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Tuesday, May 12, 2020

Hopes End Red Blend 2017

A história da Hopes End Wines começa com a viagem de um médico, Dr. William Thomas Angove, em 1886, de Londres na Inglaterra com direção a uma das mais distantes terras no planeta, a Austrália, em busca de uma vida melhor. Ao chegarem em Port Misery, ao sul da Austrália porém, se deparou com uma situação um pouco diferente da imaginada: um pântano escuro, uma terra sem leis e sem princípios, muito distante do que se imaginava por novos começos. Mas foi ai a grande sacada, imaginando que se fora o destino que havia o trazido pra lá, assim seria. E nomeou o lugar como "Hopes End", algo como sem esperanças em uma tradução livre de minha autoria. Este local se encontrava ficava no sopé de Adelaide. Depois de estabelecer uma prática médica, o Dr. Angove logo se viu experimentando a produção de vinho, inicialmente usando o que produzia como tônico para seus pacientes. Inicialmente, o Dr. Angove plantou 10 acres de vinha e produziu mesa seca e vinho fortificado. Ele logo encontrou uma crescente base de clientes rapidamente transformando seu hobby em um negócio.


Falando agora sobre o Hopes End Red Blend 2017, podemos dizer que o mesmo é um blend de uvas Syrah, Grenache, Petit Verdot e Malbec com alguma passagem por madeira, pequena é verdade. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma coloração violácea de grade intensidade com bom brilho e muita limpidez .Lágrimas finas, de média velocidade e coloridas se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros, couro, baunilha, chocolate e toques terrosos. 

Na boca o vinho apresentou corpo médio para encorpado, boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era longo e saboroso. 

Esse vinho foi o fiel escudeiro de costelinha de porco assada e purê de batatas, posição esta que assumiu com honras e glória, fazendo bonito no quesito harmonização.

Até o próximo!

Tuesday, April 28, 2020

Beso de Vino Syrah & Garnacha 2017

Hoje venho aqui pedir licença para vocês, leitores do blog, e mudar um pouco o assunto da postagem. Na verdade, não exatamente o assunto pois ainda falaremos de vinho por aqui, mas viajaremos alguns milhares de quilômetros pelo globo e pousaremos na Espanha, mais especificamente na região de Aragão. Hoje iremos falar do Beso de Vino Syrah & Garnacha 2017.


O vinho de hoje é produzido pela GRANDES VINOS, que está localizada na D.O.P. Cariñena, Aragão, uma das mais antigas Denominações de Origem Protegida oficialmente reconhecidas na Espanha, em 1932, segunda depois de Rioja, embora produza vinho há mais de 2000 anos. A Vinícola foi fundada em 1997 com a união de mais de 700 famílias de viticultores e com a missão de tornar sustentável e rentável a videira em Cariñena, agrupando um terço da produção total da D.O.P. , estabelecendo o desenvolvimento nos mercados de exportação como estratégia de crescimento. Beso de Vino é a principal marca da GRANDES VINOS, presente em mais de 40 países e nos principais distribuidores mundiais. Indo além dos Certificados ambientais, a Inteligência Ambiental aplicada à agricultura de precisão, a otimização da irrigação da vinha, o tratamento completo de resíduos e o uso de um campo solar na vinícola para reduzir o consumo de energia durante o processo de produção e as emissões de C02 a atmosfera os torna uma empresa líder no setor em questões ambientais. São mais de 4.000 hectares de vinhedos espalhados nos 14 municípios do distrito de Campo de Cariñena, atribuídos à Denominação de Origem Protegida Cariñena, são a principal força da Companhia. Uma das mais ricas e amplas variedades de paisagens, com vinhas crescendo entre 320 e 850 metros, em diferentes tipos de solo com diferentes condições climatológicas, a partir das quais uma vinícola pode produzir vinhos. A característica mais exclusiva são os antigos solos de pedra, camadas de rochas, minerais e terra que deram nome à campanha promocional "vinhos criados em pedra". O vento local forte, seco e frequentemente frio "Cierzo" sopra do norte, ajudando a regular as vinhas e a mantê-las livres de doenças.

Falando um pouco mais do Beso de Vino Syrah & Garnacha 2017, podemos ainda dizer que o vinho é feito a partir de um corte das duas uvas já citadas, com vinhedos de altitude média de 500m variando entre 15 anos (Syrah) a 40 anos (Garnacha). Após a fermentação, o vinho amadurece por 3 meses em barricas de carvalho, 70% americanas e 30% francesas. Vamos finalmente as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi violácea de média para grande intensidade com bom brilho e limpidez.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros maduros, especiarias, fumaça e leve toque de baunilha.

Na boca o vinho apresentou corpo médio, boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Uma boa opção de custo benefício quando falamos de vinho espanhol, descontraído e até certo ponto surpreendente. Eu recomendo a prova. 

Até o próximo!

Monday, August 12, 2019

Produção de vinho teve uma reviravolta massiva em 2018

2017 foi o pior ano que a OIV já havia monitorado; 2018 foi um dos melhores.


Qualquer um que não acredite que o clima pode impactar drasticamente a produção de vinho não precisa ir além de 2017 e 2018. A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) divulgou recentemente seu relatório anual sobre o mercado mundial de vitivinicultura e a mudança nos últimos dois anos é o mais dramático que eles já viram desde que começaram a rastrear esses dados em 2000.

Em 2017, a produção mundial de vinho foi de apenas 249 milhões de hectolitros, o menor total já relatado pela OIV, graças ao que o grupo chamou de um ano “marcado por condições climáticas muito difíceis que afetaram a produção em muitos países”. No entanto, passe a 2018 e a produção mundial aumentou em 17%, para 292 milhões de hectolitros, o segundo maior nível de produção, que remonta a 2000, e o melhor ano desde 2004.

A grande reviravolta foi impulsionada por aumentos significativos na produção nos três principais países produtores de vinho do mundo: a Itália, a França e a Espanha produziram 55 milhões, 49 milhões e 44 milhões de hectolitros cada. Para a Itália e a Espanha, 2018 foi um dos seus melhores anos de registro, e na França, a produção foi a mais alta desde 2011. Ao contrário dos outros dois, a França tem visto sua produção tendendo para baixo. Os Estados Unidos foi o quarto colocado na produção do ano passado, mantendo-se estável em 24 milhões de hectolitros. Fechando a lista dos principais países produtores seguem Argentina (15 milhões), Chile (13 milhões), Austrália (13 milhões), Alemanha (10 milhões), África do Sul (9 milhões), China (9 milhões), Portugal (6 milhões) milhões) e Rússia (6 milhões).

Então, como está 2019? A maior notícia do tempo na Europa até agora foi a enorme onda de calor de junho que trouxe temperaturas recordes para a França. Mas, embora o calor na hora errada possa significar um desastre, a AFP informa que a onda de calor deste ano atingiu precisamente a hora certa. "Dois dos três dias de ondas de calor em Bordeaux neste momento é mágico!", Disse Philippe Bardet, chefe do Conselho de Vinhos de Bordeaux. Aparentemente, uma explosão de altas temperaturas pode queimar o mofo o que Bardet disse ser “muito, muito bom para a qualidade”. Obviamente, ainda temos muitas semanas da estação de crescimento, mas neste ponto, até agora, tudo  vai indo bem.


Matéria original em www.foodandwine.com

Wednesday, July 3, 2019

Budureasca Premium Fume 2017

As Budureasca Vines, produtora do vinho de hoje, produz seus vinhos em sua adega em Gura Vadului, na área vitivinícola de Dealu Mare, uma das mais famosas da Romênia. Estão localizados no mesmo paralelo das famosas regiões de Bordeaux e Borgonha da França, chamado de "Paralelo do Vinho". As condições ideais de clima e solo permitem obter, todos os anos, especialmente vinhos brancos secos ou semi-secos. Exposição sul, sol longo durante o ano e solos extremamente férteis feitos de chernozem e calcário trabalham juntos para dar sabores e propriedades especiais aos vinhos Budureasca. Entre as uvas tintas, a Feteasca Negra, a Shiraz e a Cabernet Sauvignon são as mais favorecidas por tais fatores ambientais da área, porque elas exigem uma quantidade de energia solar maior para amadurecer corretamente e para atingir a plena maturidade. No total, as uvas a partir do qual a Budureasca obtêm seus melhores vinhos nobres são: Cabernet Sauvignon, Feteasca Preto, Merlot, Pinot Noir, Shiraz, Busuioacă de Bohotin, Pinot Gris, Sauvignon Blanc, Feteasca Regala, Tămâioasă romenos, Chardonnay, Feteasca Alba , Riesling e Muscat Ottonel.



Falemos agora do Budureasca Premium Fume 2017, um vinho que me causou certa curiosidade quando li a sua composição, afinal é feito a partir das uvas Chardonnay, Sauvignon Blanc e Pinot Gris com um longo periodo de passagem por madeira. As uvas são colhidas em sua maturidade ideal da região de Dealu Mare. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração amarelo dourada com reflexos verdeais com um ótimo brilho e limpidez.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos tropicais e frutos cítricos, fumaça e algo de baunilha e manteiga.

Na boca o vinho apresentou corpo médio para médio + com uma ótima acidez. O retrogosto confirma o olfato, adicionando alguns toques levemente herbáceos, e o final era de longa duração.

Mais um bom vinho romeno provado por aqui, este que é mais um vinho que me foi apresentado pelo Winelands Clube do Vinho, o clube que eu assino e recomendo. Me lembrou muito um bom Bordeaux branco, dadas as devidas proporções. Eu recomendo a prova, caso tenham oportunidade.

Até o próximo!

Tuesday, April 16, 2019

Karakter Sauvignon Blanc 2017

O vinho de hoje é produzido por Domeniile Sahateni, vinícola romena de propriedade de Aurelia Visinescu, uma respeitável enóloga romena, e seu sócio. A vinícola é baseada na região Dealu Mare, onde o "terroir" provou que vinhos excepcionais podem ser alcançados, sendo composta por 70 ha de videiras. Investimentos da ordem de até 5 milhões de Euros foram feitos e dedicados ao plantio e replantio de vinhas, modernização da adega, ampliação de capacidade e outros. A capacidade total de produção é de 1.000.000 garrafas por temporada. Uma parte dos vinhos é envelhecido em barricas de carvalho romeno e também envelhecidos em garrafa na adega. As principais variedades de uvas são: Feteasca Neagra, Merlot, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir - para os vinhos tintos e Feteasca Alba, Chardonnay, Riesling, Sauvignon Blanc, Tamăioasă Romaneasca e Muscat Ottonel para os vinhos brancos. O que vemos aqui é a utilização de castas internacionais mas também um grande uso de uvas autóctones romenas e pouco conhecidas por nós brasileiros, o que torna provar o vinho por si só já uma descoberta. Inicialmente eram 3 linhas de vinhos: Nomad, Artisan e Anima. A primeira (Nomad), segundo a enóloga é focada em vinhos mais ao estilo novo mundo e visa àqueles que gostam se aventurar por tal estilo; já a segunda (Artisan) é uma linha mais dedicada às uvas autóctones romenas e a região de Dealu Mare; por fim, a terceira linha (Anima) é a linha de vinhos exclusivos, considerados os tops da vinícola.


Falando sobre o Karakter Sauvignon Blanc 2017, podemos ainda dizer que o vinho é feito 100% por uvas Sauvignon Blanc oriundas de Dealu Mare, na Romenia sem qualquer passagem por madeira. Vamos as descrições?

Na taça o vinho apresentou uma belíssima coloração amarelo palha com reflexos dourados de ótimo brilho e limpidez.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos tropicais e cítricos, bem maduros e suculentos com leve toque mineral. Ao fundo, notas florais também se fazem notar.

Na boca o vinho mostrou corpo leve para médio com uma boa acidez (mas sem se tornar "elétrico" como alguns irmão chilenos, a meu ver se tornando mais agradável). O retrogosto confirma o olfato e o final era de média para longa duração.

Mais um bom vinho romeno provado por aqui, este que é mais um vinho que me foi apresentado pelo Winelands Clube do Vinho, o clube que eu assino e recomendo. Foi o fiel escudeiro de um dos muitos dias muito quentes que sentimos por aqui na ocasião do nosso verão.

Até o próximo!

Tuesday, January 15, 2019

Henry of Pelham Riesling 2017

Bom dia prezados leitores. Depois de um longo período de abstinência aqui no blog (e só por aqui, por que beber nós continuamos de maneira normal) estamos de volta. Peço desculpas pela ausência sem aviso mas, um mix de bloqueio criativo e uma série de outras situações em minha vida particular e profissional fez com que eu me afastasse neste período, período este que espero ter acabado. E voltamos por aqui com um vinho até então nunca degustado por aqui: um Riesling canadense. Vamos ver o que descobrimos sobre ele por aqui?


No final do século XVIII, o tataravô de Henry, Nicholas, recebeu a título de doação a terra em que se encontra a vinícola atualmente por seus serviços prestados durante a revolução, e mesmo tendo avançado seis gerações, a vinícola se mantém na mesma fazenda da família. O vinhedo de 300 hectares da Henry of Pelham está localizado no Short Hills Bench, sub-denominação da Península de Niágara, em Ontário, no Canadá. A vinícola foi nomeada Henry of Pelham a partir de Henry, cujo senso de humor bem seco, criou o apelido “Henry of Pelham” a partir de um primeiro-ministro britânico. Ele era um grande empreendedor, construindo uma pousada e taberna na propriedade e operando uma estrada de pedágio. Ele criou ovelhas. E cultivou uvas - algumas das primeiras a serem plantadas no Canadá. A sala de degustação e loja de vinhos estão na casa de carruagens de Henry. O Short Hills Bench é o mais oriental das sub-denominações localizadas dentro da Niagara Escarpment. Ela abrange a terra que se eleva da planície da península ao sul da Estrada Regional 81 até a Escarpment e situada entre o Twelve Mile Creek e o Fifteen Mile Creek. As colinas ondulantes e vales das Colinas Curtas, que repousam sobre um antigo vale enterrado que uma vez cortou o Niagara de Escarpa e ligado as bacias do Lago Ontário e do Lago Erie, proporcionam longas encostas suaves com excelente drenagem e exposição solar. Os dias quentes e ensolarados e as noites frias características desta área são perfeitos para desenvolver os intensos sabores da uva derivados de seus complexos solos. Todas as uvas dos vinhos Henry of Pelham Estate e Speck Family Reserve são cultivadas na sub-denominação Short Hills Bench.

Falando agora sobre o Henry of Pelham Riesling 2017, podemos ainda afirmar que o vinho é feito exclusivamente com uvas Riesling oriundas das vinhas mais velhas da Henry of Pelham (30+ anos) da região de Short Hills Bench fermentado em tanques de aço inoxidável. Vamos finalmente as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração amarelo palha com reflexos ligeiramente dourados, muito brilho e limpidez.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutas  cítricas e tropicais, toques florais e minerais adicionando boa complexidade.

Na boca o vinho apresentou corpo médio com um acidez crocante e vibrante. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Um belo vinho sem dúvidas nenhuma, muito saboroso e de um local de onde ainda não havia provado vinhos. Fez par com comida japonesa e se saiu muito bem. Eu recomendo a prova. Veio na mala em minha última viagem a NY.

Até o próximo!

Wednesday, September 26, 2018

Tiago Cabaço .com Premium Tinto 2017

Uma família de vinhos, sedutores e sérios, modernos no estilo e na forma mas profundamente alentejanos no carácter, os nossos vinhos dividem-se entre os “.com” de perfil enérgico e jovial, os monovarietais sérios e poderosos, os “Vinhas Velhas” que conjugam a excelência do terroir e as vinhas com mais de 30 anos, o espumante, para momentos especiais, e os “blog” simultaneamente vigorosos, subtis e frescos que se reclamam como os topos de gama Tiago Cabaço. Nascido e criado em Estremoz, no coração do Alentejo vinhateiro, Tiago Cabaço habituou-se desde muito cedo a partilhar o campo e a trabalhar nas vinhas e na adega com os pais. Foi através deste percurso que, de criança, aprendeu segredos da vinha, do solo, das castas e de todo o universo a ele associado, que ainda hoje aplica no seu dia-a-dia. Em 2004 criou a marca Tiago Cabaço Winery, o projeto em nome próprio. Desde então tem colocado no mercado vinhos da sua autoria, através dos quais passou a afirmar a sua personalidade e visão relativa aos vinhos e ao Alentejo.


Falando agora sobre o Tiago Cabaço .com Premium Tinto 2017, podemos afirmar que o vinho é feito a partir das castas Touriga Nacional, Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet com fermentação e estágio posterior em tanques de aço inox (sem passagem por madeira). Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi violácea de média para grande intensidade com bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, especiarias (pimenta em maior presença) e toques florais.

Na boca o vinho apresentou corpo médio com boa estrutura, acidez na medida e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração. 

Mais um bom vinho português provado por aqui, com bom custo benefício e que tende a agradar a todos os paladares por seu estilo mais jovem e frutado sem se tornar enjoativo ou pesado. Eu recomendo a prova. 

Até o próximo!