É engraçado como no Brasil grande parte da culpa pelos insucesso obtidos por determinado time de futebol é atribuido exlusivamente aos técnicos, que normalmente quando encontram um período de dificuldade com alguns resultados ruins a frente de seus clubes, são demitidos sumariamente e sem muitas explicações. Este post vem de encontro até com um outro que fiz logo no início deste blog: Fritura dos técnicos de futebol.A última vitima desta natureza se deu neste final de semana após mais um GreNal, clássico que envolve as maiores torcidas do Rio Grande do Sul, as torcidas de Grêmio e Internacional respectivamente, e atende pelo nome de Celso Roth. O técnico já vinha balançando no comando do tricolor gaúcho e bastou mais um mau resultado frente a seu principal rival para que a diretoria gaúcha perdesse de vez a paciência e demitisse o técnico.
Fico imaginando se no Brasil os técnicos tivessem a tranquilidade adiquirida por grandes nomes do futebol europeu como Sir Alex Fergusson, que por mais de duas décadas dirige o time do Manchester United entre altos e baixos, se eles teriam algum sucesso em criar trabalhos a longo prazo, criando times com padrão de jogo assimilado e mostrando sua filosofia de trabalho como marca registrada.
É claro que não há como não contar com a força financeira que estes clubes europeus tem em favor de seus técnicos, montando verdadeiros esquadrões de fazerem inveja a qualquer seleção nacional. Porém a aposta no trabalho do treinador vem rendendo os frutos esperados também, uma vez que o mesmo pode desenvolver seu trabalho e aplicar todo seu conhecimento sem a pressão dos resultados. E é claro que os resultados aparecem de forma natural.
Existem exemplos crassos da continuidade do trabalho aqui no Brasil, sendo o mais perfeito exemplo o técnico do São Paulo Muricy Ramalho, que fez com que o time se tornasse campeão por 3 vezes consecutivas do Campeonato Brasileiro entre outros feitos. Podemos observar que mesmo com a mudança de diversas peças no elenco tricolor, a mesma pegada e padrão de jogo pode ser observado ao longo dos 3 anos em que o técnio Muricy se encontra comandando o clube. Exemplos em menor escala, inclusive de tempo, podem ser também observados através do técnico Mano Menezes a mais de ano a frente do Sport Clube Corínthians Paulista, ou mesmo de Nelsinho Baptista a frente do Sport Clube do Recife.
O que falta no Brasil, é claro e evidente, são cartolas comprometidos com o bem estar dos clubes, interessados em montar times campeões e que não estejam somente pensando em obter lucros e maneiras excusas de terem quaisquer tipos de vantagens financeiras e/ou pessoais. Agora gostaria de pedir a vocês, leitores do balaio, que compartilhassem comigo suas opiniões acerca deste assunto se utilizando da caixinha de comentários do blog.
Nota do balaio: Créditos da foto pra globoesporte.globo.com
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