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Thursday, January 7, 2016

Fish Bar Santos & Cave Amadeu Brut: Para os dias quentes!

No último mês de Dezembro tive a oportunidade de passar um final de semana muito gostoso na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, e como é de praxe quando estou viajando, aproveitei a oportunidade de conhecer novos restaurantes e quem sabe, indicá-los por aqui. Dito e feito, depois de uma ótima experiência, resolvi compartilhar com vocês por aqui.

O Fish Bar Santos é um local descolado de conceito inovador, com um ambiente bem decorado, espaçoso e com cardápio bem interessante. O restaurante oferece uma vasta gama de pratos a base de peixes e frutos do mar além de trazer a Santos um conceito mais amplamente divulgado fora do país, que é a mistura de restaurante e bar. Sua localização não poderia ser melhor, o bairro Ponta da Praia, em Santos, mais especificamente no canal 7, um bairro charmoso e muito privilegiado. Com relação a decoração, a inspiração são os restaurantes americanos estilo "casual dining" como o Bubba Gump, de mesma temática nos Estados Unidos. 

Arroz de Polvo

Estivemos lá para um almoço em família de um domingo e não nos decepcionamos. E olha que as escolhas dos pratos foram as mais diferentes possíveis. Como um bom glutão que sou, escolhi um arroz de polvo para saborear e não me arrependi: o arroz estava no ponto, sem empapar ou ficar seco demais ao passo que a consistência do polvo estava ideal, sem se tornar aquele borrachudo que faz "nhéc nhéc" na boca, cozido a perfeição e em boa quantidade. Já minha filha optou por um risoto de amêndoas e espumante com salmão ao molho de limão siciliano: mais uma vez o cozimento do arroz se encontrava al dente e o salmão grelhado a perfeição com o creme de limão siciliano dando um belo toque cítrico e as amêndoas a textura diferenciada do prato. Por fim minha esposa foi um pouco mais econômica e ficou no tradicional fish n'chips, na minha opinião o mais fraco dos pratos por estar um pouco oleoso e com porção menor em relação aos demais.

Risoto de Espumante com amêndoas, salmão grelhado e creme de limão siciliano

Para acompanhar, nada melhor do que um bom espumante nacional, e fomos de Cave Amadeu Brut. O espumante faz parte de uma linha de entrada da Vinícola Cave Geisse, dirigida pelo chileno Mário Geisse em solo brasileiro (Pinto Bandeira, RS). Já estive por lá e escrevi um pouco sobre o assunto, portanto se quiser saber mais sobre a vinícola recomendo a leitura deste link aqui. O Cave Amadeu Brut é um espumante jovem e muito fresco, caracterizado por seu forte toque frutado. É produzido a partir de um corte das uvas Chardonnay e Pinot Noir via método tradicional (segunda fermentação em garrafa) e passa por 12 meses em contato com as leveduras. Vamos finalmente as impressões?

Fish n'Chips

Na taça o vinho espumante apresentou uma coloração amarelo palha com reflexos verdes com uma boa formação de uma perlage fina e persistente. Já no nariz o vinho espumante apresentou aromas de frutos tropicais e cítricos bem maduros, aromas de panificação e leve lembrança floral. Por fim, na boca o vinho espumante se mostrou muito cremoso e fresco, com o retrogosto confirmando o olfato. O final era de longa duração. Entre um gole e outro era possível limpar o palato e seguir com a próxima garfada. Muito bom mesmo.


Mais uma bela opção de espumante brasileiro por aqui e a dica é: se você está em Santos e esta procurando um bom lugar para comer frutos do mar, esse é a minha recomendação de lugar!

Até o próximo!

Tuesday, September 29, 2015

Festival do Espumante SBAV 2015 - Um passeio pelas borbulhas!

Na última sexta feira aconteceu no Hotel Pestana São Paulo o Festival do Espumante 2015, uma ótima oportunidade de degustar e promover o espumante e difundir a bebida entre nós, consumidores além de profissionais da área. O evento, organizado pela SBAV (Associação Brasileira dos Amigos do Vinho) contou com as presenças da Pizzato, Aurora, Salton, Decanter, Perini, Miolo, Valmarino, MoëtHennessy, Adolfo Lona, Cave Geisse e cinco produtores da Campanha Gaúcha. O ambiente estava propício para tal, afinal o dia inteiro fez muito calor e a desconcentração com que os vinhos espumantes foram apresentados, atraiam muitas pessoas para o salão do hotel. Abaixo destaco alguns espumante que, segundo minha opinião, foram destaques no evento.


Adolfo Lona Brut Rosé: espumante elaborado pelo método charmat e que possui em sua composição Chardonnay e Pinot Noir. Este vinho é mais fresco, fácil de beber e entender. Tinha uma coloração salmão puxando casca de cebola roxa com borbulhas minúsculas, extremamente abundantes e persistentes. No nariz o vinho alternava frutos vermelhos frescos com toques cítricos, lembrando um pouco de abacaxi e limão siciliano. Na boca tem boa cremosidade, aliando ainda boa acidez e e estrutura média. Retrogosto confirma olfato e o final é de média para longa duração. Sem dúvida um belo vinho espumante;


Poesia do Pampa Brut Guatambu: este espumante é elaborado pelo método champenoise e que possui em sua composição uvas Chardonnay e Suavignon Blanc de Dom Pedrito, na fronteira com o Uruguai. De cor amarelo palha com reflexos esverdeados, o espumante tinha um perlage intenso e de pequenas borbulhas em abundância. Toques de frutos cítricos e maçã verde com leve lembrança de panificação ao fundo. Na boca fazia a diferença com muito frescor e cremosidade, com um equilibrio incrível. Retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração;


Hermann Lirica Brut: este é um espumante de todo curioso, começando por sua composição, 75% de Chardonnay e 25% de Gouveio de vinhedos localizados em Pinheiro Machado, no Rio Grande do Sul (Serra do Sudeste) também feito pelo método champenoise. Resulta num vinho espumante de coloração amarelo palha com reflexos esverdeados com uma perlage intenso e abundante. Toques de frutos cítricos, flores e com um fundo notadamente de panificação. Na boca era fresco e cremoso, com o retrogosto confirmando o olfato e um final longo e limpo. Mais uma bela descoberta;


Pizzato Brut: mais um vinho espumante que tem como base as uvas Chardonnay e Pinot Noir, também pelo método champenoise. Ostenta a DO Vale dos Vinhedos em seu rótulo. Cor amarelo palha com reflexos esverdeados, perlage abundante e de finas borbulhas. Aromas de frutos tropicais e cítricos, flores e panificação. Cremoso e fresco, este vinho espumante confirma o olfato com o seu retrogosto. Delicioso e longo;


Valmarino Brut Rosé: este vinho aparece aqui para fechar o post por ser muito curioso, composto por uvas Sangiovese e Pinot Noir, feito pelo método champenoise. Apresenta coloração rosada tendendo a um acobreado/alaranjado com boa formação de perlage. Aromas de frutos vermelhos e cítricos com algo de panificação. Fresco e com boa cremosidade, se tornando fácil de beber. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média duração. Vale conhecer.

É evidente que tínhamos muitas outras opções de bons vinhos espumantes, o que só vem a provar que o Brasil realmente está um passo a frente no tocante a esta bebida. Mas, para não me tornar cansativo, escolhi estas dicas acima e espero que tenham gostado. Um grande evento promovido pela SBAV e que, ano após ano entra para o circuito dos eventos reconhecidamente tradicionais do calendário de Sampa.

Até o próximo!

Monday, June 9, 2014

Valmarino Cabernet Franc XIII 2008: Um vinho brasileiro de sobrenome

Sexta feira cansativa, cidade caótica com manifestações, greves, confrontos, chuva e tudo para tornar um dia convencional em uma verdadeira maratona combinam com uma pizza e um bom vinho em casa, não é mesmo? E foi assim que demos início aos trabalhos numa sexta feira qualquer, sacando o telefone do disque-pizza e vasculhando a adega em busca de algo interessante. E foi assim que o Valmarino Cabernet Franc XIII 2008 saiu da adega e foi parar nas nossas taças.


A Vinícola Valmarino está localizada em Pinto Bandeira, distrito do município de Bento Gonçalves, em uma região também conhecida como vinhos de montanha, dada que a altitude média dos vinhedos está ao redor dos 700 metros acima do nivel do mar. Apesar de ter sido fundada por Orval Salton, neto de Antonio Domenico Salton, esta vinícola nada tem de relação com a gigante Salton, a não ser o sobrenome. Esta inclusive era uma confusão que eu fiz algumas vezes, e peço desculpas agora que conheço um pouco melhor sua história. O nome da vinícola, Valmarino, remete ao local de origem dos antepassados da família, em Treviso, na Itália. A vinícola tem uma linha mais simples de vinhos para o dia a dia em bag in box (Tre Fraddei) seguidos de vinhos varietais e uma linha reserva bem interessante.

Já falando sobre o vinho, o Valmarino Cabernet Franc XIII 2008 é da linha reserva e por ser considerado top da vinícola sempre foi alvo de minha curiosidade. Este vinho foi criado para comemorar os 13 anos da vinícola e é um deleite em boca, mesmo pra pessoas como eu, que como sabem não sou profundo conhecedor nem fanático pela uva. Elaborado portanto com 100% de uvas Cabernet Franc de vinhedos próprios, passou cerca de 17 meses em barricas (70% do vinho) e ainda algum tempo em garrafa antes de ser comercializado. Sem mais delongas, vamos ao que interessa, as impressões sobre o vinho.

Na taça o vinho apresentou rubi violácea de média intensidade, bom brilho com lágrimas finas, rápidas e quase incolores.

No nariz o vinho mostrou aromas de especiarias, frutos vermelhos e toques lácteos e herbáceos. 

Na boca o vinho se mostrou encorpado e com taninos marcados, porém é equilibrado e com pouco álcool, o que o torna leve e fácil de beber também por sua agradável e refrescante acidez. Final de longa duração.

Mais uma prova de que os vinhos brasileiros podem apresentar qualidade aliada a preços competitivos. Fechou com chave de ouro o que tinha tudo pra ser um dia para ser apagado. Eu recomendo.

Até o próximo!

Tuesday, May 27, 2014

Don Giovanni Cuvée 2004: Elegância e estilo do vinho brasileiro


A Vinícola Don Giovanni é um complexo enoturístico, localizado no Distrito de Pinto Bandeira, que reúne além dos vinhedos e da vinícola, varejo para venda e degustação dos vinhos, pousada e restaurante. E tudo isso localizado num terroir a 700 metros acima do nível do mar, entremeado de uma vasta e bela vegetação com estradinhas que por alguns momentos lembram até as da Toscana. São cerca de 18ha plantados com vinhas sendo que entre estas, se encontram as seguintes castas: Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Pinot Noir, Ancellota e Pinot Noir. Possui uma produção média de 120 mil garrafas/ano sendo que destas, cerca de 70% são de espumantes. Além disso produzem ainda um destilado de vinho, o Brandy. Hoje quem cuida da propriedade e de sua produção é a quarta geração da família. O que é também interessante é que eles guardam em suas caves, garrafas de safras mais antigas que podem até ser vendidas, mediante encomenda do cliente.



Falando sobre o vinho, o Don Giovanni Cuvée 2004 pode ser considerado o vinho top da vinícola. Tem em sua composição aproximadamente 40% de uvas Cabernet Sauvignon, 40% de uvas Merlot e 20% de uvas Ancellota. Passa por 12 meses de envelhecimento em barricas de carvalho francês. Sua graduação alcoólica é de 12,4%. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração violácea de grande intensidade, algum brilho e pouca transparência. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas compunham também o aspecto visual.

Na taça o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos em compota, especiarias e baunilha. Fundo de taça com algum toque de tostado. 

Na boca o vinho mostrou um bom corpo, acidez na medida e taninos finos, macios e bem redondos. Retrogosto confirma o olfato. Final de longa duração.

Mais um bom vinho brasileiro, que continua a confirmar a qualidade do que vem sendo produzido por aqui. E olha que este eu achei por acaso, mesmo tendo visitado a vinícola Don Giovanni mais no começo deste ano, em um passeio a São Roque. Eu recomendo.

Até o próximo!

Friday, March 14, 2014

Don Giovanni: Um complexo enoturístico!

Finalizando nossa visita pelos Vinhos de Montanha de Pinto Bandeira, nos dirigimos a Vinícola Don Giovanni e posso dizer que além das paisagens que nos guiaram até lá, o que vi quando finalmente adentramos o complexo enoturístico realmente me espantou. Explico: tinha a idéia de que, até por não ser tão divulgada aqui na terra da garoa, a vinícola fosse menor e com uma linha de produtos mais enxuta. Não foi bem o que eu vi por aqui.


A Vinícola Don Giovanni é um complexo enoturístico que reúne além dos vinhedos e da vinícola, varejo para venda e degustação dos vinhos, pousada e restaurante. E tudo isso localizado num terroir a 700 metros acima do nível do mar, entremeado de uma vasta e bela vegetação com estradinhas que por alguns momentos me lembravam minha viagem a Toscana. São cerca de 18ha plantados com vinhas sendo que entre estas, se encontram as seguintes castas: Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Pinot Noir, Ancellota e Pinot Noir. Possui uma produção média de 120 mil garrafas/ano sendo que destas, cerca de 70% são de espumantes. Além disso produzem ainda um destilado de vinho, o Brandy. Hoje quem cuida da propriedade e de sua produção é a quarta geração da família. Interessante ver que eles guardam em suas caves, garafas de safras mais antigas que podem até ser vendidas, mediante encomenda do cliente.


Mantendo o ritmo das outras postagens, escolherei aqui dois produtos que mais gostei e escreverei sobre eles algumas linhas seguir. Notem que como a linha de produtos deles é muito grande, desde espumantes charmat e champenoise, passando por vinhos brancos e chegando aos vinhos tintos, posso não agradar a gregos e troianos.

A primeira escolha não é obvia se levarmos em conta que a casa conta com uma maior produção de espumantes. Estou falando do Don Giovanni Merlot, um vinho simples porém que me cativou por dosar na medida certa a fruta e madeira, sem mascarar a verdadeira essência. Frutas negras em primeiro plano, algo de tostado e tabaco sem exageros. Boa acidez e taninos marcados porém de excelente qualidade. Fácil de beber sozinho, deve acompanhar bem uma pizza portuguesa, minha preferida.


Depois, e como não poderia deixar de ser, a segunda escolha é um espumante: Don Giovanni Brut. Também de um linha mais de entrada da vinícola, me cativou por apesar de ser produzido pelo método tradicional, não ficou pesadão e manteve o frescor e a fruta vivas, apesar da coloração já tendendo a uma amarelo ouro mais escuro. Boa formação de perlage, bem persistente e com borbulhas bem pequeninas. Aromas de frutos de polpa amarela bem maduros, seguidos de leve toque de fermento e algo de mel. Em boca continua complexo sem pesar com uma acidez na medida, nem agressiva nem "mole". Delicioso, com certeza daqueles que evaporam da garrafa.

E assim nos despediamos dos vinhos de montanha com a certeza de que as descobertas aqui feitas, entrariam de vez em nossas vidas enquanto consumidores de vinhos e que a qualidade dos vinhos que íamos encontrando surpreendia cada vez mais. Será que mais surpresas viriam por ai? É esperar para ver.

Até o próximo!

Thursday, October 24, 2013

Espumante Stravaganzza Brut

Até então desconhecido por mim, o Espumante Stravaganzza Brut fez parte de minha primeira compra no site Sonoma, e diga-se de passagem, não poderia ter sido melhor. Li um pouco das opiniões dispersas no mundo enovirtual e imbuido de certo ceticismo apostei neste espumante. E não é que ele foi bem, melhor do que o esperado? Vamos conhecer um pouco mais sobre ele e sobre seu produtor, a Vinícola Don Giovanni.


A Vinícola Don Giovanni está localizada no distrito de Pinto Bandeira, no município de Bento Gonçalves. As características da região, a muito tempo, tem sido alardeadas como ideais para a produção de espumantes, produto pelo qual o Brasil tem se destacado internacionalmente. Está a aproximadamente 700 metros acima do nível do mar. Tem uma história antiga, começando ainda em meados do século XX e possuem diversas castas plantadas em sua propriedade, chamada também de Granja Don Giovanni. 


O Espumante Stravaganzza Brut é feito pelo método tradicional, onde a segunda fermentação ocorre dentro da garrafa. Feito a partir de vinhos base de Chardonnay e Pinot Noir (75% e 25% respectivamente) onde o vinho passa aproximadamente 12 meses em contato com as leveduras (no mínimo). Possui teor alcoólico em torno de 12,%5. Vamos as impressões.

Na taça uma bonita cor amarelo com alguns reflexos esverdeados e muito brilho. Perlage fina e persistente.

No nariz aromas de frutas cítricas e muito abacaxi. Ao fundo aromas de panificação. 

Na boca um vinho com bastante volume, boa acidez, muito refrescante e com bom colchão de espumas. Retrogosto confirma olfato. Final de média para longa duração.

Mais um bom espumante brasileiro que descobri e gostei, estou numa fase de espumante e novas descobertas nacionais que tem me animado bastante. Acho que é o calor e alegria de celebrar a vida. Vamos ver o que acontece daqui pra frente. Eu recomendo.

Até o próximo!