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Tuesday, July 10, 2018

Filipa Pato 3B Rosé Brut

Filipa Pato e William Wouters é uma colaboração mágica de esposa e marido. Sua filosofia é simples: criar vinhos autênticos sem maquiagem,expressando a verdadeira natureza dos vinhedos de onde eles vêm. Eles se concentram apenas em uvas indígenas portuguesas: Baga, Bical, Arinto, Cercial e Maria Gomes criam vinhos com alma de vinhedos com solos, microclimas e aspecto ideais para o cultivo de tais uvas com práticas vitícolas biododinâmicas. Filipa Pato com sua pós-graduação da Universidade de Coimbra como engenheira química refinou suas habilidades de vinicultores em Bordeaux, França - Mendoza, Argentina e Margaret River, na Austrália, e com seu pai Luis Pato, o rebelde Baga. William Wouters vem de uma família de restauradores de Antuérpia, na Bélgica. Ele é um sommelier, dono de restaurante e ex-chefe de cozinha da seleção nacional de futebol da Bélgica na Copa do Mundo no Brasil e na Copa da Europa na França. Juntos, Filipa e William compartilham todas as suas experiências: o amor pela comida e pelo vinho, encontros com grandes produtores de vinho, sommeliers e amantes do vinho de todo o mundo e a mágica e inexaurível cultura do mundo do vinho. Hoje para Filipa e William, o Ois do Bairro é o centro do seu universo do vinho.
 

Falando agora do Filipa Pato 3B Rosé Brut, podemos ainda acrescentar que o vinho espumante feito a partir do método tradicional com as uvas Bical e Baga sendo que o vinho fermenta com leveduras indígenas em barril de 650 litros (baga) e em cubas de inox (bical) a temperaturas inferiores a 16ºC. Vamos as impressões?

Na taça o vinho espumante apresentou coloração salmão levemente mais escura com bom brilho e limpidez. Perlage fina, persistente e cremosa.
No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, tostado, fermento de pão e leves toques minerais que trazem aquele que de "salinidade" no nariz.

Na boca o vinho espumante apresentou corpo médio, boa acidez e boa cremosidade aliada a formação de perlage que "estoura" no paladar. O retrogosto confirma o olfato e o final era longo e extremamente fresco.

Um belo "bruto" português com certeza, que deve agradar em cheio para aquela comemoração especial. No meu caso, foi um jantar de dia dos namorados no meu restaurante português preferido de sampa, o Ora Pois Serra da Cantareira. Eu recomendo, o vinho espumante e o restaurante.

Até o próximo!

Monday, November 27, 2017

Como foi o 1o Festival do Espumante Frei Caneca

Nada é mais clichê e nada combina mais com o final do ano e todas as festividades que se enfileiram na época, do que muitos espumantes sendo espocados aqui e ali. E este foi o tema de um ótimo evento realizado neste final de semana em São Paulo, mais precisamente no Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca.

O ambiente estava propício para tal, afinal o dia inteiro fez muito calor e a descontração com que os vinhos espumantes foram apresentados além do ambiente climatizado, alguns comes muito bem elaborados e a variedade de produtores/importadores, atraiu muitas pessoas para o evento. Também pudera, as seguintes vinícolas e importadoras se fizeram presentes: Adega Alentejana, Bacardi Martini, Barrinhas, Cantu, Casa Flora, Casa Perini, Casa Valduga, Cave Geisse, Decanter, Epice, Interfood, Italia Mais, Lidio Carraro, LVMH, Maison Lanson, Miolo, Pernod Ricard, Qualimpor, Salton, Vinicola Aurora, Winebrands e World Wine

Vale ressaltar aqui que, para um evento deste porte (com o número de expositores mais público visitante), a organização foi impecável. O local era aconchegante, com uma boa disposição entre os expositores, pontos de aperitivos, água e locais de "descanso" além de uma sala para a imprensa. Durante o evento, os vinhos degustados estavam a preços promocionais e muito convidativos lá no Empório Frei Caneca, no mesmo prédio só que alguns andares abaixo. Convenhamos também que, devido ao porte e número de rótulos a se degustar, fica um tanto quanto difícil falar sobre todos eles e, assim sendo (além de respeitar o mote do blog de não se tornar repetitivo/cansativo) optamos por selecionar alguns poucos rótulos para falar sobre. Acompanhem conosco nas próximas linhas.


O primeiro vinho espumante que venho a destacar é o Cusona Brut Spumante di Vernaccia di San Gimignano da Tenute Giucciardini Strozzi e trazido ao Brasil pela importadora ItáliaMais. O vinho espumante produzido pelo método Charmat longo (longo tempo de contato com as leveduras em tanques inox) com uvas Vernaccia di San Gimignano. Apresentou coloração amarelo palha com muito brilho, perlage fina, delicada e persistente, nariz de frutas tropicais, leveduras com final amendoado. Em boca é cremoso e fresco, fácil de beber.


O segundo vinho espumante a se destacar foi o Filipa Pato 3B Rose Brut, feita pela filha do famoso e experiente Luis Pato, família que já está há cinco gerações se dedicando à criação de vinhos na Bairrada,  em Portugal. Este vinho espumante é feito com as uvas Baga e Bical pelo método champenoise, com a 2ª fermentação por 4 meses em garrafa. Como resultado obteve-se um vinho espumante de coloração salmão um pouco mais escuro, com ótima perlage fina, delicada e persistente. No nariz pude notar frutos vermelhos frescos, panificação, tostado, flores e algo mineral. Cremoso, fresco e deixa um longo final em boca.


E para não dizer que eu sou anti nacionalista, destaco por fim os vinhos espumantes da Casa Valduga, os 130 Brut Blanc de Blanc e o 130 Brut. O primeiro um 100% Chardonnay elaborado pelo método champenoise e com 36 meses de contato do vinho com a levedura. O segundo um corte Chardonnay e Pinot Noir elaborado também pelo método champenoise e com 36 meses de contato com a leveduras. Ambos são parte das comemorações e homenagens aos 130 anos da chegada da família italiana, Valduga, ao Brasil. Ambos muito frescos, cremosos e com suas características aromáticas mas que valem sempre a prova.

É claro que tinhamos outros belos espumantes, champagnes e afins mas, como de praxe, a ideia aqui é ressaltar o evento e trazer alguns vinhos que seriam novidades, ao menos por aqui.

Mais um belo evento que pudemos registrar e onde tivemos oportunidade de provar muitos vinhos, da mais variada gama de preços, tipos e origens. Mal podemos aguardar o ano que vem. Se você, caríssimo leitor, participou do evento e quer compartilhar suas experiências, fique a vontade e utilize o espaço de comentários ao final deste post.


Até o próximo!

Wednesday, May 28, 2014

Espumante Palavrar Brut: Um vinho espumante português cativante

Este vinho espumante é feito pelo produtor chamado Ampulheta, do Alentejo, em Portugal e sobre o qual pouca ou nenhuma informação consegui descobrir através de minhas andanças on line. Confesso que fiquei curioso e por um descuido de minha parte, acabei por descartar a garrafa antes que pudesse sequer verificar de novo se havia um endereço eletrônico ou coisa do gênero. De qualquer forma, descontando este meu ato falho, nos dediquemos ao que temos de informação, certo?


O Espumante Palavrar Brut é vinificado com 3 castas autóctones portuguesas (Bical / Maria Gomes / Baga) e foi produzido pelo método Charmat, ou seja, a segunda fermentação também ocorreu em tanques de inox, mas descansou por 2 meses em garrafa na cave subterrânea antes de ir para o mercado. Possui 12% de graduação alcoólica. Sem maiores delongas, vamos então as impressões.

Na taça o vinho espumante apresentou uma coloração amarelo palha com alguns reflexos dourados. Borbulhas de pequenas para médias, em boa quantidade e de persistência média para alta. 

No nariz o vinho espumante apresentou aromas de frutos brancos e cítricos, pêssego e limão siciliano, ligeiro toque de panificação e algo de mel.

Na boca o vinho espumante se mostrou com bastante cremosidade, acidez gulosa e no entanto bem equilibrado. Retrogosto confirma o olfato e o final é de média para longa duração.

Apesar de não conhecer nem tão pouco ter muita experiência em vinhos espumantes portugueses, confesso que este me cativou por ser fácil de beber por si só mas que deve acompanhar pratos mais leves e a base de frutos do mar de forma incrível. Mais um vinho que pude ter o conhecimento através do Clube de vinhos Winelands. Eu recomendo, o vinho espumante e o clube de vinhos.

Até o próximo!

Friday, February 14, 2014

Espumante Aliança Reserva Bruto 2010: Harmonizando um bom portuga com peixe!

Retomando a fase borbulhante aqui do blog, hoje é dia de colocarmos no ar um vinho e sua respectiva harmonização. Veja, antes é necessário relembrar que harmonização não é ciência exata e o que eu transcrevo aqui é o que fizemos em casa e gostamos, simples assim. E claro que a vontade de compartilhar com meus poucos e fiéis é que motiva a isso. Enfim, hoje é dia de espumante luso por aqui, o Aliança Reserva Bruto 2010.


Diretamente do site do produtor, um pouco de sua história: "Foi em 1927 que 11 associados liderados por Domingos Silva e Ângelo Neves decidiram fundar, em Sangalhos (Anadia), a Aliança, que conta já com mais de 80 anos de vida. Esta iniciou a sua atividade exportando de imediato para o Brasil, África e Europa e hoje, mais de 50% da sua produção destina-se à exportação, sobretudo de vinhos, espumantes e aguardentes, imagem de marca da Aliança em Portugal e nos cerca de 60 países para onde exporta. Em 2007, a Bacalhôa Vinhos de Portugal adquiriu o capital maioritário da Aliança, passando esta a pertencer ao Grupo Bacalhôa, tendo sido a designação social das Caves Aliança S.A alterada para Aliança Vinhos de Portugal S.A., momento em que se procedeu igualmente a uma mudança da imagem institucional". Como vemos, história é o que não falta por aqui e claro que toda essa tradição veio junto com nosso colonizadores e se enraizou por aqui nestes longos anos de descobrimento até o que a então colonia se tornou hoje.

Já falando um pouco do espumante, um corte inusitado de 65% Bical, 25% Baga e 10% Arinto, todas vindas da região da Bairrada, em Portugal e elaborado pelo método tradicional (segunda fermentação em garrafa) com direito a 15 meses de contato com as leveduras. Atinge 12,5% de graduação alcoólica. Vamos as impressões.

Na taça uma bonita cor amarelo palha com reflexos verdeais, bastante brilho e boa transparência. Borbulhas pequenas, abundantes e bem persistentes formando uma boa coroa na taça.

No nariz aromas de frutos cítricos e brancos, toques florais e leve lembrança de fermentação.

Na boca excelente acidez, corpo médio, boa cremosidade gerada pelo colchão de bolhas e bem refrescante. Retrogosto confirma o olfato com muita fruta e com um final de longa duração.

E para acompanhar? Se preparem para as delícias que vem na sequência. Minha esposa preparou magnificamente um filé de Saint Peter enrolado com farofa a lá Buddy Valastro (do programa televisivo Kitchen Boss no canal de tv pago Travel and Living Channel) numa cama de abobrinha refogada com anchovas. Vamos ao preparo.

A farofa a la Buddy Valastro é simples: pegue pães amanhecidos e faça uma farinha de rosca, acrescente salsinha, queijo pecorino ralado, alho desidratado, ervas finas e voilá, está pronto. Reserve. Pegue os filés de peixe, passe um fio de azeite em cada um e coloque uma quantia generosa de sua farofa. Enrole o peixe com a farofa dentro, fazendo um rocambole. Prenda com um palito e reserve. Prepare uma assadeira untada com um pouco de azeite, coloque rodelas de limão siciliano e ajeite um peixe enrolado encima de cada fatia de limão siciliano. Regue cada peixe com um pouco de azeite e cubra com mais uma pequena quantidade da farofa. Acrescente uma xícara de chá de vinho branco na assadeira. Coloque a assadeira em um forno pré aquecido por vinte minutos. 

Já a abobrinha também é bastante simples. Pegue quantas abobrinhas quiser (para servir as pessoas que estarão contigo) e corte em fatias nem muito finas nem muito grossas, quase como se fosse a espessura de um macarrão talharim (um pouco mais). Depois tempere-as um pouco com pimenta do reino e reserve. Pegue dois dentes de alho e amasse. Coloque um pouco de azeite em uma panela, acrescente o alho amassado e um pouco do óleo que vem junto com os filés de anchova. Quando começar a fazer o barulhinho característico de que o óleo já está quente acrescente os filés de anchova (a gosto) e faça com que eles desmanchem. Acrescente a abobrinha e refogue, sempre provando até que a mesma esteja cozida. Ajuste o sal, caso necessário.


A montagem do prato é interessante. Faça uma cama com a abobrinha recheada primeiro e depois acrescente o filé de peixe por cima, retirando o palito. Está pronto pra servir! O casamento entre o espumante e o prato foi perfeito. Tentem fazer em casa.

Até o próximo!