhas, daquelas que circundam a sua casa. (retirado do site do importador, Épice)

Sobre o Rapariga da Quinta 2012, podemos complementar que é um corte das uvas Trincadeira, Alicante Bouschet e Aragonêz sendo que passa por 6 meses de estágio em barrica de carvalho americano. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma bonita coloração violácea de média intensidade, bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também tingem as paredes da taça. 

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, toques de especiarias e de baunilha. Ao fundo de taça também se notava notas tostadas.

Na boca o vinho apresentou corpo médio, boa acidez e taninos macios e fininhos. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média para longa duração.


E claro que para acompanhar, nada melhor do que um bom e velho Bacalhau Assado na Brasa com Batatas ao Murro, um show. Eu recomendo a prova, do vinho, do restaurante, enfim, da culinária e dos vinhos portugueses que em geral, tem trazido satisfação e preços mais acessíveis.

Até o próximo!