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Monday, March 13, 2017

Quando o vinho encontra o cinema: King Kong!

Eu gosto bastante de cinema, embora não seja profundo conhecedor e nem tenha conseguido ir tanto as salas em Sampa como eu gostaria, mas enfim, eu gosto. E é sempre bacana ver quando este mundo do cinema cruza com o mundo dos vinhos (outra de minhas paixões), mesmo que nem sempre estes cruzamentos estejam disponíveis em nosso mercado, como é o caso deste novo lançamento de Francis Ford Coppola, o King Kong Cabernet, que veio a tona junto com o lançamento mundial do novo filme do macacão nos cinemas.


A arte de fazer vinhos está na família Coppola por muitas gerações, faz parte da tradição. Agostino Coppola, avô de Francis Coppola, fazia seu próprio vinho nos porões de seu apartamento em Nova Iorque em tanques de concreto. A família Coppola decidiu construir uma nova vinícola em Sonoma County para que pudessem produzir suas mais populares coleções. Os vinhos que Francis Coppola produz hoje em dia não são os mesmos de Agostino, mas são produzidos dentro do mesmo espírito – para compartilhar com família e amigos.

O King Kong Cabernet nada mais é do que o icônico vinho do produtor/diretor, o Directors Cabernet Sauvignon, com uma pequena diferença no blend e com um rótulo fabuloso. As duas maiores paixões de Coppola são o vinho e os filmes, de modo que combiná-los era natural, criando a série Great Movies. Ele encomendou ao artista Laurent Durieux para re-imaginar o cartaz do filme original como um rótulo para os lançamentos de edição limitada. Já na garrafa, Coppola adicionou frutos Cabernet Sauvignon excepcionalmente maduros de San Luis Obispo aos já presentes no vinho frutos de Sonoma, atualmente fonte das uvas para o Directors Cabernet Sauvignon. Segundo Coppola, os frutos de Sonoma dão estrutura e frutas maduras suculentas, enquanto os frutos San Luis Obispo fornece notas florais e sabores de frutas vermelhas. O King Kong Cabernet é um vinho 100% Cabernet Sauvignon com 14 meses em carvalho francês e húngaro.

Mais do que uma bebida, o King Kong Cabernet é um colecionável impressionante que qualquer enófilo e fã de cinema deveria ter em sua coleção. Uma pena que não aparecerá por aqui, portanto se você viajar ao exterior e tiver a oportunidade, traga o vinho. Já provei dois rótulos do produtor (confiram aqui e aqui) e atesto que são vinhos bacanas.

Até o próximo!

Friday, October 30, 2015

Francis Coppola Diamond Collection Cabernet Sauvignon 2013

Como eu disse anteriormente em meu post sobre o restaurante Olive Garden (relembrem aqui), em nossa recente viagem de férias a Orlando visitamos o local por duas oportunidades e a primeira, conforme o post anterior foi regada a vinho italiano. Já a segunda, seguimos de vinho "nacional", e como estávamos nos Estados Unidos, um belo vinho californiano foi a pedida, o Francis Coppola Diamond Collection Cabernet Sauvignon 2013.


Do site do importador destes vinhos no Brasil (Ravin): "A arte de fazer vinhos está na família Coppola por muitas gerações, faz parte da tradição. Agostino Coppola, avô de Francis Coppola, fazia seu próprio vinho nos porões de seu apartamento em Nova Iorque em tanques de concreto. Há 35 anos, quando Francis e Eleanor Coppola e seus filhos viviam em São Francisco, a família começou procurar um pequeno pedaço de terra no Vale de Napa que pudessem usar como refugio durante os finais de semana e para produzir seus vinhos. O refúgio encontrado por eles foi nada menos que a grande mansão Niebaum em Rutherford, no famoso estado de Inglenook. Com cerca de 400 hectares, foi o lugar escolhido pelo finlandês Gustave Niebaum, que enriqueceu com a exploração de mineração no Alasca. Trouxe as mudas da França, plantou os vinhedos e transformou o local. A excelência das primeiras safras comprovou o potencial; a marca rapidamente ganhou fama. Depois de adquirir esta propriedade em 1976, a família Coppola achou mais interessante pensar no reparo desta legendaria mansão do que numa pequena produção de vinhos no porão. Iniciaram o processo de restauração da região a fim de resgatar Inglenook e seus maravilhosos vinhos – foram 30 anos de dedicação – a família decidiu construir uma nova vinícola em Sonoma County para que pudessem produzir suas mais populares coleções. Os vinhos que Francis Coppola produz hoje em dia, não são os mesmos de Agostino, mas são produzidos dentro do mesmo espírito – para compartilhar com família e amigos".

Já sobre o Francis Coppola Diamond Collection Cabernet Sauvignon 2013, podemos ainda acrescentar que o vinho, apesar de rotulado como varietal (segundo legislação local), possui ainda em sua composição 10% de Segalin, 7% de Merlot e 5% de Cabernet Franc, além é claro da rotulada Cabernet Sauvignon (78%). Para finalizar o vinho passa por envelhecimento/amadurecimento em barricas de carvalho francês durante 12 meses. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma coloração rubi violácea bem viva, brilhante e límpida. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, especiarias, chocolate e algo de mentolado. Fundo de taça com algo de tostado também.

Na boca o vinho se mostrou de corpo médio para encorpado, acidez na medida e taninos firmes, marcados mas de boa qualidade (não eram verdes nem agressivos). O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Um ótimo vinho americano, bem ao estilo que lhes é peculiar, encorpado, frutado, potente. É um tipo de vinho que gosto e recomendo a prova.

Até o próximo!

Tuesday, March 24, 2015

Rodney Strong Alexander Valley Cabernet Sauvignon 2011

Os vinhos americanos surgiram na minha vida como uma paixão mais recente por serem um pouco mais caros e menos disponíveis por aqui. No entanto, descobri uma boa fonte deles e sempre que posso, abro uma garrafinha e me divirto com minha esposa ou amigos. Desta vez o escolhido foi o Rodney Strong Alexander Valley Cabernet Sauvignon 2011.



Quem produz este vinho é a Rodney Strong Vineyards, vinícola considerada uma das pioneiras da região de Sonoma County e que, segundo palavras do importador (SmartBuy Wines), é reconhecida por ser visionária nos estudos dos solos da região e variedades a serem plantadas. Por lá se estabeleceu a mais de 50 anos atrás através de seu fundador, Rod Strong até passar as mãos da família Klein em meados dos anos 1980. Possui vinhedos nas mais famosas apelações de Sonoma, tais como Alexander Valley, Russian River Valley, Chalk Hill e Sonoma Coast. Atualmente a vinícola conta em suas linhas com vinhos Chardonnay, Sauvignon Blanc, Pinot Noir, Zinfandel, Cabernet Sauvignon e alguns blends e single vineyards.

Já sobre o Rodney Strong Alexander Valley Cabernet Sauvignon 2011, podemos complementar dizendo que é um vinho 100% Cabernet Sauvignon de vinhas da apelação Alexander Valley, em Sonoma County, na Califórnia. Passa ainda por 17 meses de envelhecimento em barricas de carvalho francês (100% do vinho). Vamos as impressões?

Na taça o vinho mostrou uma bonita cor violácea de grande intensidade, quase intransponível com algum brilho e boa limpidez. Lágrimas finas, abundantes e bem coloridas também.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros, chocolate e algo de especiarias.

Na boca um vinho encorpado, taninos ainda marcados e presentes com acidez na medida. Retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Mais um bom vinho americano que provamos por aqui, mostrando uma vocação para os bons cabernets e zinfandéis que eu tanto gosto. Recomendo a prova.

Até o próximo!

Wednesday, January 21, 2015

Rodney Strong Russian River Valley Pinot Noir 2012

Como nem só de vinhos brancos é feita a adega de um homem, mesmo com as portas dos fornos dos céus abertas sobre nossas cabeças, resolvi arriscar um vinho tinto. A aposta não poderia ser sobre vinhos mais pesados, alcoólicos e tânicos mas vinhos mais leves e, por que não, refrescantes. Eis que surgiu o Rodney Strong Russian River Valley Pinot Noir 2012 em nossa pequena história de hoje. 


Quem produz este vinho é a Rodney Strong Vineyards, vinícola considerada uma das pioneiras da região de Sonoma County e que, segundo palavras do importador (SmartBuy Wines), é reconhecida por ser visionária nos estudos dos solos da região e variedades a serem plantadas. Por lá se estabeleceu a mais de 50 anos atrás através de seu fundador, Rod Strong até passar as mãos da família Klein em meados dos anos 1980. Possui vinhedos nas mais famosas apelações de Sonoma, tais como Alexander Valley, Russian River Valley, Chalk Hill e Sonoma Coast. Atualmente a vinícola conta em suas linhas com vinhos Chardonnay, Sauvignon Blanc, Pinot Noir, Zinfandel, Cabernet Sauvignon e alguns blends e single vineyards. Adicionalmente, sobre o Rodney Strong Russian River Valley Pinot Noir 2012, podemos dizer que é um vinho 100% feito com uvas Pinot Noir da AVA Russian River Valley e que o vinho, após fermentado, passa por 10 meses em barricas francesas de carvalho para envelhecimento/amadurecimento. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma bonita cor rubi de média intensidade, bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e incolores.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, toques florais, especiarias e baunilha.

Na boca o vinho se mostrou de médio corpo, boa acidez e taninos macios. O vinho era muito sedoso e elegante. Retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.

Para acompanhá-lo minha esposa fez uma bela torta de frango com massa podre, seguindo receita da apresentadora Rita Lobo e o seu programa Cozinha Prática, no canal de tv pago GNT. Ficou divino e o vinho veio bem a calhar. Casamento gostoso. Eu recomendo a prova do vinho e da torta!

Até o próximo!

Wednesday, October 29, 2014

Francis Coppola Diamond Collection Black Label Claret 2012


A vida é feita de bons momentos e não podemos desperdiça-los. E como uma maneira de comemorar estes bons momentos, ao lado daquelas pessoas que nos fazem bem, que nos dão amor e esperança de que tudo de ruim irá ficar longe pra sempre, eu gosto de tirar um bom vinho da adega, sentar com minha esposa e "filha" a mesa e saborear uma boa refeição agradecendo por isso tudo. E foi em uma destas oportunidades que o Francis Coppola Diamond Collection Black Label Claret 2012 saiu da adega após um bom descanso de sua viagem (ele veio na minha mala diretamente dos EUA) e foi para nossa mesa.


Do site do importador destes vinhos no Brasil (Ravin): "A arte de fazer vinhos está na família Coppola por muitas gerações, faz parte da tradição. Agostino Coppola, avô de Francis Coppola, fazia seu próprio vinho nos porões de seu apartamento em Nova Iorque em tanques de concreto. Há 35 anos, quando Francis e Eleanor Coppola e seus filhos viviam em São Francisco, a família começou procurar um pequeno pedaço de terra no Vale de Napa que pudessem usar como refugio durante os finais de semana e para produzir seus vinhos. O refúgio encontrado por eles foi nada menos que a grande mansão Niebaum em Rutherford, no famoso estado de Inglenook. Com cerca de 400 hectares, foi o lugar escolhido pelo finlandês Gustave Niebaum, que enriqueceu com a exploração de mineração no Alasca. Trouxe as mudas da França, plantou os vinhedos e transformou o local. A excelência das primeiras safras comprovou o potencial; a marca rapidamente ganhou fama. Depois de adquirir esta propriedade em 1976, a família Coppola achou mais interessante pensar no reparo desta legendaria mansão do que numa pequena produção de vinhos no porão. Iniciaram o processo de restauração da região a fim de resgatar Inglenook e seus maravilhosos vinhos – foram 30 anos de dedicação – a família decidiu construir uma nova vinícola em Sonoma County para que pudessem produzir suas mais populares coleções. Os vinhos que Francis Coppola produz hoje em dia, não são os mesmos de Agostino, mas são produzidos dentro do mesmo espírito – para compartilhar com família e amigos".


Sobre o Francis Coppola Diamond Collection Black Label Claret 2012, podemos dizer que é um corte de Cabernet Sauvignon, Petit Verdot, Merlot e Cabernet Franc (sem proporções divulgadas/definidas) quase que lembrando um corte bordalês clássico (era a intensão de Gustave Niebaum ainda nos primórdios da propriedade) com passagem em carvalho francês por cerca de 12 meses. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma cor rubi violácea de grande intensidade, com algum brilho e quase sem transparência. Lágrimas finas, rápidas e coloridas compunham também o aspecto visual.

No nariz o vinho mostrou boa complexidade, abrindo com aromas de frutos escuros e vermelhos, notas mentoladas, café com leite e tostado.

Na boca o vinho mostrou ser encorpado, com taninos macios e sedosos e uma boa acidez. Retrogosto confirma o olfato e o final é longo e deliciosamente saboroso.

Mais um grande vinho americano que provamos por aqui, que assim como os filmes de Francis Ford Coppola, tem muita qualidade e muitas camadas para serem apreciadas. Eu recomendo.

Até o próximo!

Thursday, July 31, 2014

Decoy Sonoma County Zinfandel 2011: Um belo vinho americano na taça

Mais um dia de falar de uma de minhas uvas preferidas por aqui, a Zinfandel. E olha que os vinhos feitos com esta uva são normalmente do tipo ame ou odeie. Obviamente sou da primeira vertente. A maioria das pessoas que entendem de vinho, com razão, criticam os vinhos feitos a partir da Zinfandel pois muitos são muito simples, planos, sem complexidade, extraídos excessivamente e muitas vezes enjoativos (principalmente pela falta de acidez característica) além é claro dos preços um pouco salgados para os consumidores brasileiros. Eu, por sua vez, tendo sorte de poder assinar o clube de vinhos da importadora SmartBuyWines, tenho a oportunidade de ter contato com muitos vinhos feitos a partir desta casta e gosto da maioria. Enfim, o vinho de hoje é o Decoy Sonoma County Zinfandel 2011.


O Decoy Sonoma County Zinfandel 2011 é produzido pela Decoy Winery, parte do grupo americano Duckhorn. O grupo Duckhorn é composto por 4 vinícolas: Duckhorn, Paraduxx, Decoy e Migration. A experiência do time de enólogos da Paradux, que tem feito blends de Zinfandel de alta qualidade em Napa desde 1994, ajudou a Duckhorn a produzir o Decoy Zinfandel e a explorar a robusta uva Zinfandel como um varietal puro. A Decoy Winery tem obtido lugar de destaque junto ao grupo por seu estilo distinto, que enfatiza vinhos prontos (desde a liberação ao mercado) que são capazes de expressar o seu encanto e complexidade em sua juventude.

Já sobre o Decoy Sonoma County Zinfandel 2011 propriamente dito, é um varietal elaborado com 100% de uvas Zinfandel oriundas da AVA Sonoma County que passa por envelhecimento em barricas de caravalho por 12 meses(90% carvalho francês e 10% americano) sendo que destes, 35% de primeiro uso e 65% de segundo uso. Tem 13,9% de álcool. Vamos as impressões?

Na taça o vinho mostrou uma bonita cor violácea de grande intensidade, bom brilho e pouca transparência. Lágrimas finas, moderadamente rápidas e coloridas também completavam o aspecto visual.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros, toques de especiarias e baunilha. 

Na boca o vinho se mostrou encorpado, com uma boa acidez e taninos sedosos e macios. Retrogosto confirma o olfato e o final é de longa duração.

Mais um belo vinho apresentado pela SmartBuy Wines. Não é barato, mas satisfaz minha paixão. Eu recomendo.

Até o próximo!

Wednesday, May 14, 2014

Uva Tempranillo: Um lugar na América para chamar de lar?

Pelo menos é isso que Marimar Torres, representante local na Califórnia, da família de enólogos e viticultores Torres, naturais da Espanha, anda dizendo por aí. Os primeiros sinais sugerem que a casta Tempranillo poderia encontrar uma nova casa em Sonoma County, no norte da Califórnia. E o que pode confirmar (ou quem sabe negar) estas palavras vai ser a safra 2013 no Miramar Estate, que está cercada de grande expectativa. Depois de muita experimentação com apenas 400 videiras de Tempranillo na área conhecida como Russian River Valley, em Sonoma, na maior parte da última década, Marimar Torres acredita que a qualidade é  boa o suficiente agora para produzir um vinho varietal com base na uva Tempranillo.


A uva Tempranillo tem visto um aumento mais acentuado em seu plantio de forma global do que qualquer outra variedade de uva na última década, de acordo com um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália. Entretanto ainda é uma novata na Califórnia, e os números da indústria mostram que representa menos de 1% da área total de vinhas plantadas do estado. Sua maior parcela pode ser encontrada na área de Central Coast, mas a família Torres plantou a uva Tempranillo na região de Russian River em 2004 e começou a misturá-lo com 80% de Syrah em 2007, utilizando-se o vinho da safra de 2005.

Atualmente a família Torres, em seu Miramar Estate, possui apenas 0,4ha de Tempranillo plantados num vinhedo chamado Don Miguel na  sub-denominação Green Valley  (pertencente a Russian River), mas a intenção de plantar mais vinhas no próximo ano é real por lá. É provável que isso signifique que um vinho varietal com a uva Tempranillo não chegará ao mercado nos próximos quatro anos, afinal de contas você tem que ser paciente e esperar uma vida longa, porque leva tempo para uma videira começar a  dar bons frutos e com consistência.

Marimar Torres é uma acionista da empresa espanhola Torres ao lado de outros membros da família, incluindo seu irmão, Miguel , mas ela sempre dirigiu o Marimar Estate separadamente desde primeiras videiras plantadas na Califórnia em 1986. Mas nunca deixou de ficar de olhos bem abertos aos negócios da família.

Thursday, April 24, 2014

Buena Vista Zinfandel 2010: Delicioso!

Ao participar da degustação que elegeu o Top 5 para o Encontro de Vinhos (relembrem aqui) eu tive a possibilidade de provar e consequentemente levar para casa um vinho cuja varietal sou um fã declarado. E olha que, ao chegar em casa e prova-lo com ainda mais calma, me apaixonei ainda mais por este vinho. Estou falando do Buena Vista Zinfandel 2010.


Já escrevi algumas poucas linhas sobre a vinícola Buena Vista por aqui, mas nunca é demais relembrar: "A Vinícola Buena Vista teve sua fundação no ano de 1857, sim a muito tempo atrás, através de um visionário para a época chamado Agoston Haraszthy e foi a pioneira em Sonoma na plantação de vinhas de uvas Zinfandel assim como na produção de vinhos de alta qualidade. De lá pra cá muita história se passou e a vinícola se encontra agora num caminho de renovação, iniciado ainda no ano de 2012 pela família Boisset, atual proprietária da vinícola".

Falando no vinho Buena Vista Zinfandel 2010, este varietal é feito única e exclusivamente com uvas Zinfandel plantadas na apelação Sonoma County. Além disso, o vinho passa por 14 meses de barricas (francesas, americanas e húngaras), sendo que destas, 10% são de primeiro uso. Atinge 14,5% de graduação alcoólica. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresenta uma bonita cor violácea de grande intensidade, com bom brilho e quase sem transparência. Lágrimas finas, um pouco mais lentas que usualmente e com alguma cor, que ajudavam a tingir as paredes da taça.

No nariz o vinho mostrou aromas de frutas negras bem maduras, toques de pimentas e algo que me lembrava fumaça. Depois de algum tempo em taça, pudemos também sentir um pouco de tostado.

Na boca o vinho era encorpado, daqueles carnudos os quais nós quase podemos mastigar, sabem? Além disso estava associado a uma boa acidez e taninos macios e redondos. Retrogosto confirma o olfato. Final de média para longa duração.

Sem dúvidas está entre os melhores, se não o melhor, entre os Zinfandéis que já provei. E cada vez mais esta uva vai tomando seu lugar entre as minhas preferidas. Aqui sei que muitos irão torcer o nariz, mas eu gosto de vinhos feitos com esta casta.

Até o próximo!

Friday, December 6, 2013

Pedroncelli Mother Clone Zinfandel 2009

Certo dia estava lendo o blog do jornalista (e amigo) Beto Duarte quando vi um vídeo por ele postado referente a uma pesquisa sobre o mercado de vinhos no Brasil e as oportunidades que nele existem. Uma frase me chamou a atenção pois é como eu penso e tenho agido nos ultimos tempos: o vinho não deve ser encarado como uma bebida de comemoração, para dias especiais e coisas do gênero mas sim como uma bebida para o dia a dia, sem maiores complicações. Apesar disso o consumidor brasileiro ainda compra vinhos basicamente para ocasiões ditas especiais. Eu falei tudo isso só pra exemplificar o por que de lá em casa sempre tomarmos bons vinhos, não importando o motivo. E o vinho da vez foi este Pedroncelli Mother Clone Zinfandel 2009.

Vista primaveril da vinícola, retirada do próprio site do produtor.

A Vinícola Predoncelli está localizada no Dry Creek Valley, no condado de Sonoma, na Califórnia tendo sido fundada em 1927 quando os primeiros vinhedos foram plantados. Passou pelos tempos difíceis da Lei Seca americana alcançando bom crescimento na década de 60 e posteriormente experimentando o boom vinícola na região nos anos de 80. Atualmente conta com a 4a geração da família no comando e direção da vinícola. 


O vinho em destaque, Pedroncelli Mother Clone Zinfandel 2009, apesar de ser tratado como um varietal, possui em sua produção cerca de 8% de Petit Syrah. O interessante no entanto, vem do nome do vinho "Mother Clone". E a história é que fora descoberta na propriedade vinhas de Zinfandel com mais de 100 anos e da onde todos os outros clones derivam, explicando o por que do nome. Passa ainda por envelhecimento de 12 meses em barricas de carvalho americano. Vamos as impressões.

Na taça uma bonita cor violácea de média para grande intensidade com pouca transparência. Ligeiro halo granada. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também complementam o aspecto visual.

No nariz o vinho mostrou aromas de frutos escuros e vermelhos em compota, pimenta e toques de baunilha.

Na boca o vinho tinha corpo médio, acidez até acima da média para um Zinfandel e taninos macios e redondos. Retrogosto apimentado confirma o olfato. Final de média para longa duração.

Mais um bom vinho apresentado pela Smart Buy Wines e seu clube de vinhos. Fez a alegria de mais uma noite em nosso lar. Eu recomendo.

Até o próximo!

Wednesday, December 4, 2013

Chalk Hill Estate Red 2009

Estávamos para encerrar a noite agradável que tivéramos no El Carajo e mais uma vez, a patriotada tomou conta da escolha do vinho e nos deparamos com mais um vinho americano, desta vez um blend tinto de Sonoma chamado de Chalk Hill Estate Red 2009.

Vista geral dos vinhedos, retirada do site do produtor.

A apelação Chalk Hill, da onde este vinho é oriundo, é uma das 13 dentro do condado de Sonoma e conta com abundante produção agrícola, lindas paisagens e muitos vinhos vindos de lá. Situada (a região) entre um vale e um rio, o clima pode ser considerado perfeito para a produção vinícola. Existem ainda as elevações montanhosas e a pobreza do solo como fatores contribuintes para a plantação de vinhedos com alta qualidade. A propriedade é antiga e sua aquisição se deu na década de 70 quando começaram o plantio e as primeiras safras. Desde então, seus vinhos vem demonstrando qualidade safra após safra.


O vinho em questão é um blend de 43% de Cabernet Sauvignon, 19% de Merlot, 15% de Malbec, 12% de Petit Verdot, 10% de Syrah e 1% de Carménère. Passa por fermentação malolática com battonage e por envelhecimento de 22 meses em carvalho francês. Atinge 14,8% de graduação alcoólica. Vamos as impressões?

Na taça uma bonita cor violácea de grande intensidade, quase sem transparência e com pouco brilho. Lágrimas finas, rápidas e coloridas tingiam as paredes da taça. 

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos negros, baunilha, tabaco e especiarias. Ao fundo da taça, toques de tostado.

Na boca um vinho encorpado, taninos firmes e marcados e boa acidez. Retrogosto confirma o olfato com frutas, especiarias e baunilha. Final de longa duração.

E finalizamos então com um ótimo vinho. Aliás esta aventura em Miami rendeu ótimos vinhos e excelentes experiências. 

Até o próximo!

Tuesday, October 15, 2013

Cline Viognier North Coast 2012

De repente um calor ainda um pouco fora de época ainda aplacou Sampa em plena segunda feira e a vontade de comer uma comida leve e tomar um vinho refrescante surgiu com a minha esposa, e eu prontamente aceitei. A idéia foi fazer um fusilli com abobrinhas e tomates cereja salteados em azeite com cebola roxa. Para dar um toque especial, um pouco de salsa trufada. E para acompanhar, alguns nuggets crocantes seriam fiéis escudeiros. Ai viria a dúvida: qual vinho escolher para acompanhar? Minha esposa jogou no ar que queria um vinho branco e pensando bem, era a escolha ideal. Vasculhei minha adega e encontrei este curioso Cline Viognier North Coast 2012 e resolvi que ele seria o responsável pela "hercúlea" tarefa.


A Cline Cellars é uma vinícola fundada inicialmente em  Oakley na California que depois teve sua sede levada para Carneros, no Sonoma. Existe desde meados dos anos 80 sendo que, segundo pude apurar, é uma das pioneiras no cultivo de uvas oriundas do Vale do Rhône na região, fazendo uso do clima um pouco mais ameno em Carneros. Conta hoje com vinhedos em ambas regiões (Carneros e Oakley) além de Pentaluna, também em Sonoma. Conta ainda com acomodações para turismo além de um museu cujo tema principal é as Missões Espanholas na região conhecida como El Camino Real. 

O vinho escolhido, Cline Viognier North Coast 2012, por sua vez é produzido a partir de 100% de uvas Viognier colhidas tanto em Carneros como Sonoma Coast. Não passa por envelhecimento em barricas e tem 15% de teor alcoólico. Vamos as impressões.

Na taça uma bonita cor amarelo dourado com toques meio rosados, bastante brilho e ótima transparência. Sim, também achei meio estranho mas olhando o vinho contra um fundo branco era possível ver toques rosados em contrapartida a coloração amarela do vinho. Lágrimas finas, rápidas e incolores complementavam o aspecto visual.

No nariz o vinho abriu com aromas de fruta tropicais (abacaxi e pêssego), frutas cítricas e toques florais. Me lembrou um pouco de lichia também. Parecia um perfume engarrafado, tamanho o nível de fragrância que o vinho desprendia quando abri a garrafa.

Na boca um vinho de corpo médio, boa untuosidade e acidez moderada. Retrogosto confirma o olfato num final de longa duração. 

Mais um grande vinho apresentado a mim pela Smart Buy Wines através de seu clube de vinhos. Casou muito bem com o clima e com a comida mais leve. Eu recomendo.

Até o próximo!

Tuesday, August 13, 2013

Silver Oak Cabernet Sauvignon 2005: o vinho do dia dos pais

É claro que muito se comenta do quanto as datas comemorativas (dia das mães, dos pais, dos namorados, etc.) é realmente alguma coisa mais do que uma data criada para se estimular o consumo e o mercado muito mais do que uma homenagem aos envolvidos. Mesmo por, na minha opinião, meu pai é mais que meu herói, é meu espelho e exemplo de carácter, de atitude e de esmero pela família. Fez de tudo para criar a mim e a meu irmão da melhor maneira, deixando a maior de todas heranças incrustadas em nossa formação: a educação. E por isso todos os dias agradeço aos céus por ter tido a sorte de ser seu filho. E aproveitando que domingo era seu dia (ao menos no calendário oficial), resolvi pegar um vinho um pouco mais especial para acompanhar o almoço. O prato era costelinhas de porco ao molho barbecue (maravilhosamente executado em casa por meu pai e minha mãe), acompanhado de batatas assadas, arroz com pinhão e salada, um verdadeiro banquete. E o vinho escolhido foi o Silver Oak Cabernet Sauvignon 2005.


A Silver Oak Cellars está localizada no Alexander Valley, na Califórnia e por mais de 40 anos vem perseguindo a produção dos maiores e melhores Cabernets da região. Seus vinhos normalmente são envelhecidos de tal maneira que ao serem liberados ao mercado, já se encontram prontos para serem degustados mas ao mesmo tempo possuem boa estrutura para envelhecerem de maneira incrível. É considerado um cult lá nos EUA e por muitos amantes em geral do vinho. Recebeu diversas notas acima dos 90 pontos pelo crítico Robert Parker. Sobre o vinho é um 100% Cabernet Sauvignon que passa mais de 20 meses em barricas e mais de 12 meses em garrafa antes de ser liberado ao mercado. Vamos as impressões.

Na taça o vinho apresentou um bonita cor rubi violácea com tons atijolados nas bordas. Lágrimas finas, abundantes, ligeiramente coloridas e de velocidade moderada complementavam o conjunto visual.

No nariz o vinho se mostrou deveras complexo, abrindo com frutos escuros maduros, chocolate amargo, pimenta, toques de canela e mentol e ligeiro tostado ao fundo. Os aromas se alternavam na taça e a cada "fungada" uma nova descoberta. Que perfume!!

Na boca o vinho se mostrou encorpado, com acidez ainda viva e taninos macios, sedosos, um veludo! Este conjunto harmônico precedia um retrogosto que confirma o olfato com frutos escuros, chocolate amargo,  mentol e especiarias. Final de longuíssima duração. Um deleite.

Mais um baita vinho apresentado pela Smart Buy Wines que custou cerca de 200 dinheiros através de seu clube de compras. Valeu o quanto custa e harmonizou lindamente com a comida, com o dia, com a alegria do momento...

Até o próximo!

Wednesday, July 17, 2013

Buena Vista Count Cuvee Red Blend 2008

Nada como curtir os bons momentos da vida com boa companhia, comendo e bebendo o que de melhor a vida nos oferece não é? Pois é assim que eu tenho levado a vida. E foi numa destas oportunidades que a vida me deu que resolvemos abrir este vinho, eu e minha esposa, pra acompanhar um fondue de carne ao vinho muito gostoso e simples de se fazer.


A Vinícola Buena Vista teve sua fundação no ano de 1857, sim a muito tempo atrás, através de um visionário para a época chamado Agoston Haraszthy e foi a pioneira em Sonoma na produção de vinhos de alta qualidade. De lá pra cá muita história se passou e a vinícola se encontra agora num caminho de renovação, iniciado ainda no ano de 2012 pela família Boisset, atual proprietária da vinícola.

O vinho tem seu nome em alusão ao fundador da vinícola, apelidado de "The Count" muito por suas histórias (fantasiosas ou não) que misturavam política e casos policiais. É um blend de três uvas: Zinfandel, Merlot e Syrah. Passa por 14 meses de envelhecimento em carvalho francês, americano e húngaro. Possue 14,5% de teor alcoólico. Vamos as impressões.

Na taça uma cor rubi violácea de grande intensidade com pouca transparência. Lágrimas finas, rápidas e bem coloridas ajudavam a tingir as paredes da taça.

No nariz aromas de frutos escuros em compota, couro, chocolate e toques de tostado ao fundo da taça. Bastante complexidade e harmonia.

Na boca o vinho se mostrou encorpado, com boa acidez e taninos marcados, presentes mas de excelente qualidade. Retrogosto confirma o olfato com fruta bem madura e chocolate amargo. Final de longa duração.

Mais um grande vinho, fruto da assinatura do clube de vinhos da Smartbuywines. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

Sunday, November 25, 2012

Rodney Strong Estate Vineyards Knotty Vines Zinfandel 2009

Este foi o vinho degustado no final de semana passada, ainda em estado de graça por tudo de bom que vem me acontecendo. Como já comentei sobre esta vinícola em outro post (relembrem aqui) vou ser direto e irei apenas comentar sobre o vinho em si e sobre minhas impressões.


Este vinho é feito com uvas 100% Zinfandel da apelação "Northern Sonoma", na região do condado de mesmo nome e, pra sermos mais precisos ainda, vindas somente do vinhedo apelidado de Knotty. Além disso passa por 16 meses de envelhecimento em barricas de carvalho francês e americano. Possui ainda 15% de graduação alcoólica. Vamos as impressões. 

Na taça uma bonita cor rubi violácea com toques granada, principalmente nas bordas. Lágrimas finas, levemente coloridas e bem rápidas completavam o aspecto visual. 

No nariz o vinho abriu mostrando leve toque alcoólico, que arrefeceu logo com o tempo de garrafa aberta, apresentando então aromas de frutas vermelhas em geléia e muita especiaria. Depois de um tempo, aromas de madeira e chocolate também se fizeram presentes.

Na boca o vinho apresentou corpo médio, taninos finos e marcados, e boa acidez. Retrogosto trazendo fruta, chocolate e bastante pimenta. Final de média para longa duração.

Devo confessar que sou fã assumido de vinhos da uva Zinfandel vindos da Califórnia e que, este é mais um excelente exemplar de lá. Este fez parte de uma das remessas do SmartBuy Club, da importadora SmartBuy Wines e como sempre, eles acertam em cheio. Pelo clube custou R$ 89,00 e valeu o quanto custou. Eu recomendo!

Até o próximo!

Wednesday, September 5, 2012

Foppiano Vineyards Estate Bottled Pinot Noir 2009

Ocasiões especiais merecem sempre vinhos especiais, não é mesmo? O cenário era muito favorável: friozinho, serra, lua cheia, lareira, boa companhia, enfim muitos aliados para a ocasião. E foi assim que, para celebrar o início de um novo relacionamento, a companhia da pessoa que se gosta, enfim, para brindar a nossa felicidade, este foi o vinho escolhido. E acredito que a escolha não poderia ter sido melhor.


Este vinho é proveniente do Russian River Valley, AVA até certo ponto recente dos EUA, e responsável por um novo hype quando falamos desta uva nos EUA, localizada mais precisamente no condado de Sonoma. A Foppiano Vineyards é uma vinícola cuja propriedade está na mesma família a um século e quem cuida deste vinho já faz parte da quinta geração da mesma, o que segundo os produtores faz com que a mesma qualidade de frutas tenha sido plantada e colhida ao longo deste anos. Segundo a critica especializada, a colheita de 2009 foi uma das melhores já vistas na região. A colheita das uvas deste vinho especificamente foi feita a noite para se fazer valer das temperaturas mais amenas e ainda para evitar a oxidação das uvas. Depois da fermentação o vinho passa por 14 meses em barricas novas e usadas de carvalho francês. Vamos as impressões sobre o vinho. 

Na taça uma linda cor rubi, bastante brilhante e transparente, fazendo lembrar todas características dos vinhos mais típicos da casta. Lágrimas finas, rápidas e incolores complementavam o aspecto visual.

No nariz aromas de frutas vermelhas abundavam, seguidos de leves toques de baunilha e flores. Todos devidamente em seu lugar, sem sobreposições e/ou agressividade, mais uma vez trazendo a tona a leveza e a característica suavidade atribuída aos vinhos feitos com a uva Pinot Noir.

Na boca um corpo médio, acidez na medida e taninos finos, suaves e bem macios. Retrogosto frutado confirmando o nariz num final de média para loga duração. 

Mesmo não sendo um expert em Pinot Noir, esse vinho me chamou muito a atenção por aliar este estilo novo mundista de vinho com a austeridade própria dos vinhos considerados mais velha guarda. Além disso foi delicioso em acompanhar uma refeição composta por truta ao molho de alcaparras e massa ao molho carbonara. E como não ressaltar que foi um excelente parceiro na celebração da felicidade, ah e como foi! Eu recomendo! E que venham muitas outras celebrações!

Até o próximo!

Wednesday, August 1, 2012

Pedroncelli Three Vineyards Cabernet Sauvignon 2009

Finalizando os posts dos vinhos degustados neste final de semana, falaremos agora de mais um belo exemplar americano, digno da fama que os vinhos feitos com a uva Cabernet Sauvignon tem por lá. Este é mais um vinho que me foi apresentado pelo clube de vinhos da SmartBuyWines, o qual já devo ter falado por aqui outras vezes. 


A vinícola Pedroncelli está localizada em Dry Creek Valley, no condado de Sonoma (nos EUA) e pertence a família de nome que dá origem a mesma, Pedroncelli, desde meados dos anos 20. A propriedade e a plantação, como de costume na região, se iniciou com o plantio de vinhedos de uvas Zinfandel. Depois porém houve a expansão e outras variedades foram adicionadas ao portfólio da vinícola. Como o próprio nome do vinho sugere, uvas de três vinhedos foram utilizadas neste blend, a saber: Cabernet Sauvignon (78%), Cabernet Franc (15%) e Merlot (7%). A parcela de Cabernet Sauvignon passa ainda por envelhecimento em carvalho americano (70%) e francês (30%) por 12 meses. Para finalizar, possui 14,3% de grau alcoólico. Vamos as impressões.

Na taça uma bonita cor rubi violácea de grande intensidade e pouca transparência, com lágrimas finas, coloridas e ligeiramente lentas tingindo as paredes da taça.

No nariz o vinho se mostrou bem aromático, com frutas vermelhas em destaque num primeiro plano, seguidos de pimenta e toques de madeira. Depois de um tempo, pude sentir também um pouco de baunilha. De qualquer maneira os aromas estavam bem integrados.

Na boca o vinho apresentou corpo médio, boa acidez e taninos presentes, marcados porém de excelente qualidade. Retrogosto lembrando frutas vermelhas e chocolate. Final de média duração.

Mais um grande vinho, acompanhou com grandeza um belo medalhão de filet mignon com risoto de palmito.  Custou cerca de R$ 90,00 e valeu cada centavo. Eu recomendo!

Até o próximo!

Sunday, July 1, 2012

Hobo Dry Creek Zinfandel 2008

Chegou o final de semana e com ele aquela vontade de provar bons vinhos. E tudo conspira a favor, afinal o clima estava bacana (nem quente nem frio), uma pizza gostosa pra acompanhar e por ai vai. Foi então que resolvi escolher este vinho do título deste post para curtir todo este cenário.


Oriundo da AVA Dry Creek, em Sonoma County na Califórnia (EUA), este exemplar é o que podemos chamar de típico em relação aos vinhos deste varietal na região. Aliás, Dry Creek é considerado o berço e melhor local para cultivo desta uva nos EUA, sendo que sua origem ainda é um tanto quanto nebulosa: seria este varietal um primo distante da uva italiano Primitivo, ou parente direto da uva croata Crljenak Kastelanski ou ainda todas seriam parte da mesma família? Dúvidas a parte o que vale dizer é que a Zinfandel acabou por virar uma das uvas símbolo dos vinhos americanos e tem conquistado fãs ao redor do mundo, como é o meu caso também. Complementando o corte, neste vinho, temos ainda uma parcela de 10% de Petit Syrah. Além disso o vinho passa 9 meses em barricas (40% novas) e tem graduação alcoólica de 14,7%. Vamos as impressões.

Na taça uma bonita cor violácea bem viva e brilhante, quase sem transparência. Lágrimas finas, abundantes e sem cor completavam o aspecto visual.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutas escuras bem maduras, especiarias, alguma coisa de fumaça, chocolate e leve tostado no fundo de taça. Entretanto, diferentemente do que eu esperava, todos aromas eram bem integrados e elegantes, com nenhum deles com mais força e se sobressaindo aos outros. Interessante!

Na boca o vinho tinha corpo médio, acidez presente e na medida certa e taninos marcados porém redondos e bem macios, prontos para beber. Outro ponto positivo para este vinho é que, diferentemente de outros exemplares por ai, a acidez se faz presente e não deixa o vinho mole, enjoativo. Retrogosto marcado por frutas maduras e toques apimentados e tostados. Final de média duração.

Outro grande vinho disponibilizado pelo Smart Buy Wines Club por R$ 108,00 e que vale o quanto custa! Foi uma delícia com a pizza ou mesmo sozinho. Eu recomendo!

Até o próximo!

Monday, April 16, 2012

Rodney Strong Cabernet Sauvignon 2008

Voltando a falar de vinhos americanos no blog, hoje é dia de Cabernet Sauvignon de Sonoma, uma das regiões consideradas mais cults, junto ao Napa Valley, quando se trata deste tipo de vinho. Particularmente estou desenvolvendo um gosto muito peculiar com estes vinhos, pois todos tem me agradado muito. Uma pena que estes vinhos sejam todos numa faixa de preço um pouco superior e não posso considerá-los vinhos para o dia a dia. De qualquer maneira, vamos a algumas informações sobre o vinho.

Quem produz este vinho é a Rodney Strong Vineyards, vinícola considerada uma das pioneiras da região e que, segundo palavras do importador, é reconhecida por ser visionária nos estudos dos solos da região e variedades a serem plantadas. Possui vinhedos nas mais famosas apelações de Sonoma, tais como Alexander Valley, Russian River Valley, Chalk Hill e Sonoma Coast. Atualmente a vinícola conta em suas linhas com vinhos Chardonnay, Sauvignon Blanc, Pinot Noir, Zinfandel, Cabernet Sauvignon e alguns blends e single vineyards. Sobre o vinho de hoje, o mesmo é feito com uvas 100% Cabernet Sauvignon da AVA de Sonoma County e passa 17 meses em caravalho, sendo que destes 76% americano e 24% francês. Vamos as impressões.


Na taça o vinho apresentou uma cor rubi brilhante com alguma transparência, lágrimas finas, quase incolores e bem rápidas. 

No nariz o vinho abriu com aromas de frutas negras, alguma coisa de especiarias e leve toque herbáceo. Com um pouco de tempo em taça, notas de baunilha e tostado também puderam ser notadas. Não é um vinho explosivo, mas os aromas apareciam de maneira bem marcada.

Na boca o vinho tinha corpo médio, boa acidez e taninos firmes, marcantes mas muito bem integrados ao restante do vinho. Retrogosto trazia algo de groselha junto com baunilha. Leve amargor ao final que tinha média duração. 

Mais um bom vinho americano, trazido pela SmartBuy Wines e que fez parte de uma das seleções do clube de vinhos deles, do qual faço parte e recomendo fortemente a quem quiser participar, pois sempre vem muito boa opções. Eu recomendo!

Até o próximo!

Wednesday, March 21, 2012

Pezzi King Vineyards Zinfandel 2009

E lá vamos nós com mais um exemplar americano oriundo das degustações promovidas pelo Beto Duarte. Desta vez um vinho feito com a casta Zinfandel, considerada como a uva símbolo norte-americana que embora não seja originária do país, encontrou por lá boas condições de se desenvolver gerando vinhos muito intensos, carnudos e normalmente muito potentes. E este não fugiu muito a regra, como iremos ver a seguir.

Sobre o vinho, o que eu pude especular um pouco é que ele é feito na região de Dry Creek Valley, no Condado de Sonoma, considerada a melhor região norte americana para a a criação deste varietal seja por sua diversidade de climas e solos ou ainda pelas altitudes em que alguns vinhedos estão plantados com a influência da costa criam condições consideradas excelentes para o amadurecimentos das uvas Zinfandel. Ao que me parece possui pequenas parcelas de Syrah e Cabernet Sauvignon para contrastar um pouco com a doçura gerada pela Zinfandel. Estagia em barricas de carvalho francês, 20% dos quais de primeiro uso. Sem mais delongas, vamos as impressões.


Na taça uma bonita cor violácea  intensa, brilhante e de pouca transparência era combinada a lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas que escorriam pelas paredes da mesma.

No nariz o vinho mostrou uma boa complexidade e agradou desde o início, com aromas de frutas vermelhas, especiarias, chocolate e leves toques florais e mentolados. Um buque aromático e tanto, que confesso, me encantou.

Na boca o vinho mostrou corpo médio, acidez um pouco baixa (considero normal e comumente encontrada em vinhos desta varietal) mas que não chegava a deixar o vinho sem graça e enjoativo, taninos finos e macios porém presentes e os incríveis 15,8% não se fizeram sentir em nenhum momento. Um final de média duração trazia as lembranças acentuadas do chocolate e frutas em abundância.

Mais um excelente vinho degustado por este que vos fala e que realmente me encantou. Eu recomendo principalmente para aqueles que gostam de vinhos potentes, com muita fruta e bom corpo. Não sei sinceramente qual a faixa de preço, mas se puderem, conheçam e não irão se arrepender.

Até o próximo!