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Monday, June 30, 2014

Bargaço Recife & Muga Branco 2012: Frutos do mar, Copa do Mundo, vinho


E eis que a oportunidade, talvez única na vida, apareceu para poder acompanhar um jogo ao vivo, de dentro do estádio, nesta Copa do Mundo de 2014 que esta ocorrendo aqui no Brasil. E quis o destino que mais do que isso, a cidade escolhida fosse Recife, lugar que eu ainda não conhecia mas que, mesmo sendo quase um bate e volta, eu tentaria fazer de tudo para aproveitar cada minuto na cidade. E no intuito de deixar as coisas mais simples pedi dicas a uma amiga, também blogueira (Fabiana Gonçalves do blog Escrivinhos), que mora em Recife e poderia me ajudar a poupar esforços. E foi assim que depois de acompanhar o jogo Croácia e México na Arena Pernambuco fui jantar no Restaurante Bargaço, em Recife.

Créditos da imagem: site do Bargaço

A rede de restaurantes Bargaço foi criada em Salvador há mais de quatro décadas, oferecendo a tradicional culinária baiana que sempre caracterizou seu cardápio, em especial os pratos de peixes e frutos do mar. Na unidade de Recife, a cozinha é comandada pelo chef Rosendo Victor. Localizado na praia do Pina, o restaurante Bargaço oferece uma gostosa vista para o mar e o ambiente climatizado de seu interior é gostoso e agradável para ir a dois ou mesmo em mais pessoas. A maioria das opções do cardápio serve duas pessoas mas é melhor perguntar ao seu garçom ou mesmo mensurar o tamanho da sua fome. Existem ótimas opções de entradinhas e petiscos que podem complementar sua refeição. Com um cardápio diversificado fica até difícil escolher, mas nossa opção foi o "Grelhado Misto" que conta com lagosta, camarões, polvo e peixe (não me recordo qual era o peixe, mas varia um pouco com a sazonalidade segundo nosso garçom) em quantidades mais do que suficientes para duas pessoas. O prato acompanha ainda um arroz de açafrão. Tudo estava muito gostoso, no ponto e saboroso. O serviço é um pouco lento e confuso mas dou um voto de confiança pois neste dia muitos estrangeiros estavam no restaurante de uma única vez e talvez isto tenha atrapalhado um pouco. Por um valor bem justo pelo padrão do restaurante, uma boa opção para quem está em viagem passando por Recife.




E claro que tudo isso não poderia deixar de ser regado a um bom vinho, não é mesmo? E a nossa opção recairia sobre um vinho branco numa tentativa de harmonização com o prato escolhido. Depois de uma boa olhada sobre a carta de vinhos, que é boa e diversificada, optamos pelo Muga Branco 2012, um vinho espanhol de renome e que a tempos eu tinha a curiosidade de provar. 

A Bodegas Muga é uma das mais famosas da região de Rioja, na Espanha, e está localizada no histórico bairro de La Estación (estação ferroviária do bairro) em Haro. As instalações tem quase dois séculos de idade, construídas principalmente de pedra e carvalho. Na verdade, o carvalho é primordial na adega. Há 200 depósitos de carvalho, bem como 14 mil barris, feitos de diferentes tipos de carvalho variando de carvalho francês (Allier, Tronçais ou Jupilles), americano, húngaro, russo e até mesmo uma pequena remessa de carvalho espanhol. Os vinhedos da Bodegas Muga estão localizados no sopé dos Montes Obarenses, dentro da área chamada de Rioja Alta. O clima local é excepcional, devido, por um lado, a geografia singular e orientação das vinhas e por outro lado, os climas climas-mediterrânica, Atlântica e Continental circundantes são combinados harmoniosamente, criando assim um local de clima adequado para o cultivo da uva. Sobre o Muga Branco 2012, ele é feito com uvas Viura (90%) e Malvasia (10%). A fermentação é feita em barricas de carvalho francês e depois de finalizada, o vinho permanece sobre as lias por 3 meses antes de ser engarrafado. Vamos as impressões?


Na taça o vinho apresentou uma bonita cor amarelo dourado com reflexos verdeais, bom brilho e transparência. . Lágrimas finas, um pouco mais lentar e sem cor também faziam parte do conjunto visual. 

No nariz o vinho mostrou aromas de frutos tropicais (abacaxi e pêssego), floral, além de toques de baunilha, mel e leve amanteigado. 

Na boca o vinho se mostrou ao mesmo tempo fresco (boa acidez) e untuoso (bom corpo). Retrogosto confirma o olfato. Final de longa duração.

Par perfeito para o nosso prato de frutos do mar, fechando com chave de ouro o nosso primeiro dia de estadia em Recife. E que viessem mais momentos agradáveis antes de regressarmos a São Paulo.

Até o próximo!

Monday, January 27, 2014

Terras do Demo Superior Branco 2008 & bacalhau: a festa estava garantida!

Em mais um dia de calor em sampa, não poderia fugir de um bom vinho branco para bebericar e acompanhar uma refeição delícia em casa. A idéia era a seguinte: tínhamos uma posta de bacalhau remanescente de um outro prato que havíamos feito e queríamos provar uma receita diferente com ele. E não é que assistindo ao programa da "Vovó Palmirinha" no mesmo dia, a inspiração veio?


Primeiro, vamos ao vinho. Obviamente eu costumo associar as preparações com bacalhau a cozinha portuguesa e por isso, nada melhor do que a harmonização entre culinária e bebida regional, certo? Então o vinho escolhido foi o Terras do Demo Superior Branco 2008, produzido pela Cooperativa Agrícola do Távora CRL e oriundo da Região Demarcada do 'Távora - Varosa', inserida entre a região do Douro e do Dão, em Portugal. Esse vinho foi elaborado com uvas Malvasia Fina e Verdelho de vinhedos de mais de 25 anos de idade, estagiando em barricas de carvalho francês por 12 meses e após mais 6 meses em garrafa para amadurecer e adquirir complexidade. Sem maiores delongas, vamos as impressões.

Na taça o vinho apresentou uma bonita e brilhante cor amarelo palha com reflexos verdeais, lágrimas finas, rápidas e sem coloração.

No nariz o vinho abriu mostrando aromas de frutos brancos e cítricos, flores e toques empireumáticos lembrando plástico. 

Na boca um vinho gordo, untuoso e com uma excelente acidez, bem fresco. Retrogosto confirma o olfato. Final de média duração.

E sobre a comida, o leitor mais perspicaz iria perguntar. Na entrada uma saladinha caprese. E para o prato principal fizemos um bacalhau "crocante", simples, rápido e extremamente saboroso. Explico. Você deve pegar uma assadeira e colocar um pouco de azeite, molhando ambos os lados da sua posta. Acrescente alecrim e coloque no forno por 5 minutos. Em paralelo, pique um pão francês amanhecido e coloque em um processador junto com cebola e o óleo de anchovas ou sardinha (dependendo da sua escolha para o prato. Bata até formar uma farofa e reserve. Depois, em um liquidificador, acrescente a anchova ou a sardinha, tomate seco, queijo parmesão, manjericão e o suco de um limão espremido. Adicione também um pouco de vinagre balsâmico e azeite. Bata até formar uma pasta. Adicione a pasta por cima das postas de peixe, agregue a farofa de pão, alecrim e azeite. Leve ao forno por mais 15 minutos. Voilá!

O vinho estava muito bacana, fresco e combinou tanto com o clima como o prato selecionado. Faz parte ainda da minha primeira remessa do clube de vinhos da Winelands, cada vez mais aprovado. Eu recomendo.

Até o próximo!

Monday, January 6, 2014

Espumante Salton Brut: tradição e qualidade!

Ainda falando do final do ano e um pouco dos vinhos e espumantes que bebemos por aqui, chegamos a este espumante nacional da Salton, degustado ainda na noite da virada. A Vinícola Salton é uma das gigantes do mercado nacional e já foi bastante discutida e mostrada por aqui, por isso pouparei vocês leitores de mais sobre ela, falando apenas do vinho em destaque, o espumante Salton Brut.


O vinho é um corte composto pelas seguintes uvas: Chardonnay, Riesling, Malvasia, Trebiano e Semillon, todas colhidas na Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul. A base é então fermentada a primeira vez em tanques de inox sendo que a segunda fermentação também ocorre em tanques, ou seja, este espumante é feito pelo método charmat. Este processo de segunda fermentação acontece por um mês, segundo informações do próprio produtor. O vinho pertence a linha Fantasia, uma das linhas de entrada da vinícola, o que no entanto não pode desmerecer o produto apresentado. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma bonita cor amarelho palha brilhante com toques esverdeados. Boa perlage, consistente e persistente. Pequenas borbulhas em grande quantidade.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutas cítricas, floral e leve lembrança de panificação. 

Na boca o vinho tinha um corpo leve, boa e refrescante acidez e bom colchão de espuma criando uma agradável sensação de cremosidade. Retrogosto confirma o olfato num final de média duração.

Acompanhou bravamente um bom Tambaqui assado e seus acompanhamentos. Foi um presente de meu amado pai e combinou perfeitamente com a ocasião. Eu recomendo.

Até o próximo!

Wednesday, April 10, 2013

Greystone Cellars Chardonnay 2011

Em mais uma tentativa de invencionices culinárias, sempre surge a necessidade de se acompanhar com um bom vinho. Desta vez, eu e minha esposa pensamos em fazer um risotto e um peixe para comemorarmos também o meu aniversário. E ai surgiu aquela já velha pergunta: que vinho vamos utilizar para o risotto e para degustar? Uma rápida procura em minha adega e me deparei com o Greystone Cellars Chardonnay 2011. O risotto seria de shitake e para acompanhar, filés de pangassius temperados com pimenta, limão siciliano e cobertos com uma crosta de pistache. Pronto, estava decidido. E convenhamos, que belo banquete de aniversário, não?!


Este vinho é feito a partir de um corte das uvas Chardonnay, Viogner, Muscato e Malvasia, sendo que a Chardonnay dá nome ao varietal do vinho por ser a maior constituinte do mesmo.  Todas estas uvas são colhidas nas regiões próximas a Sta Barbara, na Califórnia. Tem um curto período de passagem por barril (aproximadamente 4 meses). Sem maiores informações da vinícola ou mais histórias interessantes, vamos as impressões.

Na taça uma bonita cor amarelo palha com reflexos ainda verdeais com muito brilho. Lágrimas finas, rápidas e sem cor ajudavam a compor o aspecto visual. 

No nariz o vinho apresentou aromas de frutas como abacaxi, pêssego e cítricas. Além disso, pude notar também toques de baunilha e leve lembrança mineral. O vinho era bastante perfumado.

Na boca o vinho apresentou bom corpo e acidez. Retrogosto trouxe muito abacaxi e fruta cítrica com toques adocicados de baunilha. Final de média duração.

Outro bom vinho trazido pela Smart Buy Wines através de seu clube de vinhos. Agrada em cheio para acompanhar comidas a base de frutos do mar e risottos mais leves. Não preciso nem dizer que foi muito bem com nossos pratos! Eu recomendo a prova! Este foi adquirido 79 reais e vale o quanto custou.

Até o próximo!