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Monday, April 4, 2016

Evel Douro Branco 2014

A Real Companhia Velha, produtora deste vinho, é a mais antiga e emblemática empresa de vinhos de Portugal, tendo celebrado 258 anos de existência e de atividade ininterrupta ao serviço do Vinho do Porto. Para trás, fica o registo de uma história fabulosa e de um passado glorioso. Para o futuro, permanece a vontade de manter um elevado padrão de qualidade dos seus vinhos e a confiança numa Companhia onde o rigor e a visão de fazer ainda mais história são uma preocupação constante. Desde a sua instituição por Alvará Regio de El-Rei D. José I, em 10 de Setembro de 1756, a importância desta Ex-Majestática Companhia ficou bem patente através dos valiosos serviços prestados à comunidade. Proprietária de algumas das melhores quintas do Douro, a Real Companhia Velha tem sabido preservar e honrar a sua tradição, apostando no futuro, através de um constante processo de modernização e experimentação na Região Demarcada do Douro.


Evel é uma das mais antigas e carismáticas marcas de vinho em Portugal, tendo sido registada em 1913. A curiosidade do seu nome fantasia provém do fato de não ter um significado próprio, para além daquele que resulta da leitura do seu anagrama: Leve. O vinho Evel Douro Branco 2014 é produzido a partir de uvas Viosinho, Rabigato, Fernão Pires e Moscatel provenientes de vinhas plantadas na Quinta do Casal da Granja e Quinta do Cidrô, localizadas nos conselhos de Alijó e S. João da Pesqueira, respectivamente. Por fim, não passa por estágio em madeira, somente em tanques de inox até seu engarrafamento. Vamos às impressões?

Na taça o vinho apresentou uma bonita coloração amarelo palha com reflexos dourados, bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e incolores compunham também o aspecto visual.

No nariz o vinho apresentou notas de frutos tropicais, frutos cítricos, flores brancas e leve toque mineral ao fundo.

Na boca o vinho tinha corpo médio com uma acidez elétrica. O retrogosto confirma o olfato e o final era longo, cremoso e saboroso.

Mais um belo vinho português por aqui, que fez a alegria na sexta-feira santa aqui em casa e que, acompanhou bem um belo filé de pescada branca frita, purê de ervilhas e saladinha de tomates e cebola roxa. A harmonização foi uma delícia. Eu recomendo a prova. A receita é da Rita Lobo em seu programa no canal de TV a cabo GNT.

Até o próximo!

Friday, April 22, 2011

Grainha Branco 2008

Normalmente a sexta feira santa é sinônimo de pratos a base de bacalhau na casa de muitas pessoas, cristãos ou não, principalmente pelo simbolismo adotado no país fundamentalmente católico. E aqui em casa não poderia ser diferente e a receita é a padrão: feita no forno, com batatas, pimentões, cebola, alho, azeitonas e muito, muito azeite de boa qualidade. E uma oportunidade única para a escolha de um bom vinho para acompanhar a refeição. Como o prato tem sotaque português, procurei um vinho de mesma ascendência para harmonizar. E o escolhido da vez foi um branco proveniente do Douro, o vinho Grainha Branco.

A região do Douro é famosa principalmente pelo vinho do Porto, mas é muito mais do que isso. Ultimamente a região tem sido reconhecida pela qualidade de seus vinhos não fortificados. De uma região improvável para o cultivo de qualquer agricultura, em virtude das grandes inclinações de seus terrenos, o Douro conseguiu transformar os terraços de vinhas em paisagens cinematográficas. E mais do que isso, se tornou uma das regiões emblemáticas de Portugal para o mundo.

Sobre o vinho, a maior curiosidade a meu ver é o nome do vinho, Grainha, que na verdade significa semente das uvas. Durante o processo produtivo as grainhas (sementes) são separadas do mosto antes da fermentação a fim de evitar que sejam extraídos proteínas, taninos, e outros componentes das mesmas. O rótulo trás ainda a palavra grainha escrita em diversos idiomas. Ainda sobre o processo produtivo, a seleção das uvas é manual em tapete de escolha, na entrada da adega. Depois disso, é feito o desengace total e prensagem direta das uvas brancas. Cerca de 50% do mosto fermenta e estagia seis meses em barricas novas de carvalho francês, sofrendo battonage semanal. O restante fermenta em inox a baixa temperatura. Finalmente o vinho tem em sua composição as seguintes castas: 25% Gouveio, 25% Viosinho, 25% Rabigato, 15% Boal, 10% Arinto. Vamos às impressões.

Na taça apresentou uma bonita cor dourada, límpida e brilhante, com poucas e lentas lágrimas incolores.

Ao nariz o vinho se apresentou tímido de começo mas com pouco tempo e mtaça mostrou toda sua complexidade. Abriram-se notas de frutas cítricas, mel, amêndoas e ao fundo, um leve tostado. Nada muito gritante mas denotando boa complexidade.

Na boca o vinho se mostrou gordo, untuoso e preenchendo bem toda a mesma. Confirmou as notas cítricas, mostrando ainda alguma coisa de mineral com um final quase salgado, se vocês podem me entender. Acidez muito viva mantém o frescor do vinho, que se mostrou um pouco quente também, de início, sensação esta que diminuiu com o tempo.Casou bem com o bacalhau preparado aqui em casa.

Mas um bom vinho, de um país que eu já devo ter comentado por aqui ser um de meus preferidos, pelo excelente custo benefício que sempre apresenta em seus vinhos. Este foi adquirido na importadora Vinea por meio de suas degustações semanais aos sábados. Valeu a compra.

Saúde.