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Wednesday, October 5, 2016

Castillo de Liria Bobal Shyraz 2015

A Vinícola Vicente Gandía foi fundada em 1885 em Valência (Espanha). Atualmente é dirigida pela quarta geração da família Gandía. É considerada a maior adega em Valência. Começou produzindo vinhos apenas para os familiares e hoje produz 15 milhões de garrafas por ano. Está entre as 15 melhores vinícolas espanholas e entre as TOP 100 da Europa. Em 2014, foi eleita como a melhor produtora de vinho espanhola pela AWC Vienna e uma das primeiras 50 adegas do mundo pela Best 50 Wineries of the World. Atualmente, a vinícola está presente em 85 mercados internacionais e atua como um embaixador dos vinhos espanhóis no mundo.


Quem está trazendo estes vinhos para o Brasil é a La Pastina, uma das principais importadoras de bebidas e alimentos gourmet do Brasil, presente desde 1947 no mercado, é responsável pela importação e distribuição exclusiva de marcas mundialmente conhecidas, além de contar com um portfólio de mais de 100 itens gourmets com a marca própria La Pastina, oferecendo ao consumidor brasileiro cada vez mais produtos diferenciados de alta qualidade e facilitando a vida daqueles que buscam transformar seu dia a dia em gastronomia. Dentre os rótulos disponíveis no Brasil, temos também os seguintes: Castillo de Liria Branco Viura Sauvignon Blanc Classic; Castillo de Liria Tinto Bobal Shyraz Classic; Castillo de Liria Tinto Cabernet Sauvignon; Castillo de Liria Viura Sauvignon Blanc; Castillo de Liria Tinto Crianza e Castillo de Liria Tinto Reserva.

Sobre o Castillo de Liria Bobal Shyraz 2015, podemos ainda dizer que este vinho tinto é elaborado com as castas Bobal (80%) e Syrah (20%). Após a colheita e seleção, as uvas são fermentadas em tanques de aço inoxidável e não tem passagem por madeira. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração violácea de média para grande intensidade com excelente brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos maduros, algo de especiarias e toques sutis de flores. 

Na boca o vinho tinha corpo médio, ótima acidez e taninos fininhos. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média duração.

Uma delícia de vinho espanhol para o dia a dia, com preço sugerido em torno dos 30 dinheiros, se torna um best buy, sem dúvidas! Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Tuesday, May 5, 2015

Chozas Carrascal trouxe ótimos vinhos espanhóis no #EncontrodeVinhos

Ainda tentando colocar em dia todo o o material que eu consegui juntar em épocas de Expovinis, Encontro de Vinhos e por ai vai, achei em meus "papéis de pão" um pouco do que vi e degustei desta ótima Bodega espanhola, a Chozas Carrascal, que estiveram no Encontro de Vinhos e mostraram muita coisa bacana por lá. Vamos lá?

A Chozas Carrascal é uma vinícola que fica nas cercanias de Valência, mais precisamente localizado em San Antonio de Requena a meio caminho entre as cidades de Requena e Utiel. A Chozas Carrascal surigu em 1990, de um ambicioso e excitante projeto da Família Lopez-Peidro: fazer vinhos de qualidade a partir de um único e exclusivo terroir. De lá até a construção da sede, recuperação dos vinhedos e a primeira vinificação se passaram dez anos. A partir de então, houve ainda a ampliação da bodega, criação de museu de rótulos e certificações para que o trabalho decolasse. Os vinhedos estão situados no topo de uma pequena colina entre 750 e 850 metros acima do Mar Mediterrâneo. É surpreendente como sendo tão perto do mar (60 km), o clima característico é claramente continental. Somados a estes fatores temos ainda o terreno calcário que aporta muita personalidade aos vinhos. Como possuem vinhos em diversas linhas em algumas DOs tais como D.O. Pago Chozas Carrascal, D.O.P. Utiel Requena e D.O. Cava, escolhi 3 vinhos que me chamaram a atenção para comentar aqui, como já estou acostumado. Vamos a eles?


O primeiro que irei comentar por aqui é o LAS DOSCES, el blanco joven de Chozas Carrascal, um vinho feito a partir das castas Macabeo e Sauvignon Blanc. Achei curioso o blend e as uvas utilizada, uma vez que costumamos ver a Macabeo sempre no corte de um bom Cava e a Sauvignon Blanc reinando em Bordeaux o no Chile, em menor número na Espanha. De qualquer forma é um vinho para ser consumido jovem e não passa por barricas. Na taça tinha uma bonita coloração amarelo palha com reflexos verdes, bom brilho e boa limpidez. Nos aromas, muita fruta tropical e flores brancas com um toque de mineralidade ao fundo. Na boca tinha corpo médio mas com uma certa untuosidade aliada a um bom frescor. Retrogosto confirma o olfato e o final era de média duração. Delicioso e refrescante, um vinho perfeito para o verão e para acompanhar alguma refeição sem muito peso ou condimentos.


Depois passamos ao LAS DOSCES, el tinto barrica de Chozas Carrascal, um vinho feito a partir das castas Bobal, Tempranillo e Syrah sendo que depois da fermentação tanto o vinho base de Tempranillo como o Syrah passam por envelhecimento (separadamente) de 5 meses em barricas de segundo e terceiro uso culminando com o corte final pré engarrafamento. Na taça uma bonita cor violácea de média para grande intensidade com um bom brilho e boa limpidez. No nariz aromas predominantemente de frutas vermelhas com algo de especiarias e notas de madeira. Na boca tem corpo médio, boa acidez e taninos macios. Retrogosto confirma o olfato e o final era saboroso e longo. Belo vinho para o dia a dia. Beberia de caixas!


Para fecharmos com chave de ouro passamos ao LAS OCHO, cujo nome faz menção as oito variedades de uva neste corte, cuja proporoção entre elas é variável de acordo com a safra. Tais castas são: Bobal, Monastrell, Garnacha Tinta, Tempranillo, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Syrah e Merlot. É um vinho de uma gama superior onde cada variedade é fermentada em separado e depois do corte, 75% do vinho passa por 14 meses em barricas francesas e os outros 25% ficam nos tanques. Após este período, o corte final (das duas partes do vinho) é feito e o mesmo descansa por 12 meses em garrafa antes de ser liberado ao mercado. Na taça o vinho mostrou uma coloração rubi violácea de média para grande intensidade, ligeiro halo de evolução com um bom brilho e bastante limpidez. No nariz percebemos aromas de frutos escuros e vermelhos, baunilha, especiarias e algo de tostado. Na boca é volumoso, taninos marcados mas de boa qualidade, integrados com o vinho e uma acidez que aporta muito frescor ao vinho. Retrogosto confirma o olfato e adiciona algo de capuccino. Final de longa duração. Um belo e complexo vinho, sem dúvidas.

Saldo final? Bons vinhos, boas opções para pessoas que assim como eu, ainda precisam descobrir mais sobre este país, no caso a Espanha, e seus encantadores vinhos que tem aparecido no mercado brasileiro. Eu recomendo.

Até o próximo!

Tuesday, September 18, 2012

Degustando as cegas: o Toro Loco realmente surpreende!!!

Ontem foi um dia para lá de especial. Estávamos diante da última degustação preparada pelo Beto Duarte para o seu guia Brasil as cegas e a saudade já começava a bater, afinal mesmo não tendo participado de todas estas degustações, pude fazer parte deste grupo de pessoas que muito me ensinaram ao longo deste período. E desde já agradeço por dividirem um pouco de seu conhecimento comigo, isso me ajudou muito. E a noite marcaria também por algumas surpresas durante a degustação. E a principal delas atendia pelo nome de Toro Loco Tempranillo 2011.


Para quem não esteve muito por dentro da história deste vinho, nas últimas semanas (talvez meses?) criou-se um hype em cima do mesmo pois durante umas das muitas degustações as cegas promovidas pelo International Wine and Spirit Competition este vinho acabou sendo preferido sobre outros "montros" como Costa di Bussia Barolo Riserva DOCG 2005 e o renomado Stag’s Leap Wine Cellars Artemis Cabernet Sauvignon 2009, isso levando em conta a diferença de preços entre eles: o Toro Loco custa pouco mais de 4 euros e os outros dois com preços dez vezes maiores. Além disso, ganhou nesta mesma competição uma medalha de bronze. Tudo isso somado ao fato de que este vinho é um vinho produzido para venda em uma rede de supermercados britânica, a rede Aldi,  gerou uma mídia muito forte na internet e outras. Produzido na região de Valência, na Espanha, o vinho é feito com 100% de uvas Tempranillo (uva típica espanhola) e não consegui descobrir se o mesmo passa ou não por madeira. Vamos a algumas impressões sobre o vinho.

Na taça ele apresentou uma cor violácea de média pra grande intensidade, pouco transparência e brilho mediano. Lágrimas finas, rápidas e com alguma cor ajudavam a tingir a taça.

No nariz o vinho é essencialmente frutado, com aromas de frutas vermelhas em evidência (cereja principalmente).

Na boca um corpo leve para médio, acidez na medida e taninos finos e macios, de boa qualidade. Retrogosto confirma o nariz num final de média duração. 

O engraçado de tudo isso é que o vinho realmente vale os R$ 25,00 pelo que é vendido, é bem feito e não possui defeitos aparentes mas, o que mais surpreendeu é que nesta degustação fora o preferido de muitos dos participantes e, para "piorar", no meu caso empatou na nota com o franco-argentino Cheval des Andes 2007 (já tendo comentado a safra 2005 aqui). Mais do que uma jogada de marketing, menos do que um ícone, o vinho cumpre e muito bem o seu papel. Em se tratando de vinho para o dia a dia, eu com certeza mais do que recomendo! 

Até o próximo!