Showing posts with label Garibaldi. Show all posts
Showing posts with label Garibaldi. Show all posts

Tuesday, January 10, 2017

Ponto Nero Celebration Brut

Se você é daqueles que gostam de um bom espumante no dia a dia, que se mostra imprescindível nestes dias quentes que vivemos no verão brasileiro mas que ao mesmo tempo são descontraídos, descomplicados e leves, o vinho espumante de hoje é uma dica que você não pode perder. 


A Domno Importadora nasce em 2008 de um novo projeto do Grupo Famiglia Valduga, reconhecido por seu padrão de excelência e pela tradição, como um projeto ambicioso que caracteriza-se por duas frentes de negócios: a importação de vinhos e a elaboração e exportação de espumantes. Só um grupo seguro do crescimento do setor de vinhos e espumantes no Brasil poderia efetuar tal movimento. O empreendimento esta localizado na cidade de Garibaldi (RS), terra dos espumantes, em uma área de mais de 60mil m2.

Já falando do Ponto Nero Celebration Brut, podemos falar que o vinho espumante é feito a partir das uvas Chardonnay, Riesling, Pinot Noir e Prosecco pelo método Charmat, onde a segunda fermentação ocorre dentro de tanques de inox. O vinho espumante fica em contato com as leveduras por dois meses antes do envase. Vamos as impressões?

Na taça o vinho espumante apresentou coloração amarelo palha com reflexos esverdeados com bom brilho e limpidez. Boa formação de um perlage fino e persistente.

No nariz o vinho espumante apresentou aromas de frutos cítricos e tropicais, principalmente abacaxi e pêssego, leve toque floral e de mel.

Na boca o vinho espumante mostrou corpo leve para médio e muito frescor. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média duração.

Mais um bom vinho espumante nacional degustado por aqui, uma opção bem econômica e que demonstra todo o potencial do sul do país para a fabricação de espumantes. Um vinho espumante que deve cair bem em qualquer ocasião, até pra ser bebido sozinho.

Até o próximo!

Friday, April 24, 2015

Vinícola Perini e sua linha de vinhos na #Expovinis

Eu sei que eu tenho muito material pra publicar por aqui mas, aos poucos vou tentando colocar a casa em ordem. E com toda a agitação da semana com o Encontro de Vinhos e com a Expovinis, fica tudo mais difícil. E por falar em Expovinis, estive no stand da Vinícola Perini, e é sobre eles que quero falar um pouco hoje.


Os imigrantes Antonio e Giuseppe Perini chegavam ao Brasil trazendo da Itália a arte de transformar a uva em vinho há mais de 130 anos atrás, no entanto, a produção vinícola teve início mais tarde, com João Perini em 1928, quando a partir daí começou a expansão e, gradativamente, o aprimoramento do processo de elaboração em todos os aspectos, desde o cultivo de novas variedades viníferas até o produto final. Foi em 1970 que Benildo Perini, neto de Giuseppe e atual diretor da vinícola, iniciou a transformação do pequeno empreendimento familiar em empresa, engarrafando seu vinho com a marca Jota Pe em homenagem ao seu pai João Perini. Já em Garibaldi, as atividades têm início em 1996, quando a Perini terceiriza uma infraestrutura para elaborar seus Espumantes Casa Perini e no mesmo ano, a marca Casa Perini é lançada também para os Vinhos Finos da Vinícola. Atualmente, a Vinícola Perini conta com 12 hectares de vinhedos localizados em Garibaldi e 80 hectares em Farroupilha, agregando uma área total de 92 hectares. (retirado do site do próprio produtor)

Hoje com uma linha muito diversificada, a Vinícola Perini aposta em descomplicar o vinho e trazer para o mercado em todas suas linhas produtos de excelente custo benefício e que tendem a agradar uma vasta gama de paladares do brasileiro. E por isso, vou destacar alguns produtos em diferentes linhas de produtos para quem for visitar a feira ou mesmo quiser prova-los depois.

Começo com o Espumante No 1 2008. É o primeiro espumante vintage da empresa, o que significa que foram selecionadas as melhores uvas da safra para compor este corte de Chardonnay e Pinot Noir em edição especial e limitada de apenas 600 garrafas. Complexo, aromático, evoluído com aromas tostados, frutos secos, florais e com uma acidez muito bacana. Final delicioso.

Passo agora ao Casa Perini Tannat 2012. Como fã confesso desta casta tão controversa e difícil, não poderia deixar de fora um vinho como este. Feito 100% com uvas Tannat da Serra Gaúcha, o vinho impressiona pela maciez. Cor violácea de grande intensidade, aromas de frutos escuros, chocolate e leve toque floral. Na boca os taninos são sedosos e calmos, acidez na medida e corpo médio. Pelo preço (cerca de 30 dinheiros) é pra ser um best seller!

Finalizando nosso passeio por aqui vamos falar do Perini Fração Única Merlot 2012. Como o nome sugere, são usadas uvas Merlot de parcelas especiais e selecionadas. Teve passagem de seis meses por carvalho francês. Resulta num vinho de coloração rubi violácea de média intensidade, aromas remetendo a frutos vermelhos, mentolado, especiarias e algo de baunilha. Final de média para longa duração. Vinho bem feito e muito agradável de se beber.

Conforme disse anteriormente, se estiver na Expovinis, que termina hoje, não deixe de visitar o stand da Vinícola Perini e se deliciar com seus vinhos bacanas. Se não conseguir, tenho certeza de que você deverá procura-los pois valerá a pena.

Até o próximo!

Monday, March 30, 2015

Espumante Miolo Brut Millésime 2011: Celebrem a vida!

Nem sempre temos motivos para comemorar, mas quem foi que disse que é necessário ter sempre motivos especiais? A vida por si só já é motivo de celebrarmos e mais do que isso, a esperança que nos move no dia a dia, a vontade de que todos nossos desejos se realizem são a força necessária para tal. Não sei se a proximidade de meu aniversário ou se o aniversário de casamento, mas eu tenho estado numa onde de positividade e por isso, resolvi tirar o Espumante Miolo Brut Millésime 2011 da adega.


A vinícola Miolo dispensa apresentações, mas supondo que alguém que nos lê ainda não conheça, a Miolo Wine Group é lider do mercado nacional no segmento de vinhos finos (segundo a própria) com cerca de 40% de share. A empresa tem projetos em diversas regiões, dentro e fora do Brasil, e produz uma grande gama de rótulos/produtos. Sua história, em minha humilde percepção, se confunde com parte da vitivinicultura no Brasil, e também acaba se tornando referência de qualidade dentro do mercado nacional. A área de produção, no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves é enorme, composta basicamente por modernos tanques de inox com temperatura controlada. Nesta planta são produzidos em sua maioria espumantes pelo método tradicional (na proporção de 80%) enquanto que os vinhos tintos são responsáveis pelos outros 20% da produção, mas que as demais unidades do grupo seriam responsáveis pelos demais vinhos.

O Espumante Miolo Brut Millésime é produzido somente em safras excepcionais, com as uvas Pinot Noir e Chardonnay cultivadas pela Miolo no vinhedo São Gabriel, da família a muito tempo, em Garibaldi. A partir da safra 2009 o espumante Brut Millésime passa a ser um produto da Denominação de Origem Vale dos Vinhedos. A segunda fermentação acontece na garrafa, com temperatura controlada de 12°C. Envelhecimento mínimo de 18 meses sobre as leveduras nas caves subterrâneas e climatizadas. Vamos as impressões?

Na taça o espumante apresentou uma bonita cor amarelo palha com reflexos verdeais, bom brilho e boa limpidez. A perlage era fina, abundante e persistente.

No nariz o espumante apresentou aromas de frutas cítricas e tropicais, toques de mel e panificação.

Na boca o espumante apresentou boa cremosidade e frescor. Retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Mais um grande exemplo de que os espumante nacionais são realmente de altíssima qualidade. Acompanhou um papelote de salmão com alho poró, tomate cereja e alcaparras. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Monday, April 14, 2014

Bodas de Papel com Orus Pas Dosé Rosé de Adolfo Lona

Dizem que quando comemoramos o primeiro aniversário do nosso casamento, estamos comemorando as "Bodas de Papel". E isso se deve pois se atribui ao papel, características de fragilidade do material, assim como na relação, pois o primeiro ano seria o período mais conturbado, mais frágil do casamento, onde se cria a aceitação do outro numa convivência em comum. Existem ainda outras atribuições menos usadas, como o papel se relacionar com o "contrato" assinado no casamento, os planos do casal que saem do papel, enfim, muitas são as possibilidades. A verdade é que, independentemente do que o papel significa, é uma data muito especial quando se tem certeza de que está ao lado da pessoa certa, a pessoa que você escolheu para estar sempre ao seu lado. E para comemorar esta data especial eu escolhi o vinho espumante Orus Pas Dosé Rosé de Adolfo Lona, que eu trouxe de lá em recente visita à diversas vinícolas do Rio Grande do Sul (lembrem aqui).


Não sou profundo conhecedor de vinhos espumantes, eu reconheço, mas dos que eu tenho provado ultimamente e de tudo que já provei até hoje, posso afirmar com toda a certeza de que os vinhos espumantes produzidos por Adolfo Lona estão no top da categoria no Brasil. Este espumante é um Extra Brut Rosé que não recebe adição de açúcar no licor de expedição (por isso o Pas Dosé) e foi elaborado com uvas Chardonnay, Pinot Noir e Merlot. Passa 24 meses em contato com as leveduras. É feito em lotes de aproximadamente 628 garrafas anuais e o lote do qual este vinho espumante faz parte foi liberado em Setembro de 2013 ao mercado. A garrafa que abrimos era a de número 88. Vamos as impressões.

Na taça o vinho apresentou uma bonita cor rosa alaranjada, lembrando aquela pele de cebola roxa, sabe? Borbulhas minúsculas, persistentes e bastante barulhentas. Forma uma coroa elegante na taça.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutas cítricas e vermelhas, toques de mel e panificação (fermento). Bastante complexidade e ao mesmo tempo todos aromas facilmente identificáveis.

Na boca o vinho tinha bom corpo, boa cremosidade e uma acidez extremamente refrescante. Retrogosto confirmando o que haviamos sentido no nariz. Final longa, refrescante e delicioso!

A comemoração não poderia ser melhor. Eu, minha esposa, muito amor e um belo vinho espumante para acompanhar. De qualquer forma, eu recomendo o vinho para qualquer ocasião, vale e muito. E que venham as próximas bodas.

Até o próximo!

Wednesday, April 2, 2014

Espumantes Adolfo Lona: Dedicação e paixão!

Retomando mais uma vez nosso pequeno apanhado das visitas que fizemos às vinícolas do sul do país na semana do carnaval, chegou a vez de contar sobre uma visita que eu tinha muita ansiedade sobre, que era visitar a Adolfo Lona Vinhos Espumantes. E minha ansiedade se dava ao fato de já ter provado um baita vinho espumante por ele produzido mas também pelo número de histórias que ouvia falar a respeito. Será que toda ansiedade se traduziu numa visita "pra se lembrar"? É o que veremos a seguir.


Antes de prosseguirmos porém, um parenteses para respondermos a pergunta: mas afinal, quem é Adolfo Lona? Adolfo Lona nasceu na Argentina (Buenos Aires) e se formou em enologia na meca do vinho argentino, Mendoza. Chegou ao Brasil como contratado para assumir a direção técnica da Martini e Rossi no tocante a novos projetos relacionados a vinhos e espumantes, onde permaneceu por 30 anos. Ao fim deste relacionamento tão duradouro e frutífero, Adolfo Lona partiu para a realização de um sonho pessoal, o de possuir sua própria produtora de vinhos. Fecha parenteses.

Quando pensamos em vinícolas, mesmo as que já vinhamos visitando ao longo de nosso passeio, sempre pensamos em ao menos um grupo de pessoas trabalhando no local. Nossa surpresa foi quando, ao chegarmos a sede de produtora de vinhos, em Garibaldi, fomos carinhosamente recebidos pelo Roberto, que seria nosso anfitrião durante a visita. Na sala de recepção, pediu que aguardássemos um momento, pois estava terminando outra atividade e logo nos receberia, atividade esta que mais tarde entenderíamos que era engarrafar os vinhos espumantes. Sim, queridos leitores, o Roberto é o faz tudo da produtora de vinhos e braço direito do seu Adolfo Lona (que infelizmente não se encontrava por lá no dia). E era isso, esses eram os funcionários da vinícola, seu Adolfo e o Roberto.

Falando um pouco da companhia em si, a Adolfo Lona Vinhos Espumantes é uma pequena produtora de espumantes na cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul. Sua produção artesanal é extremamente limitada. Produz vinhos espumantes tanto pelo método tradicional como pelo método charmat. Adolfo conseguiu criar um lugar único quase que na "garagem" do lugar, gerando condições propícios para a produção de seus vinhos. E isso sem o auxílio de equipamentos ultra modernos e grandes. Tais condições vieram a se mostrar ideais para a produção de espumantes da mais alta qualidade. Quando falamos de produção pelo método charmat, no entanto, a coisa muda um pouco de figura e o seu Adolfo utiliza instalações e equipamentos de terceiros, não deixando porém de acompanhar um só segundo, o ciclo de vida de sua cria. 

A medida que passeávamos pelas instalações, era possível ver onde cada etapa da produção era executada, desde o engarrafamento, colocação da rolha, remuage, congelamento do bico, enfim, cada etapa com as explicações do Roberto (que inclusive mostrava na prática algumas etapas) se tornava uma aula. Mas é claro que depois de tudo isso, vinha sempre a parte organoléptica da visita: a degustação. E foram escolhidos dois vinhos espumantes para provarmos, sobre os quais falarei um pouco a seguir.


O primeiro deles foi o Adolfo Lona Brut Rosé, espumante elaborado pelo método charmat e que possui em sua composição Chardonnay e Pinot Noir. Este vinho é mais fresco, fácil de beber e entender. Tinha uma coloração salmão puxando casca de cebola roxa com borbulhas minúsculas, extremamente abundantes e persistentes. No nariz o vinho alternava frutos vermelhos frescos com toques cítricos, lembrando um pouco de abacaxi e limão siciliano. Na boca tem boa cremosidade, aliando ainda boa acidez e e estrutura média. Retrogosto confirma olfato e o final é de média para longa duração. Sem dúvida um belo vinho espumante. 


O último deles foi o Adolfo Lona Nature Pas Dosé, este um vinho espumante produzido pelo método tradicional e que já apresentava maior complexidade e merece mais atenção ao ser degustado. Este vinho tem uma curiosidade. Além de conter em sua composição Chardonnay e Pinot Noir, tem uma pequena parcela de Merlot vinificado em branco, a qual se atribui uma certa diminuição na acidez a fim de tornar a experiência com o espumante mais agradável. Outro aspecto importante a ressaltar é que esse espumante não tem adição de açúcar. Por fim passa 18 meses em contato com as leveduras. De cor amarelo dourada, possui também borbulhas incrivelmente pequenas e persistentes. Já apresenta aromas de fermentação, mel, manteiga e toques de damascos secos. Na boca é muito cremoso, acidez na medida e complexidade incrível. Confirma o olfato sem dúvida e deixa uma incrível e agradável lembrança no palato por um bom tempo. Sem dúvida, um grande vinho espumante. De se beber e refletir sobre a vida, sem dúvidas.

Com certeza uma visita para permanecer na memória. O único porém foi não ter cruzado com o seu Adolfo Lona para ouvir suas histórias incríveis sobre o mundo dos vinhos. Motivo mais do que suficiente para voltar em outra oportunidade. E assim, deixávamos pra trás mais esta visita.

Até o próximo!

Wednesday, February 12, 2014

Espumante Chandon Réserve Brut

Finalizando a trinca das borbulhas aqui no blog esta semana, trago mais um brasuca largamente conhecido e apreciado no mundo enofílico por sua qualidade e grande disponibilidade no mercado. É claro que estou falando do Chandon Réserve Brut. 


Um pouco de história. Em 1973, a Maison Moët & Chandon decide apostar no potencial vitivinícola brasileiro e inaugura a Chandon em Garibaldi, no Rio Grande do Sul. O investimento cresce e se consolida. Atualmente, a empresa é líder absoluta no segmento de vinhos espumantes naturais de luxo. Além do Brasil, a Chandon também é produzida na Austrália, Califórnia e Argentina, sendo estas as 4 subsidiárias especializadas em espumantes naturais da Moët Hennessy, a divisão de vinhos e destilados do grupo francês LVMH (Moët Hennessy Louis Vuitton). Em seus vinhedos, são cultivadas variedades nobres das cepas Chardonnay e Pinot Noir, a partir de mudas importadas da França e ali aclimatadas. O Riesling Itálico, já cultivado na região, foi melhorado e incorporado aos assemblages. Falando um pouco do espumante em si, é produzido com uvas Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico todas plantadas e colhidas na Serra Gaúcha em vinhedos próprios, mais precisamente em Garibaldi. Vamos as impressões.

Na taça uma bonita cor amarelo palha com reflexos dourados, límpida e brilhante. Perlage fina, abundante e persistente formando uma boa coroa na taça. 

No nariz o espumante apresentou aromas de frutos cítricos e toques florais. Leve lembrança de panificação depois de algum tempo em taça.

Na boca um vinho refrescante, com acidez na medida. Bom colchão de espuma na boca, bom corpo e um retrogosto essencialmente frutado. Final de média duração.

Mais um bom espumante nacional, confiável e consistente com  fama outrora recebida. Eu recomendo.

Até o próximo!