Thursday, May 1, 2014

Kloster Heilsbruck Riesling 2009: vinho alemão para a #CBE

É dia de Confraria Brasileira de Enoblogs (#CBE) aqui no blog hoje. E o tema deste mês ficou a cargo da nossa querida amiga Evelyn (do blog Taças e Rolhas): "Depois de receber o convite eu pensei bastante no tema que escolheria, mas percebi que não posso fugir da minha essência. Quem me conhece sabe eu sou aficionada por vinhos elaborados com a casta Riesling. Se eu encontro um rótulo diferente, lá estou eu comprando-o. Por isso, o tema da CBE deste mês é um vinho elaborado com a querida Riesling, de qualquer região e em qualquer faixa de preço!" E cá estamos nós com o Kloster Heilsbruck Riesling 2009.


A uva Riesling é originária da Alemanha e já era cultivada pelos Romanos nos vales do Mosel e do Reno, muito embora também tenha suas origens ligadas a Alsácia (França) e algumas regiões da Áustria. Normalmente associada a uma acidez marcante e de grande personalidade, tem sido empregada numa vasta gama de vinhos que vão desde brancos secos aos licorosos de sobremesa com doçura proeminente. Costuma adaptar-se muito bem aos climas frios.

O vinho em destaque hoje é produzido pela vinícola Kloster Heilsbruck na região de Pfalz (também conhecida aqui como Palatinado), mais precisamente em Einzellage, dentro dos muros de um convento, o convento Heilsbruck, na Alemanha. Com cerca de 23.461 hectares (57.970 acres) sob cultivo até 2008, a região é a segunda maior região vinícola da Alemanha após Rheinhessen. Há cerca de 6.800 viticultores que produzem cerca de 2,5 milhões de hectolitros de vinho por ano. É uma das regiões vinícolas da Alemanha mais quente, ensolarada e seca. Voltando ao produtor em si, a vinícola Kloster Heilsbruck produz vinhos exclusivos de alta qualidade. Suas videiras encontram-se protegidas de tempestades entre muros do convento de Heilsbruck. Em 2005 a vinícola ganhou ainda do governo alemão o certificado de "Bio-Betrieb" (empresa que produz produtos biodinâmicos avaliada e controlada pelo governo) sob o registro de n°D-RP-006-15179-ABD.

Finalmente, tecendo breves linhas sobre o vinho em si, o Kloster Heilsbruck Riesling 2009 é elaborado com 100% de uvas Riesling e embora seja seco, suas uvas são de colheita tardia. Não encontrei qualquer indício de que o vinho passe por madeira, o que não é muito comum de qualquer maneira quando falamos de vinhos produzidos a partir desta casta. Tem teor alcoólico de 13,5%. Vamos então as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma bonita cor amarelo palha já com alguns reflexos tendendo ao dourado. Lágrimas finas, rápidas e incolores escorriam de forma abundante pelas paredes da taça.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos como pêra e lichia, toques de plástico novo e algo de mel ao fundo.

Na boca o vinho mostrou corpo médio para mais, acidez na medida e ligeira sensação de dulçor na entrada. Retrogosto confirmou o olfato. Ficava por um bom tempo no palato, um final bem seco e de longa duração.

Um grande vinho, delicioso e intrigante que faz a garrafa secar rapidamente. Acompanhou bem um fondue de queijo e o frio que começou a aparecer lá pelos nossos lados. Eu recomendo. Este é trazido pela Weinkeller, da qual falarei mais tarde em outro post.

Até o próximo!

2 comments:

  1. Como saber se o Vinho Alemão é seco ou suave? Não há nada sobre isso nas garrafas. São todos suaves? Abraço

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    1. Olá! Na verdade é possível saber o que esperar de um vinho alemão no quesito dulçor quando as palavras trocken ou kabinett estão presentes no rótulo (secos ou praticamente secos) ao passo que Spätlese, Auslese, Beerenauslese ou Trockenbeerenauslese tendem a ter um teor de açúcar residual mais marcado e aparente.

      Espero ter ajudado um pouco.

      Abraços.

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