Friday, July 18, 2014

A vez de Barolo e as tempestades de granizo

Em um verão de tempestades, alguns dos principais vinhedos do Piemonte perderam de 20 a 30 por cento de suas uvas.


No que se tornou um verão com muito granizo em todas as regiões vinícolas europeias, com pedras caindo em Bordeaux, Borgonha e no Languedoc, o mais recente mau tempo atingiu a região do Piemonte, na Itália. Uma violenta tempestade varreu os vinhedos de Barolo, na noite de 8 de julho, com granizo, chuva e, em alguns casos, os ventos fortes. Embora relatórios tem variado bastante, as avaliações iniciais dizem que o dano é mínimo.

Créditos da imagem: Consórcio Barolo & Barbaresco

Os produtores disseram ao público que seus vinhedos tiveram danos em cerca de 5 por cento das uvas, em média, com algumas pequenas parcelas atingindo danos entre 20 a 30 por cento de perda de uvas. As redes de proteção instaladas na parte superior da maioria dos crus ajudou a reduzir o impacto. Por exemplo, em La Morra a situação foi pior para o lado de Santa Maria, mais do que Annunziata, aleatoriamente em Novello e Barolo, ou ainda em Monforte muito, muito ruim, onde a maioria das uvas foram dizimadas. Mesmo com tais redes, alguns vinhedos não eram imunes a pedras de granizo do tamanho de nozes, sendo que em algumas áreas o granizo tinha dimensões maiores e alguns cachos das videiras ainda sofriam algum tipo de avarias. As vinhas mais danificadas são aquelas posicionadas no topo das colinas.

No entanto, os produtores têm agora de controlar a propagação do fungo Botrytis cinerea nos frutos afetados, tratando as uvas, o que irá resultar em maior despesa. Assim sendo, os produtores já imaginam que esta safra vai lhes custar mais, porque os trabalhadores terão que ter muito cuidado ao selecionar as uvas. Horas após o acontecimento foram fundamentais com o início imediato dos tratamentos com sulfato de cobre para curar e higienizar os cachos.

De acordo ainda com outros produtores, mais granizo caiu perto de Monforte d'Alba em 9 de julho. Parece que as tempestades e os padrões climáticos estranhos que assolaram Barolo, Borgonha e o resto da Europa vão continuar a manter os produtores apreensivos durante o verão.

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