Monday, January 9, 2012

Angheben Teroldego 2005

Depois de visitar a vinícola no final do ano passado (relembrem aqui) era chegada a hora de tirar da adega a garrafa que eu trouxe de lá a fim de verificar e confirmar todas minhas impressões obtidas naquele dia. E eu ainda lembro como se fosse hoje, tamanha foi minha satisfação com esta visita. 

Falando um pouco do vinho com mais detalhes, este varietal é elaborado com uvas 100% Teroldego, originária da região de Trentino na Itália e que, segundo o produtor, se adaptou bem ao terroir de Encruzilhada do Sul (aonde inclusive também a Vinícola Lídio Carraro tem obtido resultados muito bons). Passa por algo entre 6 a 8 meses em barricas para afinamento e depois ainda um pouco nas caves antes de ser comercializado. Vamos as impressões, para ver se as mesmas se confirmam desde a última vez em que provei o vinho. 


Na taça uma cor violácea profunda, escura e brilhante. Apesar da idade não apresentava halo de evolução. As lágrimas era lentas, finas e com certa cor também. 

No nariz o vinho se mostrou complexo, abrindo com notas de frutas escuras (ameixa preta), algo de couro, tabaco e especiarias. Tudo muito austero, elegante, aquela sensação de vinho do velho mundo. 

Na boca o vinho apresentou corpo médio, boa acidez, taninos finos e algo rascantes, mas de boa qualidade. Final médio com lembrança de ameixa preta e algo de chocolate amargo. O vinho se mostrou muito gastronômico e pedia comida a cada gole. 

Confirmadas as expectativas, o vinho é realmente muito bom. Infelizmente só trouxe uma garrafa. Mas vale dizer que nada melhor do que degusta-lo lá no Vale dos Vinhedos com o pessoal da Vinícola. Eu recomendo! E ele casou maravilhas com risoto de shitake, alho poró e queijo grana padano e carré suino. 

Até o próximo!

1 comment:

  1. Victor

    Interessante esta uva. Deu-se melhor em Encruzilhada do Sul, região centro sul, relativamente perto de Porto Alegre. O solo pedregoso, frio no inverno e verões secos com grande variação noite/dia, tem parte de Encruzilhada que estamos a 300 metros de altura, faz com que esta uva, quase desconhecida no norte da Itália venha a ressuscitar por aqui. O que o tal de terroir (clima + solo) não faz.

    Um abraço Peter alemdovinho

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