Friday, April 1, 2016

Casa Valduga Gran Reserva Heitor Villa-Lobos Cabernet Sauvignon 2006

Hoje é mais um daqueles dias em que eu me animo mais ainda para escrever aqui no blog, afinal é dia de uma brincadeira gostosa onde blogueiros ao redor do Brasil postam sobre vinhos que abordam um mesmo tema, escolhido por um dos confrades, é dia da #CBE - Confraria Brasileira de Enoblogs aqui no Balaio. E o tema deste mês foi escolhido pelo amigo Gustavo Kauffman, do blog Enoleigos. Ele andava meio sumido, mas aproveitou-se que era seu aniversário e foi pedido "um presente" para a CBE. A escolha foi: "Vinho Sul Americano com 10 anos de vida ou mais. Vamos ver como nossos vinhos, e de nossos hermanos, tem amadurecido!". De início fiquei um pouco tenso, pois não tinha um vinho com tais características em casa. Mas, como missão dada é missão cumprida, estamos aqui as voltas com o Casa Valduga Gran Reserva Heitor Villa-Lobos Cabernet Sauvignon 2006.


Pensei até em falar sobre a Casa Valduga, mas desculpe a heresia, seria chover no molhado. Um player gigante como este no mercado nacional não precisa de apresentações e portanto, ater-me-ei apenas ao vinho.

No ano do cinquentenário da morte do maior compositor erudito das Américas, a Casa Valduga selecionou as mais finas uvas Cabernet Sauvignon para compor uma verdadeira sinfonia de aromas e sabores em homenagem ao célebre maestro Heitor Villa-Lobos. Bem, isso é o que diz o site da vinícola. De qualquer maneira o Casa Valduga Gran Reserva Heitor Villa-Lobos Cabernet Sauvignon 2006 é um vinho feito com 100% de uvas Cabernet Sauvignon do Vale dos Vinhedos com amadurecimento de 12 meses em carvalho francês e mais 18 meses nas caves da vinícola antes de ser liberado ao mercado. Vamos ver qual é o resultado de tamanho primor nesta produção?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi violácea de grande intensidade com halo granada, algum brilho e boa limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas se faziam notar também.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutas vermelhas em compota, especiarias, mentolado, chocolate e leve herbáceo.

Na boca o vinho se mostrou encorpado, com acidez ainda viva e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Mais um grande vinho nacional que provei para a CBE, este da Casa Valduga, o que só demonstra a dedicação com que esta família trata a vitivinicultura no Brasil. Se a idéia era verificar como os vinhos nacionais, ou melhor, sul americanos envelhecem, eu diria que a surpresa foi boa. O vinho estava muito vivo e no seu auge, mesmo com 10 anos de vida. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

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