Thursday, February 24, 2011

Shrek para Sempre

 A derradeira aventura do ogro Shrek. Esta é a principal premissa do filme cujo título está descrito acima. Esta quarta aventura do verdão mais querido do mundo dos desenhos animados trás de volta todos os personagens que consagraram a série ao longo de seus capítulos no cinema, e isto inclue o Gato de Botas, Burro, Fiona, Dragão, etc. E é claro que apresenta mais uma vez bom divertimento e uma história pra lá de instigante e que me fez pensar, ao contrário do que temos como idéia pré concebida de que desenhos animados são somente alguns minutos de diversão pra mulecada.

Shrek se vê as voltas com sua família e levando uma vida rotineira no pântano com todos deveres e obrigações inerentes a um chefe de família, tendo virado inclusive atração turística da região, afinal sua história é bem conhecida por todos do reino. Acontece que na véspera e durante o aniversário de seus filhos, o ogrão começa a questionar se a vida não era melhor e muito mais simples quando era apenas um ogro temido por todos e tinha todo o sossego do pântano a sua disposição. Será que toda mudança desde o salvamente do Fiona da torre valeu a pena? E é ai que aparece Rumpelstiltskin, um cara que ganha a vida enganando as pessoas com acordos mágicos que sempre tiram vantagem de quem os assinam. Quando a vida de Shrek cruza o caminho de Rumpelstiltskin é que tudo vai por água abaixo. Shrek acaba por assinar o acordo mágico achando que ganharia apenas um dia como os de antigamente. Mas nada é o que realmente parece e Shrek se vê as voltas com um mundo em que é como se ele nuca tivesse nascido . E este é o ponto de partida do nosso herói, em busca de desfazer a burrada que acabara de cometer.

Mas para mim o grande assunto do filme/desenho é a discussão de que até que ponto estamos satisfeitos com nossas vidas, nossas realizações a ponto de buscarmos novos ares, novos desafios? Até que ponto a pressão até mesmo da sociedade nos obriga a buscarmos sempre mais e mais e satisfazermos uma vida que nem sempre é aquela com que sonhamos? Desde a infância somos condicionados que sucesso profissional,pessoal é atrelado a formação/educação superior, aprendizado de linguas, escolha da carreira ainda na adolescência e por ai vai. Mas e se a satisfação pessoal estiver ligada a outras coisas, na simplicidade da vida?

Muitas vezes também a sociedade é preconceituosa a ponto de achar que você aos 30 anos, morando com seus pais e solteiro é quase que um sinônimo de fracasso pessoal e profissional, afinal de contas como ainda não possui sua própria casa, como ainda não se casou ou na maioria das vezes onde estão seus filhos? Tá certo que isso vem mudando um pouco com o tempo mas o Brasil como um país que vem envelhecendo esta é ainda uma característica que tende a perdurar por um tempo ainda em nossas raízes culturais.

Na verdade a minha opnião é um meio termo onde, a linha que divide fracasso e sucesso é muito tenue, e que cada sucesso/fracasso depende basicamente das metas que cada um põe pra si e isto não tem relação direta com idade e posses materiais. Particularmente eu sou mais ambicioso e busco sempre bem estar e satisfação pessoal. Mas pode ser que em determinadas situações o simples seja a maneira mais simples de se atingir isto.

Desculpem se mudei totalmente o foco do post mas, entendo que os assuntos se entrelaçaram de maneira quase instantânea. Qual a opnião de você, caro leitor?

Quanto ao  filme, ele é muito bacana e entrega muita aventura satisfazendo os fãs do ogrinho. Muita aventura até que finalmente o gran finale se levante na tela. Como fã da série e do personagem, sinto que ficarei órfão de uma boa franquia dos cinemas, mas levarei comigo as aventuras e caretas inerentes do verdão. A boa notícia é que ao que parece nascerá uma aventura solo derivada da série com o personagem Gato de Botas.

E que venha tal aventura solo!

Monday, February 21, 2011

Chateau Piron 2004

Depois de um período afastado do blog mais um bom vinho degustado no final de semana. Desta vez um francês da região de Bordeaux, mais especificamente da AOC Montagne Saint-Emilion. Este um corte de 80% Merlot com 20% Cabernet. Mais um achado trazido até nós pela Cave Jado, excelente importadora de rótulos de pequenos produtores, garimpados nas diversas viagens das sócias a França.  Pelo que pude apudar sobre o vinho e produtor na internet, o vinho provém de vinhedos com idade média de 25 anos plantados em solo argiloso seguindo método de vinificação clássico com maceração de 4 semanas. O vinho passa por afinamento de 12 meses em barricas de 1º, 2º e 3º usos. Vamos as impressões.

Na taça apresentou cor bubi com bordas atijoladas já demonstrando certa evolução. Lágrimas ligeiramente mais grossas do que estou acostumado a ver,lentas e sem apresentar coloração. Tenho lido e estudado que o aspecto visual, apesar de nos passar algumas informações, não é assim tão importante e depende também de uma série de fatores, como a limpeza das taças por exemplo.  Mesmo assim coloco minhas impressões, para reforçar alguns conceitos e aprender, sempre!

No nariz o vinho começou um pouco fechado, apresentando notas de frutas vermelhas bem maduras, em compota/geléia eu diria. Com o tempo se abriu também um toque herbáceo lembrando mato, árvore, não sei ao certo. Completou o bouquet um toque animal que me lembrou muito couro sobre leve fundo tostado.
No palato apresentou corpo leve, média persistência, trazendo de novo notas de frutas bem maduras e um pouco de tostado. Taninos presentes, bem marcantes mas de muita qualidade, bem integrados com a acidez na medida e álcool imperceptível (12,5%).

Vinho elegante, bem diferente dos provindos do novo mundo, mais discreto e que vai se revelando aos poucos. Meu erro foi não te-lo decantado com a devida antecedência para aproveitar melhor seus aromas. Mas mesmo assim uma boa pedida pra se iniciar nos vinhos do velho mundo.

Saúde!

Tuesday, February 15, 2011

Cartagena Pinot Noir 2007

Este chileno alvo do post de hoje é produzido pela famosa vinícola chilena Casa Marin na Provincia de San Antonio, com vinhedos muitos próximos ao oceano pacífico. A vinícola foi fundada em 2000 (uma jovem vinícola) por Maria Luz Marin, cujo obtivo principal era o de prover inovação e tecnologia aos vinhos do Chile. Não a toa a vinícola se tornou uma das mais premiadas no Chile. Segundo os próprios produtores descrevem em seu site, a linha Cartagena tem como premissa a produção de vinhos elegantes e sofisticados, complexos aromaticamente harmonicamente com o auxílio de madeira francesa e americana. Como não existem maiores detalhes sobre colheita e/ou elaboração, vamos as impressões.

Na taça apresentou uma coloração rubi escuro com leve halo granada. Lágrimas em abundância, lentas e de leve cor violácea.

No nariz o vinho se mostrou complexo, abrindo com frutado maduro em primeiro plano, especiarias mais ao fundo (pimenta branca), leve mentolado junto com aromas de cacau e tostado. Eu diria que é bem interessante!

Já no palato o vinho confirmou o nariz trazendo de volta muita fruta, cacau e tostado com leves notas de menta. Corpo de média intensidade, acidez muito boa e taninos finos e redondos. O única porém é que o vinho se apresentou um pouco “quente” , o que foi arrefecendo um pouco durante a degustação mas não por completo. Também pudera, o vinho tem 15% de álcool. Persistência média longa, com um leve dulçor.

Mas um belo vinho trazido até nós pela Vinea, e que mesmo não sendo o vinho top da vinícola já diz a que veio. Foi muito bem com um peixe assado recheado com farofa e risoto de funghi. Eu recomendo altamente, mesmo tendo bebido pouco desta uva, com certeza este foi um dos que mais impressionou, se não foi o melhor. 

Saúde!

Monday, February 14, 2011

O adeus de um ídolo

Antes de mais nada eu sei que este post irá provocar diversas reações, positivas e negativas, mas eu não consigo me manter isento. Embargado numa emoção muito forte, tristeza mesmo, eu tento de alguma maneira neste momento acompanhar um pouco sobre o final de uma era no futebol brasileiro: a aposentadoria de Ronaldo, eterno fenômeno do futebol brasileiro. Corinthiano ou não, a questão é que como fanático por futebol cresci vendo Ronaldo jogando e tive o privilégio de dizer que um dia ele vestiu a camisa do meu time, com seus altos e baixos. Gols históricos, títulos, muita história em pouco mais de dois anos. Lendo trechos de sua entrevista (não consegui assistir e ainda não existe um video completo da mesma na net) sinto um mix de emoções . Talvez duas delcarações em especial me deixaram muito tocado: a de que o jogador sofre de hipotiroidismo a quase 4 anos e a de que nunca viveu tão intensamente a relação com um clube e sua torcida como no Corínthians.

Sobre sua história, pouco eu teria a acrescentar dentre um turbilhão de notas/notícias relacionadas ao fenômeno na midia de um modo geral. Mas em poucas linhas podemos dizer que Ronaldo é o maior artilheiro em Copas do Mundo, conseguiu ser amado por torcidas rivais em vários países, tem títulos por todos os clubes que defendeu, escolhido o melhor do mundo em três oportunidades são apenas alguns de seus feitos. Mas também tem o lado trágico da história com sua extensa lista de contusões graves que de certa maneira ajudaram a encurtar sua carreira, entre elas as “famosas” contusões no joelho com imagens que comoveram o mundo esportivo na época em que aconteceram. 

Mas a história mesmo que eu quero apenas agradecer é aquela que ele desenvolveu no Corínthians, lutando pra jogar, marcando gols inesquecíveis, conquistando títulos e como sempre honrando a camisa que vestia. A emoção de ve-lo em campo desde a sua estréia no clássico contra o Palmeiras é indescritivel. A cada arrancada, a cada gol, a cada adversário superado era algo mágico e impenssável até pouco tempo atrás mas era verdadeiro: Ronaldo fenômeno jogou seu último lampejo de carreira no maior time do Brasil. E eu pude ve-lo ao vivo, no campo, tive a oportunidade de vibrar com seus gols e torcer muito por suas inúmeras recuperações. Mais do que isso eu queria dizer que eu pude ve-lo ser o maior artilheiro em copas, eu pude ve-lo fazer fila nos zagueiros  holandeses/espanhóis/italianos e brasileiros enquanto esteve em campo. Mesmo pesado e fora de forma, decorrência de sua doença somente hoje revelada, Ronaldo fez o que muitos achavam impossível: ganhou na corrida de muitos zagueiros e volantes em sua volta ao Brasil e fez gols antológicos, como por exemplo a cavadinha em cima de Fábio Costa em plena Vila Belmiro. Mas a partir de hoje isto não existirá, por um bom motivo, mas a tristeza que invade nossos corações corinthianos é imensa. Ficará um imenso vazio que eu não sei se um dia será preenchido de novo. Ficará a saudade. Ficará a tristeza.

Obrigado Ronaldo por ter feito mais esta pessoa que escreve esta singela homenagem feliz e agora descanse e aproveite sua vida pois você merece!  Valeu!!!!

#PRASEMPREFENOMENO

Viña San Esteban Classic Merlot 2008

Sábado costumeiramente é dia de uma boa pizza lá em casa e eu estava louco pra tomar um vinhozinho junto e acabei escolhendo este Merlot para a tarefa de escoltar a pizza. Este vinho eu comprei em uma promoçãp na Vinea, que aliás além de ter uma ótima política de preços, sempre tem boas promoções e degustações interessantes aos sábados. Vale a visita.

A vinícola San Esteban está localizada na parte central do Chile, próxima a cidade de Los Andes, na borda oriental do Vale do Aconcágua. Os vinhedos se distribuem ao longo do Rio Aconcágua e aos pés dos Andes, onde uma amplitude térmica de dias ensolarados e noites com um ventinho gelado criam condições muito interessante para maturação das uvas. O vinho é elaborado 100% com uvas Merlot e não passa por envelhecimento em madeira, sendo que a intensão da vinícola é de que se obtenha a expressão mais pura das frutas empregadas na produção do vinho. Vamos as minhas impressões.

Na taça o vinho apresentou uma bonita cor rubi violácea intensa, brilhante e forte. Lágrimas finas, abundantes, incolores e bem rapidinhas fechavam o conjunto visual. 

No nariz um vinho franco e simples, com aromas de frutas frescas (morango/cereja) e um fundo de especiarias (pimenta). Direto ao ponto.

No palato o vinho apresentou corpo de leve para médio, bom extrato com lembrança das frutas vermelhas frescas mais uma vez a tona, taninos finos mas presentes quase com leve dulçor ao final. Álcool imperceptível (13,5%) , estando em harmonia com os outros integrantes do vinho. Me parece apenas que se o vinho tivesse um pouco mais de acidez o conjunto funcionaria um pouco melhor, mas mesmo assuim acompanhou bem a pizza e não comprometeu o resultado final.

Boa aposta e pelo preço pago na ocasião eu diria que é um excelente custo benefício para uma despretenciosa pizza em casa ou até mesmo pra beber sozinho, como aperitivo pra jogar conversa fora.

Saúde!

Thursday, February 10, 2011

Falerno Del Massico Rosso 2005

Como já tenho comentado no blog a algum tempo, depois que comecei a me interessar por vinhos e todas sua nuances, procurei ler e estudar muito sobre o assunto e além disso comecei a fazer cursos sobre o tema. Hoje em dia meu paladar evoluiu um pouco e tenho sido muito curioso com os vinhos que tenho degustado, procurando regiões que não conheço e uvas diferentes das usuais que temos mais facilmente contato (as européias cabernet sauvignon, chardonnay, malbec, etc.). Este vinho postado hoje é produzido numa região da Itália chamada Campania, e é elaborado com uvas autóctones, sendo 80% Aglianico e  20% Piedirosso.

Segundo o produtor em seu site na internet, o processo produtivo se dá pelo desengaçamento e esmagamento dos bagos seguido de maceração da borra a temperatura controlada a 25/26oC por um período entre 20 a 25 dias. Após este periodo o vinho passa pela fermentação alcoólica e a seguir malolática. Para afinamento, o vinho passa por madeira de 10 a 12 meses (50% francês e 50% eslavo).  Vamos agora as impressões.

Na taça o vinho apresentou uma coloração rubi violácea com um leve atijolado nas bordas, sugerindo alguma evolução. O vinho tinha aspecto limpido, com certa transparência e muito brilhante. Exibia lágrimas gordas, lentas e com certa cor.

Foi no nariz que o vinho começou a surpreender: muitos e complexos aromas, bem difíceis de se distinguir. O que eu consegui “retirar” foi que o vinho abriu com um frutado bem franco, notas de groselha e frutas escuras bem maduras, alguma coisa de especiarias lembrando talvez pimenta ou algo assim além de algum tostado e chocolate amargo. Ao fundo notava-se algum floral. Além desta complexidade aromática, o vinho (como ser vivo que é) estava em constante mudança e eu recomendaria que este vinho seja aerado/decantado por algum tempo pois me parece que ia abrindo com o tempo.

No paladar o vinho se mostrou bem encorpado, complexo trazendo de volta o frutado, floral e alguma coisa de cacau. Os taninos estavam bem presentes, elegantes, redondos! A acidez dava sustentação ao vinho, preenchendo bem a boca. Ao final, muito longo por sinal, senti um leve amargor mas que não me incomodou nem tão pouco estragou o prazer que o vinho proporcionara. 

Este exemplar fora adquirido na Vinea e não me recordo o valor pois foi numa promoção pós “Encontro de Vinhos” do ano passado. Mas com certeza valeu o preço pago. Aliás esta loja tem me surpreendido positivamente e deve receber em breve um post para comentar sobre minhas impressões.

Saúde!

Tuesday, February 8, 2011

Joaquim 2006 Cabernet/Merlot

Sábado tive a grata surpresa de conhecer e degustar este vinho oriundo da vinícola Villa Franconi, de Santa Catarina. Aliás, segundo especialistas e publicações especializadas, o terroir de Santa Catarina, especificamente nesta região onde está localizada a vinícola, já pode ser considerado o melhor dentro do Brasil,  o que possui melhores condições para produção de vinhos de qualidade, desde a composição do solo, exposição ao sol, clima, etc. Confesso que o vinho me surpreendeu positivamente.

Segundo o que pude ler e conhecer sobre a vinícola, a Villa Francioni prima pela qualidade de seus vinhos desde o mais importante: a plantação e cultivo das uvas, manejando os vinhedos de modo que até mesmo o espaçamento entre as plantas gere uma melhor exposição das mesmas ao sol a fim de obter uma melhor maturação de suas frutas. Além disso emprega um sistema de fluxo gravitacional na vinícola, em sintonia com a tendencia mundial de economia e se evitando ao máximo transporte mecanizados dos frutos/mosto/fermentado pela vinícola.

Este vinho é elaborado com uvas Cabernet Sauvignon e Merlot, cujas proporções não pude descobrir. Estagia também por 10 meses em barrica de carvalho francês, o que lhe confere uma estrutura interessante. Possui potentes 13,6% de álcool harmonicos ao restante do conjunto do vinho. Vamos as impressões.

Na taça o vinho apresentou uma cor rubi intenso com reflexos violáceos, muito brilhante com lágrimas finas, abundantes e incolores.

No nariz apresentou notas de frutas maduras, notadamente puxando pra cereja e ameixas com um fundo de baunilha bem integrado, fruto de seu estágio nas barricas de carvalho. Alguma coisa de especiaria se fez notar sem que eu conseguisse distinguir exatamente o que era.

Na boca é que o vinho mostrou seu real potencial. De médio corpo, apresentou taninos finos, maduros e redondos. Trouxe a lembrança de frutas mais uma vez com um final de média persistência e quase doce. Acidez e álcool na medida, prontamente integrados ao conjunto.

Grata surpresa deste vinho simples porém muito agradável, pronto para beber e que foi bem com as costelinhas de porco ao barbecue pedidas no restaurante. Vale experimentar.

Saúde!

Monday, February 7, 2011

Quanto vale uma vida?!


Confesso que estou estarrecido com a notícia da morte do jovem jogador de futebol William Moraes, oriundo das categorias de base do Corínthians, e que estava emprestado para ganhar experiência em outro clube. Sei que muitos irão dizer que este é nosso cotidiano, que muitas mortes similares acontecem a toda hora/todo dia e que esta só teve uma repercussão maior por ser um jogador de futebol. Sim, eu concordo em gênero, número e grau com todos e é mais ou menos por isso que estou escrevendo hoje. Para ilustrar isso ainda tivemos hoje um tiroteio em um shopping na capital paulista. E o pior, o bandido responsável pelo tiro no William teve a cara de pau de falar: “antes ele do que eu..”. Bárbaro!

Atualmente somos reféns de uma corja de bandidos que agem impunemente em qualquer lugar, qualquer hora e que não tem nada que meça as consequências de seus atos. Ultimamente não podemos sair de casa e saber se voltaremos inteiros, se teremos todos nossos bens de volta conosco e por ai vai. Mas a pergunta que não se deixa apagar é: será que qualquer bem que possuamos vale a nossa vida? É claro que eu sei a resposta e aliás, todos nós sabemos. Mas se matam por uma corrente de ouro, por um relógio, por um celular, o que está acontecendo? Quais são os valores(morais)  envolvidos nestes crimes e que norteiam estas pessoas?

Governantes lançam na mídia números e se gabam deles dizendo que a taxa da violência, principalmente no estado de São Paulo diminui em comparação a medições anteriores. Mas e daí? Se mesmo assim ainda vivemos em um estado/cidade/país violento? Se não podemos juntar um dinheirinho e comprar um sonho que não sabemos se vamos ser assassinados por eles. E de concreto, o que temos em relação a ações de contenção/repressão/prevenção a o crime?  Afinal somos o país do desenvolvimento, da ascensão social, ou não? EU tenho minhas dúvidas.

Infelizmente o prognóstico não é bom e não vejo uma luz no final deste tunel. Será que ainda poderemos passear em paz com nossa família? Eu espero que um dia isso se torne uma realidade.

Sunday, February 6, 2011

A luta do século foi uma piada

Sempre simpatizei com o Vitor Belfort, provavelmente pelo nome ou pelo programa de tv em que ele participou e acabou ficando com a até então Feiticeira, e quando fora anunciada a sua luta contra o maior lutador da atualidade, Anderson Silva, até esbocei uma certa empolgação em ve-lo de novo em ação. Durante toda a semana seu nome foi muito ventilado em todos os meios de comunicação como a tempos não se via. Trocava provocações via midia com o Anderson e se dizia bem preparado para a luta. Dizia que traria a luta para o octagon, que mostraria ao Anderson que ele poderia ser derrotado. Mas não foi o que se viu.

Que me desculpem fãs incondicionais do Vitor mas pra mim aquilo que se viu ontem no UFC 126 foi no mínimo vergonhoso. Um único chute de Anderson foi capaz de encerrar com a luta. Foram necessários pouco mais de um minuto e meio para que isso ocorresse. Não houve qualquer reação, qualquer contra golpe, nada. Apenas muito estudo e respeito. Muito pouco se levarmos em conta tudo o que "prometeu" Vitor durante entrevistas e afins.

Confesso que fiquei envergonhado por ele. Um lutador de seu nivel não poderia ter se deixado abater com um único chute! E não me venham com desculpas, isto mostrou que ele se preocupou mais com bla bla bla pela imprenssa, com mudar de técnico e gerar polêmicas, dizer que foi a melhor coisa que fez ter ido morar em Las Vegas e coisas assim. Infelizmente, fiquei muito decepcionado.

Por outro lado Anderson realmente mostrou o por que é o melhor lutador de UFC dos últimos tempos. Sempre provocador e show man nato, Anderson dançava no octógono e com um belo jogo de braços tentava desconcentrar Vitor. Parece que funcionou e com um petardo bem no meio na cara de Vitor conseguiu derruba-lo e com apenas mais dois socos consegiu encerrar o combate tido como a luta do século. E ainda mostrou todo seu amor pelo Corínthians, ao aparecer em duas oportunidades com o manto sagrado vestido: primeiro na noite da pesagem e depois ao esperar o resultado já no octógono.

Resta agora ao Vitor se recuperar, treinar muito mais e voltar a fazer o que sabe: lutar e ganhar. Já Anderson que continue lutando com esta alegria, marra e talento excepcionais! E olha que este ano tem UFC no Rio de Janeiro, quem vai?

Friday, February 4, 2011

Está chegando o Superbowl!


 Foto retirada do site NFL.com



É domingo, a partir das 21:15h no canal Bandsports na TV por assinatura. Para aqueles que não estão acostumados ou conhecem pouco sobre o assunto, podemos dizer que o superbowl é a grande final do futebol americano. Sim, este mesmo que usa a bola oval e é jogado basicamente com as mãos. É aquele que os caras são enormes, vivem se trombando e se agarrando. 


Brincadeiras a parte, o superbowl pode ser considerado o maior e mais lucrativo evento esportivo do mundo. Somente nos tempos disponibilizados nos intervalos para comerciais de TV, trailers de novos filmes que serão lançados entre outros, giram quantias absurdas de dinheiro. Isto sem contar patrocinadores, shows do intervalo e afins.  E como não poderia deixar de ser, o show do intervalo terá um peso pesado da indústria da música internacional: Black Eye Peas. Este ano o evento acontece em Dallas, no Cowboys Stadium, considerado uma obra prima arquitetônica dentre os muitos estádios americanos.

De volta ao esporte, temos pelo lado da AFC o Pittsburgh Steelers, time com o maior número de vitórias em superbowls com seis títulos e liderada pelo QB Big Ben Roethlisberger, famoso por seus passes e corridas próprias. Além disso a equipe tem como ponto máximo sua defesa, liderada pelo safety Troy Polamalu (eleito o melhor jogador defensivo da liga), que sempre pressiona o adversário quando este está em campanha de ataque. 

Já no lado da NFC temos o time do Green Bay Packers, liderados pelo QB de estilo mais clássico Aaron Rodgers, um dos grandes destaques da equipe principalmente nos playoffs quando liderou o time contra o principal rival, o Chicago Bears.  Além disso conta também com um sistema defensivo muito forte, um dos melhores da liga no quesito de pontos cedidos por jogo na temporada, sistema este liderado pelo diabo loiro Clay Matthews.

Eu não tenho um favorito, mas confesso que irei torcer um pouco mais por Big Ben e sua trupe dos Steelers. E você, tem alguma torcida especial?

Thursday, February 3, 2011

Desabafo corinthiano


Sei que este post vai soar um tanto quanto como choro de eliminado, e na verdade não deixa de ser também, mas eu creio que meu desconforto vai além. É claro que até pouco tempo atrás, mais especificamente até o ano passado, eu como quase todo corinthiano que conheço tinha uma obsessão pelo título da Copa Libertadores da América. Mas depois de tudo que aconteceu no ano passado, tive a certeza de que este é um campeonato que o Corínthians não irá vencer enquanto esta obsessão persistir.

Mas o principal motivo do post não é bem esta obsessão e sim uma coisa que, nos meus pouco mais de 20 anos como torcedor do Corínthians, tem se mostrado tão mesquinha e nojenta que eu achei no blog uma forma de desabafar: a inveja que o Corínthians leva aos torcedores de todos os outros times no Brasil. Fico cada vez mais impressionado como a cada campeonato, a cada jogo, a cada ano que passa mais e mais torcedores ditos rivais se juntam aos outros e criam quase uma religião cega movida por um anti-corinthianismo exacerbado e raivoso. É impressionante que a cada derrota do Corínthians se ouvem mais fogos e comemorações do que quando outros times conquistam campeonatos, obtém vitórias expressivas e por ai vai. Qual seria o motivo para tal satisfação? O Corínthians sabidamente é um time que não possui estádio, não ganhou um título de Libertadores, é motivo de grandes brincadeiras, e mesmo assim o gosto que os outros torcedores nutrem por torcer contra e vibrar mais do que quando seus próprios times jogam deveria ser motivo de estudos.

Ontem por sinal até o próprio Cleber Machado, narrador da TV Globo, chegou a dizer que o Tolima (time Colombiano) era o Brasil na Libertadores, vejam só. Isto por que quando outros  times nacionais jogam a tal competição são conclamados por representarem o país na competição. O chavão criado é “Fulano” ou “Ciclano” é o Brasil na Libertadores. E até isto se inverteu ontem.  Não vou ser hipócrita também e dizer que nunca dei uma secadinho em um rival, mas chegar ao cúmulo de comprar fogos, perder qualquer outra atividade que eu poderia fazer só pra assistir a um jogo, entre outros, eu nunca fiz. E isto é comum na nação anti-corinthiana. Aliás, a meu ver atitudes pequenas de pessoas invejosas. E não venham negar pois é tão nítido que fica até chato.

Por outro lado perdemos mais uma partida importante para nós mesmos, mas o Corínthians ainda é Corínthians e por isso, a vida segue e teremos outros campeonatos pela frente. Se estou satisfeito? Claro qeu não. Desoladamente triste e irritado? Também não. Estou tentando praticar o desapego . E que venham os próximos desafios.

Tuesday, February 1, 2011

Sileni Cellar Selection Sauvignon Blanc 2009

Com o calor senegales que tem feito em sampa, mesmo que contra minha preferência por tintos, tenho apostado em vinhos brancos e refrescantes para acompanhar, ou não, minhas refeições especialmente aos finais de semana. E esta é minha primeira incurssão pelo novo mundo da Nova Zelândia, e de antemão já digo que tenho pouco experiência nestes vinhos. O que tenho lido e tentado aprender sobre eles me levou a esta compra, um vinho de Marlborough. Checando um pouco a página da vinícola na internet, pude perceber que esta deve ser uma das maiores do país, com uma grande linhas de vinhos, e entre eles o que eu vou falar um pouco sobre. Vamos a minhas impressões.

Na taça o vinho apresentou coloração amarelho palha com alguns reflexos esverdeados, muito brilhante e com poucas e rápidas lágrimas formadas.

No nariz aromas de maracujá bem fresco que com o tempo em taça parece que "amadureceu" um pouco e leve lembrança mineral (me trás lembrança de maresia, de praia). Existia ainda um aroma de urina de gato, mas sem parecer desagradável. Ponto para a Nikita (minha gatinha) e minha professora do curso de sommellerie para enófilos Alexandra Corvo, que me ensinou a identificar tal aroma.

Mas é na boca que o vinho se mostrou ainda mais agradável. Extremamente fresco, com uma acidez muito gostosa, o vinho trouxe na boca maracujá mais maduro e um pouco de vegetal, algo como grama cortada. De médio o corpo, o vinho ainda possui persistência bem longa e leve picância no final.

Enfim, minha primeira impressão sobre os vinhos da NZ foi a melhor possível, só espero que eu consiga experimentar mais. Valeu a compra!

Saúde!